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Palavra do leitor

O caminho das pedras

Amamos Adágios, temos adágios pra tudo; em qualquer situação estamos prontos para disparar uma frase chique, a gíria da moda ou contar uma historieta que vai bem a qualquer prosa.

Raramente atentamos para a origem desses ditos espirituosos e parábolas que inundam a cultura "gospel", (taí uma palavrinha camaleônica, quando não souber classificar coisas ou pessoas do mundo "gospel", rotule, coisas ou pessoas de "gospel", sacou?).

É uma triste rotina ouvir crentes citando Cury, Rubem Alves, Gandhi, Guevara e até, Argh! Família Gasparetto; e temos o Max Lucado que publica historinhas que também são publicadas pelo sujeito por detrás do Raul. Afinal, quem é o pai dos simpáticos e imprestáveis XULINGOS? O Paulo Coelho vai dize que é ele, numa outra dimensão.
Muito daquilo que agregamos ao nosso cotidiano e inocente falar, tem, etimologicamente a intenção, o propósito discordante dos princípios cristãos; Dirijo-me aos crentes em Jesus.

Nem queira saber a que se refere a top de linha: CARACA! É nojento e não recomendado; a ira, por sua vez está, sempre, associada a fatos ruins, ninguém, DEUS ou nós ficamos irados com assuntos louváveis; à ira de DEUS, que poderá resistir?
Nas nossas folclóricas e adoráveis conversas à porta da igreja, papo pós-culto, é comum sermos aviltados com uma pérola do tipo: "o louvor tava irado". A essa altura do artigo já tem gente dizendo que não sei acompanhar a "evolução" da língua; pobre última flor do Lácio, inculta e bela... Até de cafona já me chamaram, por não me afeiçoar a esses apêndices de dubitável gosto.

É muito cafona chamar alguém de cafona. Eu ainda falo gírias, chamo os outros de bicho, respondo: falô! Digo: “ta na boa!” Não sou cafona.

No entanto, as coisas podem sempre piorar, quando o que falamos atinge o cerne da nossa vida, a nossa fé. Entre os desvios que povoam e poluem nossa atmosfera verbal ( outrora saudável, quando se citava Miguel Rizzo Júnior, Stanley Jones, Shedd, C. S. Lewis, Wesley, Stott, o memorável Tozer) está um que é grave e muito popular, como tudo o que não presta: O CAMINHO DAS PEDRAS.

Observo cada vez mais pessoas dizendo: “Fulano conhece o caminho das pedras.” O intuito é afirmar que o fulano em questão é um perito em alguma coisa, que conhece os meios, os mecanismos para, a contento, realizar uma determinada tarefa, resolver um determinado assunto.

Até aí nada demais. Uma ova! Conheço esta afronta, conheci nos tempos nos quais trabalhei numa empresa de vendas, é uma historinha bem conhecida dos profissionais de vendas.

“ No mar da Galiléia, Jesus e os apóstolos em um barco, eis que surge outro barco e dele grita um homem: “ Mestre, conceda-me andar por sobre as águas, “assim como Tu e Pedro fizeram “. “ Ao que o Senhor, de acordo com a infame historinha, respondeu: “ Se tens fé, venha até este barco.” O pobre homem ao descer do barco afundou como uma pedra, e tentou e afundou outras vezes.

Percebendo que Pedro se acabava de tanto rir, o Senhor repreende-o: “ Pedro, tenha piedade, ensina o caminho das pedras para o homem, como eu te ensinei.” E o homem, pisando um caminho de pedras submersas passeou pelo mar.

Usa-se esta historinha em treinamento de vendas, para mostrar que milagres não existem, existe trabalho duro e um jeitinho malandro pra driblar as dificuldades. Mas tem crente de todos os naipes cuspindo insultos como o do caminho das pedras, como se filosofassem.

Os mascates da fé, que freqüentam cursos do tipo: “ Como vender qualquer coisa a qualquer pessoa.” Conhecem bem tais argumentos.

A geração auto-ajuda ( embora eu insista que crente não precisa de auto-ajuda, precisa de ajuda do alto – um trocadilho igualmente infame) topa qualquer coisa, desde que impulsione seus negócios; ops! Seus ministérios.

Quando um crente menciona o caminho das pedras ele afirma que não houve milagre, fruto do poder de Deus e da fé humana, mas afirma que houve um engodo, igual ao truque da água transformada em vinho, da ressurreição de Lázaro, da pesca maravilhosa, da multiplicação dos pães. O incomparável truque da morte na cruz seguido do também mirabolante truque da ressurreição.

Mister “M” certamente deve fazer melhor, ser mais convincente.

Oséas, meu irmão que faleceu, tinha a mania de pegar tudo o que era porcaria que encontrava na rua e levar pra casa; ( e esse trem é contagioso). Se questionado, dizia: “ Uma hora pode ter serventia.” Era de cortar os pulsos!

Se parece conosco, os crentes, tudo que é tralha que a TV oferece, nós trazemos e entulhamos as nossas bocas, e almas; vai que uma hora dessas a Palavra perde a autoridade sobre nós, e esse monturo verbal tenha alguma serventia.

Não saia da boca de vocês nenhum caminho das pedras, nem caraca.

( ex-interno do centro de recuperação de mendigos – Missão Vida )

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