O Brasil é o quê?

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O Brasil é um país cristão ou pagão? Os números dizem que o Brasil é um país cristão. A realidade da vida do brasileiro desmente o número. O brasileiro, em sua maioria, é cristão (ou religioso) três dias na vida: no batismo, no casamento e no enterro. Porque no batismo e no enterro ele é levado e o casamento é mais um ato social. No dia-a-dia, ele deixa que a vida o leve. Algum brasileiro consegue ter algum momento de religiosidade. Mas, uma coisa é CRISTIANISMO (o do Evangelho), outra coisa é RELIGIOSIDADE.

Cristianismo fala de princípios limpos do Evangelho de Jesus Cristo. Religiosidade fala de obrigações, de cultos, de leis,de medo. Religião gera hipocrisia, mentiras e morte. Uma das vítimas da religião foi Jesus Cristo e muitos cristãos, através da história. A religião, historicamente, tem assassinado o próprio Evangelho. Religião, contrário do Evangelho, não gera transformação, mas engano e confusão. Sem que se perceba, se torna uma lixeira de "paganices". Pela vida de seus brasileiros, o Brasil, no máximo, é um país religioso. Há muitos brasileiros religiosos de todas as igrejas engajados na rede de crimes de todos os nomes e tribos, e na sociedade da indiferença, do faz de conta.

Nas grandes manifestações religiosas, que a mídia chama de grandes concentrações de fé, estão juntos governantes sem consciência, políticos sem escrúpulos, assaltantes dos cofres públicos, psicopatas, empresários sem ética, funcionários malandros, adúlteros conjugais, jovens rebeldes em suas opções e descrentes por opção. Estas tão glorificadas “manifestações de fé”, mais parecem desfiles espetaculares de máscaras assustadoras de fé. E não uma manifestação de testemunhos de vidas transformadas pela graça do Evangelho puro. Algumas religiões e igrejas têm sujado o Evangelho.

70% do povo brasileiro é convertido ao paganismo mascarado de cristianismo. Por incrível que possa parecer, este processo começou pelo edito do imperador de Roma, Constantino, no século IV, que dava aos cristãos o direito de viverem sua fé, sem perseguição e declarava o cristianismo oficialmente, a religião do império. Aí a Igreja começou a entrar no processo de corrupção interna. Começou a ser mais uma religião poderosa. Abriu-se, desapercebidamente, às crenças e aos costumes do paganismo dos vários deuses e, pior, à busca do poder. Reis e imperadores se deixaram subjugar pelas autoridades eclesiásticas. Ainda hoje acontece. O princípio do “dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” foi desprezado.

Não bastando os deuses e os mais estranhos e irracionais objetos de cultos criados pelas religiões, o número de deuses cresce no “Brasil cristão”. A TV é o templo dos deuses e das deusas para todos gostos (nada contra a TV que informa e ensina). As organizações esportivas são grandes religiões de fiéis fanáticos (nada contra o esporte!). A classe eclesiástica dos papas, dos bispos, dos padres e dos pastores que aceitam (até exigem!) serem titulados e adorados.

E as igrejas estão se descuidando do Evangelho da graça. Por conseqüência, a sociedade não está sendo transformada e o paganismo se tornando cultura. A cada dia aparece uma doutrina estranha e uma religião esquisita (religião, mesmo). Até quando?

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Opinião do leitor