Palavra do leitor
- 07 de outubro de 2019
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Noiva linda e igreja perfeita?
"A linguagem do evangelho se forma no perdão, não naquilo que aconteceu, mas no que não foi e isso não significa apagar tudo, como se nada tivesse acontecido, e, sim, se refazer, por nos afastar da linguagem da vingança e da violência’’.
Se eu encontrasse uma igreja de pessoas perfeitas, profundas cumpridoras das regras, defensoras plenas da justiça, praticantes incansáveis da caridade, da misericórdia formadas por líderes admirados nos espaços da política e por todos, protagonista de uma ética valorizada e inquestionável, sinceramente, fugiria da mesma, por não passar de uma bela, mas não deixa de ser uma ilusão, uma cano furada, um oceano de enganos. No outro lado, caso fosse à direção de uma igreja de servos, de discípulos, de pessoas abertas à confissão total, de altruístas, de uma inclinação a buscar a santidade, a todo o momento, sem sombra de dúvida, acabaria por me retirar. Afinal de contas, são maquiagens e máscaras, roupagens e artifícios, até apreciáveis e convidativos, todavia, a léguas de distância do evangelho do Deus que se encontra e anda pelas feridas humanas, as feridas de quem enfrenta as perdas da vida e não encontra respostas ou justificativas alguma. Em linha oposta, decido caminhar pela igreja, pela noiva, sem a vergonha de mostrar suas rasuras, seus arranhões, suas marcas, suas feridas, seus vazios, suas incertezas, suas desilusões, suas desesperanças, seus momentos de desumanidade e descrença.
Ora, o Verbo que se fez carne não adentrou na realidade de poeiras e lamas dos homens, das águas escuras e geladas dos abatidos, do silêncio mórbido de não ser lembrado, das atrocidades em face do próximo? Parto dessas abordagens, a igreja das boas novas, constitui – se de pessoas como eu e você, que traz feridas e fere, que não pode se considerar imune de ferir e ser ferida, que tem rupturas, que tem aflições e inquietações atordoadoras. De certo, a Graça a Jesus Cristo caminha e anuncia a igreja despida discursos irreais, de uma fé ilusória, de uma teologia desencarnada, de uma espiritualidade desvencilhada de nos humanizar e inspirar. Grosso modo, somos chamados para ser parte de uma igreja de proximidade, de ousar pelo itinerário do amor e da amizade, como a maneira pela qual Deus quer se manifestar entre nós. Vou adiante, a igreja apregoada, por meio do evangelho da Graça Jesus Cristo, não foge da raia, reconhece seus borrões, seus momentos de frieza, de comodismo, de conformismo e de evocar vinho novo, dentro de um odre novo, mas se serve de uma água suja e envenenada, dentro de um odre de ornamento de ouro.
Dou mais uma pincelada, a noiva de Cristo estará sem mancha, sem a mácula de uma vida de faz de contas, de uma palavrório fútil e sem eficácia, dos conchavos com o poder temporal para subjugar (quando deve amparar, animar, restaurar, reconciliar e transformar). Eis a noiva desenhada, conforme encontramos no texto de Efésios 5.27, acolhida pelo Deus ser humano Jesus Cristo, livre e sem os pesos, os ressentimentos, os fardos e a leitura de uma espiritualidade carrancuda, azeda e nos oferece um toque de dança, de leveza, de uma transcendência que me faz viver a importância do outro.
Se eu encontrasse uma igreja de pessoas perfeitas, profundas cumpridoras das regras, defensoras plenas da justiça, praticantes incansáveis da caridade, da misericórdia formadas por líderes admirados nos espaços da política e por todos, protagonista de uma ética valorizada e inquestionável, sinceramente, fugiria da mesma, por não passar de uma bela, mas não deixa de ser uma ilusão, uma cano furada, um oceano de enganos. No outro lado, caso fosse à direção de uma igreja de servos, de discípulos, de pessoas abertas à confissão total, de altruístas, de uma inclinação a buscar a santidade, a todo o momento, sem sombra de dúvida, acabaria por me retirar. Afinal de contas, são maquiagens e máscaras, roupagens e artifícios, até apreciáveis e convidativos, todavia, a léguas de distância do evangelho do Deus que se encontra e anda pelas feridas humanas, as feridas de quem enfrenta as perdas da vida e não encontra respostas ou justificativas alguma. Em linha oposta, decido caminhar pela igreja, pela noiva, sem a vergonha de mostrar suas rasuras, seus arranhões, suas marcas, suas feridas, seus vazios, suas incertezas, suas desilusões, suas desesperanças, seus momentos de desumanidade e descrença.
Ora, o Verbo que se fez carne não adentrou na realidade de poeiras e lamas dos homens, das águas escuras e geladas dos abatidos, do silêncio mórbido de não ser lembrado, das atrocidades em face do próximo? Parto dessas abordagens, a igreja das boas novas, constitui – se de pessoas como eu e você, que traz feridas e fere, que não pode se considerar imune de ferir e ser ferida, que tem rupturas, que tem aflições e inquietações atordoadoras. De certo, a Graça a Jesus Cristo caminha e anuncia a igreja despida discursos irreais, de uma fé ilusória, de uma teologia desencarnada, de uma espiritualidade desvencilhada de nos humanizar e inspirar. Grosso modo, somos chamados para ser parte de uma igreja de proximidade, de ousar pelo itinerário do amor e da amizade, como a maneira pela qual Deus quer se manifestar entre nós. Vou adiante, a igreja apregoada, por meio do evangelho da Graça Jesus Cristo, não foge da raia, reconhece seus borrões, seus momentos de frieza, de comodismo, de conformismo e de evocar vinho novo, dentro de um odre novo, mas se serve de uma água suja e envenenada, dentro de um odre de ornamento de ouro.
Dou mais uma pincelada, a noiva de Cristo estará sem mancha, sem a mácula de uma vida de faz de contas, de uma palavrório fútil e sem eficácia, dos conchavos com o poder temporal para subjugar (quando deve amparar, animar, restaurar, reconciliar e transformar). Eis a noiva desenhada, conforme encontramos no texto de Efésios 5.27, acolhida pelo Deus ser humano Jesus Cristo, livre e sem os pesos, os ressentimentos, os fardos e a leitura de uma espiritualidade carrancuda, azeda e nos oferece um toque de dança, de leveza, de uma transcendência que me faz viver a importância do outro.
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