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Palavra do leitor

Negócio pessoal ou brinquedo de fim de semana

Uma constatação acerca da vocação pastoral tem-me deixado perplexo.

Observando diferentes denominações com diversas correntes teológicas, de históricos a contemporâneos, de tracionais a pós-modernos, de fundamentalistas a liberais, vejo surgirem dois novos tipos de posturas relacionadas à vocação pastoral.

Se de um lado, encontro "pastores" compreendendo suas pequenas (ou grandes) igrejas como grandes negócios, de outro, vejo "pastores" tratando o ministério pastoral como um passatempo de fim de semana, um brinquedinho para as horas vagas.

No tocante aos prejuízos gerados por esses tipos de comportamentos, não tenho como precisar qual o mais ou menos danoso. Mas, fato é: a vocação ministerial bíblica tem acusado o golpe.

A visão de Deus separando alguns para a missão, vasos escolhidos, homens e mulheres que, ouvindo a voz de Deus e “deixando tudo e o seguiram”, igrejas locais reconhecendo os chamados e enviando-os em missão, tem dado lugar a escolhas convenientes de pessoas que simplesmente se mostram “adequadas para o trabalho”; muitas dessas que conheço, porém, não apenas inadequadas como ávidas para estarem num lugar de destaque ocupando os primeiros lugares na sinagoga.

Não me preocupam aqueles que fazem da igreja um negócio, pois as suas obras são logo vistas e suas tramas repudiadas. Preocupa-me, isto sim, aqueles que veem a igreja e o ministério como um brinquedinho de fim de semana, que existe para satisfazer seus egos adoecidos, dominados por ativismos e déficits emocionais.

Há muitas igrejas sendo lideradas por pessoas assim, para quem o Ministério e o Chamado não estão em primeiro plano. Em primeiro plano estão os seus empregos, suas rendas, seu conforto pessoal e o status social e religioso, claro.

E como as igrejas pós-modernas têm gostado desses tipos! Primeiro não dão despesas financeiras, não dependem de “sustento ministerial”; segundo, além de não darem despesas, contribuem financeiramente com elas, ainda mais se aquele é o seu brinquedinho de fim de semana.

E como tem gente por aí colocando grana nesses passatempos pessoais de luxo! Recentemente, soube de um empresário que resolveu brincar de ser pastor, e de cara deu 200 mil reais para a “sua” igreja. Como não amar um homem desse? Como não reconhecer o seu “chamado” e a sua “vocação”? Como não achar que foi “Deus” mesmo quem o levantou "e o enviou a nós"?

Não quero ser mal entendido. Aqui não vai nenhuma crítica ou desmerecimento aos pastores bivocacionados. Sim, há muita gente séria pagando um alto preço de trabalhar secularmente e ainda trabalhar na igreja. São os fazedores de tendas que, à semelhança do apóstolo Paulo, não põem os seus corações nas tendas, nem as veem como fins em si mesmas, mas como meios, canais através dos quais eles cumprem o chamado e a missão que receberam do Senhor. A esses minha total admiração e respeito.

A crítica aqui é somente, tão somente, a essa visão secularizada da vocação ministerial, que fazem pastores e igrejas contemporâneos deixarem a condição de agentes do reino de Deus na terra para se tornarem, respectivamente, animadores de auditório e promotores de programas legais de fim de semana.

Em fevereiro de 2007 eu tive um texto publico na Página Gospel de o Jornal Pequeno intitulado “A Banalização do Chamado Pastoral” (veja +). Lembro de ter recibo algumas criticas reativas por parte de pessoas que discordam da “minha” tese de que se é correto e bíblico afirmar que Cristo fez de cada membro do seu Corpo um sacerdote (Ap 1.6), é igualmente correto e bíblico afirmar que “ele escolheu alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e ainda outros para pastores e mestres da igreja.” (Ef 4.11).

Agora, se não parece mais conveniente aos cristãos pós-modernos, secularizados e egocentrizados, acreditarem nas palavras santas das Escrituras, o que mais posso dizer? Absolutamente nada. Quanto a mim, porém, permanecerei fiel às Escrituras e Àquele que me separou para a sua Obra desde o ventre de minha mãe.

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Pastor da Igreja Plenitude - Brasília-DF
Marília - SP
Textos publicados: 2 [ver]

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