Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Palavra do leitor

Nas pegadas da identidade

Ser guiado por si mesmo, pode ser visto como andar pelos corredores de um casarão -- diga-se de passagem, sem luz. Ou escalar uma montanha sem um alpinista experiente. Não há nada mais convidativo e até estimulador do que fazer dos nossos sentimentos e das nossas convicções o único eco a permear e impactar nossos ouvidos.

Nesta trajetória, abrimos mão dos conselhos e relutamos rever as nossas escolhas, ao lado de outros. Por causa disso, deveríamos fugir de um evangelho de portas fechadas e aversivo ao diálogo do servir. Aliás, um evangelho de olhos vendados e que, tão somente, leva-nos a satisfações passageiras.

Ao adentrar nos enredos de Provérbios 11.14, observamos e comprovamos a importância do companheirismo e da amizade. Muito embora, as propostas de ser auditor das nossas vidas, de não colocar a nossa real situação sobre a mesa, de ser senhor próprio nariz, de darmos as cartas e emitir a palavra final nos acalente mais.

No entanto, somos seres regidos pela interdependência, pelo ouvir e compreender, pelo discernir e interpretar a vida. Então, rejeitar ser orientado envolve anular nossas capacidades de crescer e amadurecer, no exercício de ser alma, espírito e humano.

Afinal de contas, ninguém consegue ser humano, num estado de isolamento. A influência recíproca de afetos, gestos, idéias, palavras e sonhos moldam a existência de ser humano.

Em tudo isso, nenhum cristão pode se gabar de não ser orientado, ouvido e compreendido. Os laços da comunhão, o processo da interdependência e o apoio dos amigos reduzem o perigo de sermos sábios aos nossos próprios olhos e de ponderarmos mais no teor das nossas decisões.

Não nos iludamos: ninguém decide e assume desafios, trancafiado num quarto. O egoísmo, a solidão e autocomiseração, via de regra, nos conduzem a desprezar o próximo.

Nisto, aceitar o discurso pautado de que a minha fé me leva até Deus e não ao próximo, há um destoar e uma contradição. Pra não dizer uma deslavada justificativa!

Ora, quem estufa o peito e diz adorar a Deus, deve trabalhar pelo evangelho do servir, decidir pelo serviço e por ser servo. Caso contrário, não passará de um personagem de olhos ofuscados, de lágrimas ácidas e lábios mordazes.

Quem não concordar; eis a história a nos disponibilizar o veredicto e as consequências trágicas desencadeadas pelos homens, quando relegaram a relevância e a saúde da orientação, de amigos e ouvidos no caminho da fé.

Aliás, viver em comunhão nos proporciona uma visão menos sôfrega da vida. Isto nos livra da síndrome da autocomiseração, de ser a última bolacha do pacote, de ser um mártir no seio da Igreja e outras expressões que conotam uma necessidade de ser aceito.

Sem hesitar, as boas-novas afirmam: sem sábia direção, o povo perece. Vou mais além, sem o exercício da comunhão, a Igreja não passa de uma caricatura, de um amontoado de pessoas vitimadas pela síndrome de olhar estritamente para frente e apagar da lousa os lados. Em outras palavras, são atores da seguinte frase: vislumbram ser igreja para o mundo, mas não iniciam tal procedimento dentre dela.

Após todas essas palavras, ilustro o exemplo do pé de mexerica. De início, as sementes são lançadas ao solo e a expectativa de alcançar um ciclo de crescimento e amadurecimento. Por fim, propício a efeito de ser colhido! Agora, caso não aja a colheita, deixando os frutos no pé, acabaram por apodrecer, caíram no chão e não terão qualquer serventia.

De modo semelhante, ocorre com o cristão longe, aversivo e indiferente ao processo da comunhão, da interdependência e do servir. No esplendor da conversão, apresenta um desejo nunca visto por buscar a Deus. Faz uma série infindável de planos e promessas, enfatiza a oração e meditação perene da palavra.

Todavia, no desdobrar dos anos, torna-se um mero ritualista, apartou-se da comunhão e interdependência, não aceita os desafios de formar e servir. O pior de tudo, vestiu a couraça de uma espécie de funcionalismo ministerial; ou seja, permanece na igreja, em decorrência de uma atividade ministerial e só. Por conseguinte, apodreceu, e caso esteja no chão, vem rodeado por moscas; tetricamente, não passa de um peso morto, de uma história sem sonhos e esperança!
São Paulo - SP
Textos publicados: 361 [ver]

Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.

Ultimato quer falar com você.

A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Opinião do leitor

Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta

Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.