Palavra do leitor
28 de fevereiro de 2012- Visualizações: 3957
3 comentário(s)- +A
- -A
-
compartilhar
Não quero ser levita, nem sacerdote
Lendo a parábola do assaltado na estrada de Jericó parece restar a opção de querer ser o samaritano, tamanha sua bondade e por tornarmos seu ato emblemático e venerável, quando atos assim deveria ser a nossa rotina. Compadecermo-nos.
Lembro-me de outro texto enquanto as cenas do assaltado me passam pela memória, Pr. Caio Fábio escrevendo a Bráulia Ribeiro tece comentários acerca do samaritano e questiona a nossa devoção pelo moço, pois se naquele episódio ele agiu como agiria Jesus, noutras situações pode ter agido como o levita ou o sacerdote, ninguém é “bom” samaritano o tempo todo, temos dias ruins à beça que interferem na árdua e gratificante tarefa de imitarmos a Jesus.
A parábola do assaltado reflete nossos dias aqui na Missão Vida, cuidando de gente que ninguém mais quer por perto, nem a sociedade cristianizada, nem a Igreja. A figura do samaritano foi plantada na história pela fina ironia do Senhor Jesus, em vez de um judeu comum surgir ali e salvar o dia, aparece um samaritano desprezível; nenhum outro grupo étnico era mais odiado pelos judeus que os samaritanos. Eles odiavam os romanos, os edomitas, mas nada que se comparasse ao ódio que nutriam pelos vizinhos.
O padrão estipulado por Jesus para o serviço cristão, também traduzido por amar as pessoas é inalcançável para a nossa natureza afastada d’Ele; amar é agir, não é sentimento, nem a declaração verbal deste. Passarei a minha vida declarando meu amor, mas se as minhas ações não refletem esse amor, sou mentiroso, meu amor é mentiroso, nem é amor; atitude clara de benefício ao outro sendo ele quem for, isso é amor prático.
Sendo o amor de Deus uma prática e não um sentimento, então fui capacitado para amar pessoas mesmo não as conhecendo, mesmo não gostando dessas pessoas.
Deus ordena que eu ame meu semelhante, que seja favorável, atento às necessidades desse semelhante, e não leio em parte alguma que deva gostar de alguém pra só então ajudar. A Bíblia, minha única regra de serviço social e vida espiritual não tem um versículo sequer dizendo: “Ajude a quem você ama”.
Se as pessoas que precisam da minha ajuda tiverem que esperar até que eu simpatize com elas, sinta algo bom por elas pra só então vesti-las, alimentá-las, cuidá-las enfim, morrerão todas à míngua; não sou de gostar fácil. A forma efetiva do amor de Deus é ajudar até mesmo o adversário, o amigo que traiu, o colega que afrontou, o líder que humilhou em público ou no privado.
Ele, Jesus, não manda sentir coisas boas pelas pessoas ao meu redor, manda que eu ame-as assim como amo minha própria carne, – e eu gosto pra dedéu de mim – o amor que aprendo com o Deus encarnado me leva a uma ação amorosa e gentil em favor de cada humano; desconhecido, resistente ou detestável.
Pensando bem, nem samaritano também não quero ser.
Lembro-me de outro texto enquanto as cenas do assaltado me passam pela memória, Pr. Caio Fábio escrevendo a Bráulia Ribeiro tece comentários acerca do samaritano e questiona a nossa devoção pelo moço, pois se naquele episódio ele agiu como agiria Jesus, noutras situações pode ter agido como o levita ou o sacerdote, ninguém é “bom” samaritano o tempo todo, temos dias ruins à beça que interferem na árdua e gratificante tarefa de imitarmos a Jesus.
A parábola do assaltado reflete nossos dias aqui na Missão Vida, cuidando de gente que ninguém mais quer por perto, nem a sociedade cristianizada, nem a Igreja. A figura do samaritano foi plantada na história pela fina ironia do Senhor Jesus, em vez de um judeu comum surgir ali e salvar o dia, aparece um samaritano desprezível; nenhum outro grupo étnico era mais odiado pelos judeus que os samaritanos. Eles odiavam os romanos, os edomitas, mas nada que se comparasse ao ódio que nutriam pelos vizinhos.
O padrão estipulado por Jesus para o serviço cristão, também traduzido por amar as pessoas é inalcançável para a nossa natureza afastada d’Ele; amar é agir, não é sentimento, nem a declaração verbal deste. Passarei a minha vida declarando meu amor, mas se as minhas ações não refletem esse amor, sou mentiroso, meu amor é mentiroso, nem é amor; atitude clara de benefício ao outro sendo ele quem for, isso é amor prático.
Sendo o amor de Deus uma prática e não um sentimento, então fui capacitado para amar pessoas mesmo não as conhecendo, mesmo não gostando dessas pessoas.
Deus ordena que eu ame meu semelhante, que seja favorável, atento às necessidades desse semelhante, e não leio em parte alguma que deva gostar de alguém pra só então ajudar. A Bíblia, minha única regra de serviço social e vida espiritual não tem um versículo sequer dizendo: “Ajude a quem você ama”.
Se as pessoas que precisam da minha ajuda tiverem que esperar até que eu simpatize com elas, sinta algo bom por elas pra só então vesti-las, alimentá-las, cuidá-las enfim, morrerão todas à míngua; não sou de gostar fácil. A forma efetiva do amor de Deus é ajudar até mesmo o adversário, o amigo que traiu, o colega que afrontou, o líder que humilhou em público ou no privado.
Ele, Jesus, não manda sentir coisas boas pelas pessoas ao meu redor, manda que eu ame-as assim como amo minha própria carne, – e eu gosto pra dedéu de mim – o amor que aprendo com o Deus encarnado me leva a uma ação amorosa e gentil em favor de cada humano; desconhecido, resistente ou detestável.
Pensando bem, nem samaritano também não quero ser.
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
28 de fevereiro de 2012- Visualizações: 3957
3 comentário(s)- +A
- -A
-
compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.

Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
(31)3611 8500
(31)99437 0043





 copiar.jpg&largura=49&altura=65&opt=adaptativa)
