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Palavra do leitor

Não ao templo, sim à comunidade!

"O sucesso não deveria ser uma palavra secundária, dentro do evangelho de Jesus? Afinal de contas, o serviço não significa seu próprio sentido e de seus seguidores?"

As redes sociais estabeleceram mudanças profundas e singulares, na maneira como as pessoas fazem a leitura da vida e da realidade. Aliás, nunca se observou tamanha abundância de meios como encontrar sentido para viver. Nesse caminho, muitos acreditam na possibilidade de substituir os vínculos mais próximos, mais intensos, mais profundos, por meros encontros, mesmo que sejam virtuais. Por ora, atenho-me a estabelecer uma diferença entre o templo e a comunidade. Sem sombra de dúvida, não há como fugir de uma constatação insolúvel, porque o templo, aqui, representa uma vida desatada da decisão por assumir promessas, de trilhar pelo amor, pelo amor da lealdade, da coragem para compreender as fronteiras do outros, de que não somos iguais e sim singulares. A partir do texto de João 3.1-8, Jesus rompe e irrompe com as formalidades, descem as ladeiras e sela o chamado do evangelho para o serviço, para pertencemos ao outros e, assim, sermos próximos e não meros ajuntamentos. Devo dizer, o templo com suas marcas de formas teológicas, doutrinárias, discursivas, pode até acomodar uma proposta de vida desprovida de ir além dos encontros dominicais e seus ritualismos. Noutro lado, eis a comunidade, eis o chamado para perceber o desafio da convivência, de que nem todos andarão no nosso ritmo, de que as celebridades saem de cena, porque somos confrontados com um certo Jesus, o Cristo, agachado, despido dos devaneios dos homens pelo poder, por provar que está certo e você errado, por teimar que você está condenado, por eleger bons e maus, justos e abomináveis, por projetar ideias irreais no outro lado.

Vou adiante, o templo não senta, ao lado, para escutar; o templo não se assemelha a uma escolha por se comprometer; o templo não dança com as lágrimas, o templo não ri e muito menos sorrir; o templo não parte os ajustes e acertos, mas sim excluem, marginaliza, esconde, cala; o templo usa as mãos para sufocar e não para levantar; o templo se mantém imóvel, indiferente, insensível. Em direção oposta, a comunidade não se esconde, abre seus olhos, sua alma tem cicatrizes, seus corredores não têm heróis, não tem ídolos, não tem ícones, mas gente do dia a dia, com suas histórias não tão bonitas e, mesmo assim, são as linhas da Graça para deixar sua assinatura. Faz-se observar, a comunidade se forma de imperfeitos, como eu e você, a comunidade se move pelo servir, pelo serviço e pelo ser servo, em toda a dinâmica da vida; a comunidade não está sujeito as aleatoriedades da vida; a comunidade se depara com tragédias, a comunidade se inquieta, a comunidade perde, a comunidade se decepciona e se frustra. A comunidade aceita, sem peso, não ser a causa de tudo, que nem tudo acontece, por sua causa. A comunidade, pessoas compromissadas com o evangelho do serviço e não do sucesso, não abandonam, não rejeitam, não segregam, não hierarquizam pessoas, não demonizam pessoas. Verdadeiramente, a comunidade aceita o chamado para seguir um Deus fraco, agachado, sujeito as fragilidades e vulnerabilidades para desmoronar com os protetorados e as prepotências dos homens. A comunidade me faz considerar o quanto atentar para os limites do outros, ajuda-me a fazer parte desse Corpo Cristo, sem a finalidade de ser melhor, mas ser também lavado, lavado na consciência, lavado na alma, lavado no etlhos ou no pensamento, lavado por uma esperança e coragem para ser honesto e decente.

Enfim, Jesus nos chamada para ser comunidade e não templo, para pertencer a essa espiritualidade que nos humaniza e que nos faz humanos, em todas as dimensões, com integridade e inteireza, para não ser envergonhar de ser imperfeito e não fazer disso uma desculpa para não alcançar referencias de respeito e dignidade ao próximo.
São Paulo - SP
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