Moloque 2.0

Tweetar

Muitos já ouviram ou leram a respeito dessa divindade pagã no Antigo Testamento. Normalmente os cultos a esse deus incluía sacrifícios humanos de crianças e a constatação mais horrível é que as oferendas eram feitas pelos próprios pais! Até Israel, em várias ocasiões em sua história, flertou com essa modalidade diabólica de culto. (Lv. 18.21; At 7.43)

O próprio rei Salomão, em sua insana e desvairada fase, erigiu altar a Moloque (1 Rs. 11.7), mas Josias, por meio de sua reforma política, social e espiritual, destruiu esse lugar de abominação (2 Rs. 23.10). Esse antro de violência e adoração satânica ficava no Vale de Hinom que, após ser amaldiçoado por Josias, tornou-se um lugar onde se queimava o lixo da cidade de Jerusalém. Ali eram lançados cadáveres de pessoas e animais e todo o tipo de podridão e os moradores, para atenuar o cheiro horrível, jogavam enxofre para que o fogo não apagasse e queimasse mais rapidamente o lixo. Interessante que, na transliteração, do original Ge Hinom temos a pronúncia Geena cujo termo no Novo Testamento é utilizado para simbolizar o inferno, onde o fogo inextinguível (Gr. Asbestos) é sentença para todos os inimigos de Deus! (Mt. 10.28)

Foi assim que o nome Moloque ficou associado a todo o esforço das hostes espirituais da maldade contra as indefesas crianças. Legalização do aborto, pedofilia, exploração, alienação parental, orfandade e todos os abusos e violência que se comete contra esses seres indefesos.

Recentemente eu estava em um clube de águas termais. Era um feriado prolongado e o lugar estava muito cheio. Por falta de alternativa nos acomodamos perto de uma das piscinas e bem ao lado de um enorme palco onde bailarinos dançavam e agitavam as pessoas ao som estridente das músicas mais insuportáveis que eu já tinha ouvido. Foi nesse dia que percebi, com dor no coração, que estamos diante da versão Moloque 2.0! As letras das músicas e a coreografia mais pareciam um roteiro de filme pornográfico e o mais angustiante foi ver senhoras sexagenárias, homens e mulheres de todas as idades, ou seja, avós, tios, tias e pais, não somente cantando e dançando, mas também trazendo seus filhos, alguns mal começando a andar, para que participassem daquela demonstração de sensualidade, depravação e lascívia! Todos apresentavam conhecimento das danças e tinham as letras de cor o que mostra que estavam apenas reproduzindo um comportamento que vem dos lares!!

Estamos assistindo com passividade pais e responsáveis entregarem seus filhos a Moloque em sua nova versão que não inclui necessariamente a morte física, mas a morte da infância, da ingenuidade, da pureza e dos sonhos! Mata-se o processo psíquico saudável ao atropelar e desfigurar as fases de desenvolvimento da criança, impondo a erotização precoce e distorcida que resultará em adolescentes, jovens e adultos mal resolvidos em sua sexualidade e que poderão desenvolver distúrbios egodistônicos irreversíveis!

Essa nova modalidade de matança pode até ser pior em pelo menos um aspecto. Antigamente Moloque matava as crianças fisicamente e as que estavam ainda na fase da inocência seguiam diretamente para Deus, mas quando se mata psicologicamente e emocionalmente, essa criança agora adulta, terá muito mais dificuldade de buscar a salvação de sua alma por conta da revolta, dos traumas, da libertinagem mascarada de liberdade e da confusão estabelecida em suas mentes. "...eu mesmo me voltarei contra ele e sua família. Eu eliminarei do meio do povo tanto aquele homem como os que o seguiram em sua prostituição, no culto a Moloque." Lv. 20.5.

Por isso Jesus adverte a esses pais e responsáveis a respeito do cuidado devido às crianças: "Tende todo cuidado para que não desprezeis a qualquer destes pequeninos; pois Eu vos asseguro que seus anjos nos céus veem continuamente a face de meu Pai celestial." Mt. 18.10

Tweetar

Opinião do leitor