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Palavra do leitor

Meu corpo e minhas regras: será?

Salmos 139: 16

A decisão assumida pela Corte Constitucional da Colômbia, em 23 de fevereiro de 2022, com a permissão para o efetuar do aborto, até a 24 semana, traz à mesa das discussões sobre a questão, com suas implicações e com seus impactos. È bem verdade, em meio a um cenário enredado pelo progressismo e pela substituição das verdades objetivas, com a finalidade de atender aos interesses de uma geração aversiva a ser responsável por suas escolhas e decisões, o amparo institucional para a prática do aborto veio a calhar. Ora, um dos jargões adotados pelos defensores de tais atos se embasam no discurso de meu corpo e minhas regras. Agora, será mesmo?

Quando sigo essa linha de raciocínio ajo como uma pessoa livre ou não? Sem sombra de dúvida, como seres cognitivos, afetivos, sencientes e de instintos procuramos nos despreender da dor, de tudo o que pode nos incomodar e ir a direção da satisfação, do prazer e nada tem haver com escolhas pautadas livremente, como no efetivo exercício de nossa liberdade de escolha. Simplesmente, ao estar com sede, com fome, com frio, com calor, movo-me para as removê-las, nada mais e não há nada de liberdade. Vale dizer, essas escolhas alinhadas a preferências e, não posso negar, advindas de uma realidade da qual fazemos parte. Quem não se lembra da frase da campanha publicitária, a qual dizia – ‘’Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho por que vende mais’’?

Presumidamente, quando comprava tostines será que eu agia segundo minha liberdade, como uma escolha livremente construída, a partir de uma tríade pensamento – afeto – comportamento ou afeto-comportamento? Sempre é de bom alvitre destacar, numa séria e sincera ponderação, comprava tostines em função de me curvar a um desejo que não escolhi, porque tanto pode ter surgido de fatores biológicos ou sociais ou culturais, pouco importa, ou, crua e nuamente, me submetia a uma ordem ou a uma obediência e não por ser livre, nem por liberdade e muito menos por exercer uma liberdade de escolha, a partir de uma trajetória cognitiva, senciente e comportamental.

Não por menos, ouso redigir uma analogia, a partir do texto de Salmos 139.16 com o pensamento Kantiano, a qual devemos tratar as pessoas como um fim em si mesmas e isto derruba toda a amalgama ou a mistura das idéias utilitaristas e relativistas, em suma, a vida humana deixa de ser meio para finalidades que a tornam num mero objeto, numa coisa, numa objetivação. Eis o pomo de discórdia diante do inevitável confronto entre os apologistas de uma diretriz de neutralidade, de não participação, de não intervenção dos entes públicos ou do Estado (seja pelo executivo, pelo legislativo e pelo judiciário), com o tópico do aborto. Ora, se um blastocisto (um agrupamento de 180 a 200 células), um embrião e um feto no mesmo grau de desenvolvimento de uma pessoa?

Ao olharmos para um carvalho, compreendemos que esteve no estágio de ser uma bolota e muito embora estivesse em estágios ou graus ou dimensões específicas de formação, obviamente, devo reconhecer, uma bolota é uma bolota e um carvalho é um carvalho ou são realidades com diferenças e peculiariedades? Deixo ser mais claro, um blastocisto é um ser humano pleno, como um embrião e um feto, porque da mesma maneira que uma bolota se consituti num carvalho em potencial, semelhantemente, um blastocisto, um embrião e um feto podem ser considerados como um ser humano em potencial. Negar seria uma temeridade, o tema não pode prescindir de uma leitura religiosa e moral, porque se a vida humana se forma em níveis e, mesmo assim, não deixa de ser uma vida humana, embora seja em potencial. Agora, não há como ponderar se o blastocisto, se o embrião e se o feto, em seus níveis ou estágios de desenvolvimento, se equivalem a uma pessoa em potencial? Se sim, logo, o aborto se encontra como uma prática de infanticídio. Por conseguinte, estou ciente da situação de mulheres vítimas de estupro, de uma gestação que põe sua vida em risco e submetida a violências e procuro abordar o quanto o aborto não pode ser tratado como uma via unilateral voltado a atender as demandas de um adstrito ponto, por não ser um evento categoricamente neutro, imparcial, incólume ou intocável e sem haver nenhuma abordagem tanto de ordem moral quanto religiosa.

Ademais, meu corpo e minhas regras fecha os olhos para verdades objetivas sobre a definição de ser humano, a qual se forma em estágios de desenvolvimento e repudiar esse enfoque, abre precedentes para o instaurar de uma ditadura do querer fazer o que quero e nada mais.
São Paulo - SP
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