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Palavra do leitor

Kenosis

Para quem nasceu num universo cristão, e precisamente num mundo protestante, assim como eu, analisa as coisas interiores e exteriores a partir da questão da fé, ou seja, a história da humanidade é a história da própria salvação, onde temos um Deus desejoso de ser conhecido e uma humanidade que busca às cegas as respostas de sua existência, e essas respostas somente serão encontradas nesse ser ilimitado chamado Deus.

O desejo de Deus em ser conhecido, mesmo ultrapassando os limites da compreensão humana, gradualmente é revelado na história, e o ponto culminante dessa revelação está no momento onde o próprio Deus toma o forma de homem , se encarna, e passa habitar no mundo dos homens, nascendo como homem, infância, adolescência, juventude, enfim, todas as situações em que o ser humano pode enfrentar, Jesus Cristo, o Deus encarnado enfrentou. Nos escritos de Paulo de Tarso, em sua carta aos crentes de Filipos (Fl 2.5-11 ARC), é descrito de maneira muito espantosa o fazer-se carne e o habitar entre nós. Paulo chama a atenção dos filipenses a terem neles o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, onde esse, Cristo, mesmo sendo Deus não teve intento algum ser igual a Deus, e bem ao contrário disso, toma a forma de homem, e nesse forma de homem, se humilha, e em obediência é entregue a morte, e como enfatiza o texto: “... morte, e morte de cruz.”

Como disse, ou clímax da revelação de Deus, está no próprio Deus tornar-se um ser humano. Jesus Cristo é a revelação máxima de Deus para a humanidade, no entanto, não é uma revelação restrita a uma figura, vulto, imagem, visão, etc., é Deus tornando-se plenamente homem, um Deus que abandona completamente um estado de eternidade e passa a viver como vive qualquer mortal dessa terra. Nesse quadro, usando uma expressão técnica da teologia, kenosis, temos um esvaziamento de Deus em benefício da própria humanidade.

A beleza da kenosis, o esvaziamento de Deus em Cristo, está também como respostas ao sofrimento humano. O sofrimento humano seja em tragédias, violência, miséria social e espiritual, segregação, escravidão, etc., sempre levantou um questionamento acerca da presença de Deus nessas situações, como se Deus estivesse ausente ou por vontade dele mesmo, tais mazelas aconteçam. Jesus Cristo, em toda a sua vida, morte e ressurreição, é a resposta de Deus a qualquer situação humana. Ele mesmo, na encarnação, faz-se misteriosamente, plenamente humano e plenamente Deus, experimentando todo o ciclo de miséria social, abandono, desprezo, perda, segregação, violência, injustiça, separação e orfandade, como um sinal divino que não existe possibilidade alguma de Deus ter prazer no sofrimento ou danação de qualquer ser humano.

Na pessoa de Jesus, podemos nos identificar, ou seja, nos encontrar naquele que também sofreu as discrepâncias da vida, sermos acolhidos por Aquele que soube muito bem o que é padecer, e também conhece muito bem o que é ser abandonado pelos amigos mais chegados. Quando olhamos para Jesus Cristo, nos achamos, nos identificamos, e por enfim, entendemos que há um Deus desejo de ser conhecido e demasiadamente inquieto para envolver-se com a nossa vida.
Araranguá - SC
Textos publicados: 40 [ver]
Site: http://www.prmoisesbrasil.blogspot.com.br
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