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Palavra do leitor

Justiça como práxis divina. (Parte 1)

Justiça e crítica social no Antigo Testamento

O Antigo Testamento apresenta uma grande diversidade de pensamentos e histórias que nos ajuda a entender a Justiça de Deus manifestada no seu povo, os Hebreus.

Este tema sempre foi muito importante para este povo, pois a justiça de Deus passa pela libertação da escravidão no Egito, fato central para a história deles.

A mensagem de Justiça era passada para o povo de Israel dependendo da situação a qual este povo estava passando, no sentido de que a mensagem era pertinente para aquele determinado tempo. Porém, o significado da Justiça de Iahweh nunca foi modificado. A Justiça de Iahweh sempre foi em direção de salvar e libertar o oprimido.

Iahweh quer implantar seu Reino na terra, no sentido de que seu Reino é justo, igualitário e misericordioso. George Pixley considera o Reinado de Iahweh como sendo um projeto histórico, onde o povo reconhecia que o único rei era Iahweh. Podemos ver essa característica no livro dos Juizes 8: 22-23. "Os lideres de Israel rejeitavam qualquer tipo de ação em favor de criar uma monarquia, por considerar que nenhuma autoridade humana poderia tomar o lugar do Reinado de Iahweh". O profeta Samuel era contra esse reinado, porém com a pressão exercida sobre essa questão, Israel teve seu primeiro rei, Saul. O rei humano também deveria ser subjugado por Iahweh, mas a história também mostra o quanto opressor foram os reis de Israel, muitas vezes fazendo o que era de sua própria vontade, e não praticando a Justiça de Iahweh.

A questão da Justiça tinha um significado diferente do que nós entendemos hoje. Concordo com Monloubou ao afirmar que a “Justiça não era somente utilizada como forma jurídica, mas tratava-se de uma verdadeira visão do mundo”. Para o autor os termos sedeq e sedaqah que a tradução é justiça, representam um equilíbrio e uma harmonia desejados por Deus, provenientes Dele, que devem impregnar todas as coisas e reger o universo inteiro.

Os profetas em sua grande maioria tinham em seus discursos uma vasta crítica social. Eles levam sempre em consideração à situação de falta de Justiça em que determinadas classes de pessoas, ou até mesmo o povo em geral estavam passando. A Justiça de Iahweh sempre era requerida, no sentido de trazer paz, igualdade e liberdade. Hans Walter Wolff nos diz que: “Os temas da crítica social abrangem todas as áreas importantes da vida. Por exemplo, os profetas atacam a sociedade que não distribui a justiça para todos, pois Iahweh a todos conduziu igualmente para a liberdade”.

Jeremias diz que em Jerusalém não há um que pratique o direito e que procure a verdade (Jr 5:1). Ele denúncia à opressão realizada em sua cidade (Jr 6:6). Ele diz que por causa desse pecado, o pecado da opressão, o povo será destruído. O povo se afastou de Iahweh que é Justo, tornando talvez Iahweh injusto (Jr 2:5). Praticavam injustiças e por isso se afastavam de Deus. Ezequiel nos mostra que o justo para Iahweh é aquele que anda sobre o direito e a justiça, que não explora ninguém, dá o seu pão ao faminto e veste o que está nu (Ez 18:5-9).

George Fohrer diz que: A decisão por Deus implica conseqüentemente uma justa relação com o próximo: a salvação do homem pecador do juízo radical de destruição de Deus não passa pela prática cultual, mas por um comportamento social justo na vida cotidiana (Is 1. 10-17). “O julgamento de Isaías ameaça destruir o modo de vida pecaminoso que se opõe à vontade Santa de Deus. Essa ameaça se repete através de toda pregação de Isaías, desde o seu chamado (6.11) até aos seus últimos discursos (22.1-14; 32.9-14)”. Essa Justiça deveria ser praticada por todos, e manifestada a todos, no sentido de trazer salvação e libertação.
Itaguajé - PR
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