Palavra do leitor
- 10 de março de 2024
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Impossíveis possíveis
Jesus ensinava a seus discípulos sobre o perigo das riquezas após ter respondido ao jovem rico que supostamente desejava a vida eterna, mas que porém não havia aceitado o desafio do Mestre de vender tudo o que tinha e dar aos pobres para então segui-Lo. E eles estavam pasmos com a afirmativa de Jesus registrada no Evangelho de Lucas 18.24-25 que "... dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! Porque é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus". Afinal, pensavam eles, as riquezas sempre tinham sido um sinal do favor divino, como na passagem de Deuteronômio 28.1-8 em que Ele, por meio de Moisés, promete tantas bênçãos materiais aos que Lhe obedecessem. E então os discípulos murmuram entre si perplexos: "Sendo assim, quem pode ser salvo?", ao que Jesus, percebendo sua falta de entendimento, lhes dá essa bendita resposta que coloca tudo na perspectiva correta: "Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus". Jesus deixa claro que, se os impossíveis são humanos, os possíveis são divinos. Por isso para o homem é impossível servir plenamente a Deus por sua própria capacidade, e muitos cristãos vivem uma vida de fracasso e pecado, ao invés de vitórias e paz. Mas Deus mais uma vez usa Paulo de forma extraordinariamente abençoadora em Romanos 7.18 ensinando que "... o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo", para nos ensinar que não é apenas necessário deleitar-se na lei divina segundo o homem interior de cada um e desejar o que Ele deseja, mas é preciso que a onipotência do Senhor cumpra a lei em nós. É por isso que o apóstolo nos exorta em Filipenses 2.12-13: "... desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade". Se em Romanos o homem regenerado compreende que por mais que deseje e se empenhe na busca do bem e da santificação, por si só nada consegue, em Filipenses vemos que somente Deus, agindo na vontade renovada, pode conceder o poder necessário para alcançar a regeneração que busca o cristão, por mais frenética e persistente que seja a sua dedicação e os esforços empregados. Assim recebemos uma das lições mais importantes da vida espiritual: enquanto o nosso eu nada pode, Ele tudo pode, porque para Deus tudo é possível! Contudo, é fundamental que vivamos o tempo inteiro totalmente rendidos a Deus a cada momento dos nossos dias, - seja no trabalho, no lar, no lazer, nos deslocando para algum lugar, enfrentando provações e tentações! Prostremo-nos, pois, aos pés do Senhor com a certeza de que, se tivermos a plena consciência de que somos totalmente incapazes, Ele agirá poderosamente em nós, não apenas para o querer, mas também para o realizar! Nossa vida cristã deve ser, dia após dia, uma prova viva de que Deus efetua a Seu tempo e segundo Seu o propósito soberano, coisas impossíveis, maravilhosas demais para nós, mas que são tornadas possíveis e reais pelo Seu poder onipotente.
E assim é o cristianismo, uma obra fundamental e reveladora que teve seu início pela incomensurável onipotência divina, e que deve ter sua continuidade em cada alma cristã por meio dessa mesma onipotência. Será que essa onipotência é perceptível em nós? E será que percebemos que ela está operando em nós? Paulo em 1 Coríntios 2.3-4 escreveu: "E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder...". Ou seja, se humanamente falando no apóstolo havia fragilidade, falta de vigor físico e respeitoso receio, o agir de Deus nele se manifestava poderosamente por meio da onipotência divina transformadora, e isso é indispensável a todo verdadeiro cristão que carrega consigo a imagem e a semelhança de Deus. Por isso uma vida cristã débil, fraca, sem vigor, é o resultado da atitude de automaticamente decidir resolver um problema por nossos próprios meios e tão limitadas capacidades ao invés de, - antes de mais nada, - entregar tudo nas mãos de Deus, como Davi nos ensina no Salmo 37.5: "Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará".
E assim é o cristianismo, uma obra fundamental e reveladora que teve seu início pela incomensurável onipotência divina, e que deve ter sua continuidade em cada alma cristã por meio dessa mesma onipotência. Será que essa onipotência é perceptível em nós? E será que percebemos que ela está operando em nós? Paulo em 1 Coríntios 2.3-4 escreveu: "E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder...". Ou seja, se humanamente falando no apóstolo havia fragilidade, falta de vigor físico e respeitoso receio, o agir de Deus nele se manifestava poderosamente por meio da onipotência divina transformadora, e isso é indispensável a todo verdadeiro cristão que carrega consigo a imagem e a semelhança de Deus. Por isso uma vida cristã débil, fraca, sem vigor, é o resultado da atitude de automaticamente decidir resolver um problema por nossos próprios meios e tão limitadas capacidades ao invés de, - antes de mais nada, - entregar tudo nas mãos de Deus, como Davi nos ensina no Salmo 37.5: "Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará".
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