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Palavra do leitor

Igreja: mãe de (alguns) filhos ingratos

Ultimamente (sem querer bajular a Revista, mesmo sendo um apreciador dela), tenho tido alguns problemas quando demonstro afeto e reverência pela Igreja. Para ser mais específico, permitam-me explicar: sempre que ouço, da parte de pessoas próximas, depreciações ou condenações da Igreja organizada institucionalmente, procuro defende-la e demonstrar meu amor por ela. Logo, seguem-se as mais exaltadas reações: Amar, só a Jesus! Que idolatria é essa de amar a Igreja? Parêntesis: o engraçado é que essas pessoas são ardorosas defensoras do direito de proferir suas opiniões, mas detestam as opiniões contrárias. Mais cômico ainda é a consequência de ser cristão e depreciador a Igreja ao mesmo tempo: amar a Cabeça e odiar o Corpo do Senhor!

Como cristão reformado, estou plenamente convencido sobre a importância da diferenciação entre Igreja visível e Igreja invisível. Esta, segundo a Confissão de Fé de Westminster no Cap. XXV, seção I, “consta do número total dos eleitos que já foram, dos que agora são e dos que ainda serão reunidos em um só corpo sob Cristo, seu cabeça...”. Já a Igreja visível, de acordo com a seção II, “consta de todos aqueles que pelo mundo inteiro professam a verdadeira religião, juntamente com seus filhos...”. A Igreja visível, segundo João Calvino, possui marcas de autenticidade: “... onde vemos que a Palavra de Deus é pregada e ouvida com pureza, e os sacramentos são administrados conforme a instituição de Cristo, de modo algum se deve duvidar de que ali está a igreja...”.

O que tem deixado muitas pessoas confusas e enganadas é o erro propagado por alguns de que é possível fazer parte da Igreja invisível fora da visível. Para muitos tem sido “libertadora” a experiência de ser cristão sem nenhuma filiação com alguma Igreja visível, possuidora das marcas enumeradas por Calvino. Na esteira dessa “libertação” segue-se todo tipo de acusações contra as Igrejas organizadas institucionalmente e, às vezes, até a ridicularização dos “viciados” em Igreja. Elencam como provas de que é inútil a existência da Igreja visível: os escândalos, a falta de amor entre as pessoas, a burocracia, a tirania de muitos líderes, o amor ao dinheiro (arrecadado nos dízimos e ofertas)... e por aí vai. Mas, fico me perguntando se os que deixaram a Igreja visível já alcançaram a santidade perfeita que não encontraram nos membros da instituição abandonada.

É impossível fazer parte da Igreja invisível fora da Igreja visível. Desde os primórdios da Igreja, com os Concílios Ecumênicos, aprendemos que não se pode separar a divindade da humanidade de Cristo. Junto à carne do homem de Nazaré estava a plenitude da Divindade. Semelhantemente, só podemos encontrar a Igreja invisível, eleita e preciosa, sob a humanidade (muitas vezes sem “beleza nem formosura”) da Igreja visível. Essa Igreja não é resultado do “fracasso” em estabelecermos o Reino de Deus. Ela é o Corpo do nosso Senhor, portanto, não há como estar unido a Ele fora dela. Ela é nossa mãe, título usado nos escritos dos Pais da Igreja, e que não foi abandonado por Calvino: “... por isso aprendamos agora somente de seu título de mãe que é proveitoso e necessário conhece-la, já que não existe outro caminho para chegar à vida senão que sejamos concebidos no seio dessa mãe, que nos dá a luz, que nos alimenta com seus seios, e que nos ampara e defende até que, despojados desta carne mortal, sejamos semelhantes aos anjos.”
Japeri - RJ
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