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Palavra do leitor

Há festa nos céus: o coronavírus se converteu!

Quando eu estava ainda no Seminário, havia um seminarista muito antenado com as redes sociais e falava bastante em pastorear uma igreja grande com muitas coisas, a começar por um canal midiático de referência nacional, pelo menos, para transmitir os cultos, especialmente os seus sermões. Eu pensava como isso seria problemático, mas não opinava. Sempre que havia uma oportunidade ele tocava no assunto e aproveitava para dizer que sua ideia era inovadora pelo bem do Evangelho, já que, sendo transmitido pela internet, o mundo poderia ser evangelizado através dos seus sermões. Um dia isso chegou a mim, me perguntaram a minha opinião e fui invasivo: "não faria a transmissão do culto, jamais, mas gravaria pelo menos o sermão para disponibilizar nas páginas sociais da igreja dias ou semanas depois a fim de publicar o Evangelho, porque penso que se todas as reuniões solenes forem transmitidas ao vivo, um dia a maioria do povo não mais congregará." A minha resposta não agradou muito, principalmente aquele seminarista, que continuou com seu discurso.

A cada culto que vou hoje e a cada publicação das igrejas que vejo nas redes sociais me levam imediatamente para o tema da discussão daquele dia no Seminário. Falava-se muito nos desigrejados e discutia-se o que se passava na mente das pessoas que defendiam este movimento. Começamos a ver de forma nítida, embora muitos não admitam para si mesmos, um largo grupo de cristãos se "desigrejando" já que a igreja agora vai até as suas casas. Provavelmente estarei sendo interpretado como mais um insensível que não compreende o tempo em que estamos vivendo baseados na hashtag fique em casa. Na verdade, não apenas compreendo o que estamos vivendo agora como também entendo o papel das redes sociais, inclusive os perfis eclesiásticos. O problema é o aproveitamento do tema que vem a calhar em prol de uma desculpa que não cola. Vivemos tempos em que se não houver transmissão do culto ou um mínimo atraso que seja, a igreja que não está na igreja entra em debandada no espaço de comentários criticando e questionando veementemente. Eu fiz parte de um grupo de crentes que chegavam durante o momento de louvor nos cultos porque diziam que o culto só começava depois do louvor. Hoje eu habito numa sociedade em que qualquer pauta a ser debatida é motivo e/ou oportunidade de discordância, da qual, tais práticas já fazem parte do rol de membros cristãos. Que comecem a caçada rumo aos likes e compartilhamentos! Eu já disse que o número de eleitos se conta pelos seus nomes escritos no livro da Vida, não pela quantidade de pessoas online nas redes.

Tenho dito há poucos meses que o maior problema do mundo não é a pandemia, mas a política. No Brasil isso parece acontecer de maneira quadruplicada. Tudo é política. A vacina, antes de qualquer bem ou mal que ela faça, virou política antes mesmo de ser liberada à população. Os decretos mais parecem politicagens a fim de decretar furtos bilionários e aproveitamento de poder do que preocupação com a vida do povo. Criminosos agora são heróis. líderes que não são corruptos agora são idolatrados. Um lado se alia a outro para tomar o lugar do seu oposto. Tudo isso entrou nos átrios que deveriam ser exclusivamente do Senhor. Os sermões, meu Deus, nem se fala. Pouquíssimos se safam da hipocrisia sermônica nos poucos púlpitos consagrados a Deus hoje.

Cristãos totalmente mergulhados em fakenews e na desinformação bem produzida estão levando pânico para o partir do pão. Nunca se viu uma vacina tão duvidosa, a ponto de ignorar um número significativo de "imunizados" na hora de permitir que percam as suas vidas. Nunca se viu um povo vidrado na contagem de mortos pela Covid-19, tantos que até nem sobra mais para o câncer, a Aids, a depressão, a diabetes, o homicídio, o suicídio, etc. Na verdade, estamos vendo boa parte desse povo, isto é, a igreja, ornamentando os seus smartphones para cultuar de casa, para participar do pão e do vinho dispersos, como se o termo "congregar" tivesse outro significado de "estar junto no mesmo lugar". A igreja está confeccionando para si documentos bem redigidos com as regras mais mal feitas que já vi, se desculpando do porquê de não ser mais necessário ir a Betel, Casa de Deus. Que tempos! E que costumes! Entramos na seguinte fase: o Coronavírus não está nos ônibus lotados ou nos Ubers lacrados, não está nas padarias, nos restaurantes, nas empresas, na rua, nas praias, escolas, supermercados, lojas, etc. O Coronavírus se converteu ao Evangelho, só pode, porque ele está apenas na igreja. Será que está tendo muita festa no céu? Por isso a maioria dos cristãos não está mais na Casa de Deus. Muitos estão tachando a ideia de que a igreja somos nós, exatamente a mesma pauta do movimento dos desigrejados, utilizando-se de uma afirmação correta, todavia posta numa situação equivocada. Se já tínhamos um grande problema com o entretenimento no lugar da adoração, imagine agora com o "desigrejamento". Meu Deus! Que tempos! E que costumes!
Maceió - AL
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Site: http://oprolifico.blogspot.com/
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