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Palavra do leitor

Existe alienação religiosa?

O problema de algumas igrejas nos dias de hoje é que seus membros se encontram em estado de inércia, alienados e prisioneiros de um sistema carcerário implantado nas congregações, podre e nefasto. Suas ideologias pregam a incompatibilidade de seus membros com as coisas do mundo. Não falo daquilo que é pecado, mas da vida que deve ser vivida dentro deste mundo. Ora, estamos nele, não? Ainda que não sejamos dele, ainda vivemos nele. Os frutos (se é que podem ser chamados de "frutos") dos que estão em estado de inércia não passam de ações de pessoas que possuem mentes cauterizadas, assim como seus líderes. Sim, chegamos na figura de quem possui a responsabilidade de guiar tais pessoas, o líder.

Ouvi dizer recentemente que o problema muitas vezes não é o líder, mas o liderado. Pode ser, dependendo da situação a que se refere, mas, da forma como abordaram tal ideia me obrigou a me perguntar: como assim? É covardia comparar a situação de uma ovelha nos dias atuais com a relação Judas Iscariotes - Jesus Cristo. Isto envolve pelo menos quatro áreas teológicas bastante controversas e polêmicas. Não pode ser analisado num simples comentário ou pensamento pessoal.

Em toda a Bíblia percebemos o quanto o líder é importante: No Éden, Deus era o líder e não prendeu seus liderados a uma ideologia humanista e pobre. Ele disse: "Comam de tudo, exceto daquela árvore." Em toda a história que envolve os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó até toda a pregrinação de Israel (Josué) os líderes foram fundamentais para seus respectivos povos. No tempo dos juízes, todos eles foram importantíssimos na permanência da ordem e decência do povo. Na Monarquia, desde Saul, Davi, Salomão e outros reis de Israel, a liderança foi importante e definitiva para a vida do povo, tanto na esfera religiosa quanto na política. Na era profética (Samuel, Elias, Eliseu, Isaías, Jeremias, Habacuque, etc.) a voz de Deus ecoava para os ouvidos do povo mediante a boca destes homens chamados por Ele.

No Novo Testamento somos presenteados com a vida de Deus entre o povo, isto é, a pessoa de Jesus Cristo. Não se pode comparar um servo do Senhor com Judas só porque não gostamos dele ou não concordamos com algumas decisões que ele toma, desde que suas decisões não sejam do tipo, "vou marcar uma pessoa piedosa com um beijo para que o exército de Satanás lhe tire a vida", não, não podemos fazer este tipo de comparação munido de ódio, inveja e desgosto. A alienação religiosa consiste em cada ação como esta, ao invés de abraçar nosso irmão, esquecendo sua denominação e olhando para a piedade que dele exala (ou deva exalar), pisamos sua vida, estraçalhamos sua alma, cuspimos seu espírito e jogamos tudo embaixo do tapete. Isso sim deve ser comparado com a atitude de Judas Iscariotes, o filho de Satanás.

Após a vida de Jesus Cristo entre o povo, os apóstolos nos deixaram lições aterrorizantes para o nosso ego: o que dizer de Pedro, que cumpriu a vontade de Deus descrita em Dt 15.3-5 ("Não haja pobre entre ti.") somente em seu tempo ("Pois nenhum necessitado havia entre eles." - At 4.34)? Não foi uma atitude de um líder? Como posso afirmar que o problema não está no líder? Obviamente neste caso não é um problema, mas uma solução: se há abastados em nosso meio assim como humildes, por que não dividirmos tudo e vivermos em igualdade?

O problema começa sim nos líderes, quando estes estão errados, incontinentes, distantes de suas reais funções e características das quais Paulo deixou bem claro ("irrepreensível, temperante, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar [...] obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." - I Tm 3.2; II Tm 2.15). Se o líder não é responsável por algumas reações de seus liderados, o povo não teria se contaminado com a prostituição enquanto Moisés estava no monte com Deus e Arão na posição de líder interino (Ex 32. 1-6), Tiago não teria advertido aos que desejam ser mestres, pois seriam julgados com maior rigor (Tg 3.1) e Jesus não teria morrido na cruz, para que eu e você tenhamos em mente que, pelo exemplo do maior líder de todos os tempos, precisamos nos examinar a nós mesmos e confessar nossos delitos diante de Deus, para sermos alcançados pela Sua graça. Percebem a responsabilidade de um ser que se diz líder, toma um púlpíto para si e abre a boca para edificar?

A igreja em Beréia ouviu o maior teólogo e especialista nas Escrituras, depois de Cristo, na época em que muitas igrejas o ouviam, mas antes de aplaudi-lo, resolveu conferir nas Escrituras se aquilo era mesmo verdade (At 17.11). Sim, foi uma atitude de liderados, mas ensinada por líderes (Ed 7.10; Pv 1.5; Lc 22.26).

"Ora, o que se requer de um despenseiro é que ele seja encontrado fiel." (I Co 4.2).

Sejamos melhores líderes.
Maceió - AL
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Site: http://oprolifico.blogspot.com/
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