Palavra do leitor
11 de setembro de 2013- Visualizações: 1481
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Evangelização atrás das grades
Há uma percepção generalizada, muitas vezes provocada pelo clamor midiático dos programas policiais, de que não existe qualquer alternativa capaz de conter a crescente onda de violência que assola o país. Crimes os mais diversos são praticados todos os dias e a sensação de insegurança e impunidade é patente. Por outro lado, muitas vezes a pena acaba sendo criminógena (mola propulsora para novas transgressões penais) e estigmatiza o infrator, dificultando sobremodo qualquer tentativa ressocializadora.
Ante esse quadro tenebroso, intrigava-me – e ainda me intriga – como pessoas que cometem crimes e são lançadas nos cárceres brasileiros poderiam experimentar algum tipo de recuperação, ou noutros termos, sair da prisão e não voltar a delinquir. Teria a religião algum papel nesse processo?
Biblicamente, a triste realidade da violência encontra respaldo na perpetuação do pecado adâmico na raça humana, o que nos tornou aptos a cometer as maiores atrocidades e violações aos padrões divinamente instituídos quando da criação. Mas, se assim é, quais seriam as razões bíblicas para que realizemos a capelania prisional? Apontamos, pelo menos, quatro dos nossos deveres:
1) nos solidarizar com os presos, também criados à imagem de Deus, exerçam eles, ou não, a mesma crença: Jesus, no texto de Mateus 25.31-46, se compara aos “pequeninos” (famintos, sedentos, estrangeiros, nus, doentes e presos), sem se referir aos que estão nessas condições apenas como cristãos;
2) assistir aos “domésticos da fé”, sejam irmãos convertidos na prisão ou mesmo aqueles que, por ocasião do pecado, estavam nas fileiras de nossas igrejas e acabaram infringindo a lei penal: se somos membros do corpo de Cristo, o auxílio mútuo, para crescimento e edificação desse corpo, deve ser uma constante, já que “se um membro padece, todos os membros padecem com ele” (1 Coríntios 12.26);
3) ansiar por sermos instrumentos de Deus para que os reclusos, diante dos ensinos bíblicos, passem a se portar de maneira diferente na prisão e quando dela saírem: trata-se de uma das formas do agir da graça comum, que, embora não salvífica, torna possível a prática do bem público e da justiça civil, e, para o que mais nos importa aqui, refreia o pecado humano; e
4) evangelizar, crendo que Deus, de forma soberana, é capaz de levar o homem ao arrependimento e à mudança de vida (2 Timóteo 2.24-26): vários estudos sociológicos, muitos deles realizados por não cristãos, apontam as nuances verificadas pela conversão – ela é uma obra operada pelo Espírito Santo, que cancela nossos pecados (Atos 3.19) e é capaz de transmutar um coração de pedra em carne (Ezequiel 11.19) – mormente no que pertine à reforma moral.
Que o Senhor nos ajude a cumprir os Seus propósitos. Lembremo-nos dos presos e suas vítimas.
Ante esse quadro tenebroso, intrigava-me – e ainda me intriga – como pessoas que cometem crimes e são lançadas nos cárceres brasileiros poderiam experimentar algum tipo de recuperação, ou noutros termos, sair da prisão e não voltar a delinquir. Teria a religião algum papel nesse processo?
Biblicamente, a triste realidade da violência encontra respaldo na perpetuação do pecado adâmico na raça humana, o que nos tornou aptos a cometer as maiores atrocidades e violações aos padrões divinamente instituídos quando da criação. Mas, se assim é, quais seriam as razões bíblicas para que realizemos a capelania prisional? Apontamos, pelo menos, quatro dos nossos deveres:
1) nos solidarizar com os presos, também criados à imagem de Deus, exerçam eles, ou não, a mesma crença: Jesus, no texto de Mateus 25.31-46, se compara aos “pequeninos” (famintos, sedentos, estrangeiros, nus, doentes e presos), sem se referir aos que estão nessas condições apenas como cristãos;
2) assistir aos “domésticos da fé”, sejam irmãos convertidos na prisão ou mesmo aqueles que, por ocasião do pecado, estavam nas fileiras de nossas igrejas e acabaram infringindo a lei penal: se somos membros do corpo de Cristo, o auxílio mútuo, para crescimento e edificação desse corpo, deve ser uma constante, já que “se um membro padece, todos os membros padecem com ele” (1 Coríntios 12.26);
3) ansiar por sermos instrumentos de Deus para que os reclusos, diante dos ensinos bíblicos, passem a se portar de maneira diferente na prisão e quando dela saírem: trata-se de uma das formas do agir da graça comum, que, embora não salvífica, torna possível a prática do bem público e da justiça civil, e, para o que mais nos importa aqui, refreia o pecado humano; e
4) evangelizar, crendo que Deus, de forma soberana, é capaz de levar o homem ao arrependimento e à mudança de vida (2 Timóteo 2.24-26): vários estudos sociológicos, muitos deles realizados por não cristãos, apontam as nuances verificadas pela conversão – ela é uma obra operada pelo Espírito Santo, que cancela nossos pecados (Atos 3.19) e é capaz de transmutar um coração de pedra em carne (Ezequiel 11.19) – mormente no que pertine à reforma moral.
Que o Senhor nos ajude a cumprir os Seus propósitos. Lembremo-nos dos presos e suas vítimas.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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