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Palavra do leitor

Eu não perdoei!

Parece que o assunto do perdão é sempre delicado. Fui impactada quanto tive que ministrar sobre o perdão em um culto para mulheres. Nada fácil! Enquanto cristãos, recebemos a ordem de perdoar, sabemos sobre a importância e necessidade do perdão, sabemos que fomos perdoados por Deus, mas... vira e mexe, somos confrontados acerca desta ordenança e seu cumprimento e obediência, verdadeiros, em nossas vidas.

Por vezes, precisamos revisitar áreas muito profundas em nossa alma para avaliarmos se há perdão, mas nem sempre queremos isso. Entretanto, só podemos tratar aquilo que reconhecermos precisar de tratamento. Num exercício de muita reflexão, visita ao interior da minha alma e intimidade com Deus, percebi que, embora eu achasse que já tinha perdoado tudo o que precisava na minha vida, eu não perdoei.

Falar desse assunto é essencial para a vida cristã. Afinal, não é novidade que todos precisamos perdoar! E perdoar aquilo que para a gente possa parecer imperdoável. Eu poderia citar diversos textos bíblicos amparando esta ordenança dada por Deus, mas a limitação dos caracteres para este texto não permite. Citarei um deles e que para mim é a passagem bíblica mais impactante em se tratando deste tema. Está na parábola do servo impiedoso (Mateus 18:21-35), onde, já nos dias de Jesus percebemos que o assunto do perdão causava inquietação nos discípulos, pois Jesus fala sobre esta parábola justamente após o questionamento de Pedro sobre quantas vezes deveria perdoar o irmão ofensor.

"Então, o senhor chamou o servo e disse: "Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. Não deveria você ter tido misericórdia do seu conservo, como eu tive de você?". Irado, o seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia. ― Assim também fará o meu Pai celestial a vocês se cada um não perdoar de coração o seu irmão." (Mateus 18:32-35)

As consequências de não perdoar são desastrosas para nossas vidas espirituais. Jesus demonstrou que quem não perdoa não é perdoado por Deus e, portanto, está condenado eternamente. Apenas os que também perdoam podem esperar tomar posse do perdão de Deus ofertado por Jesus na cruz, como dito em Mateus 6:12. Nossa dívida para com Deus é altíssima (impagável), assim é esperado que quem foi perdoado por Deus também perdoe seus irmãos. É dever e obrigação!

Cientes disso, o que poderia, então, nos levar a não perdoar? (1) Presunção e orgulho, por exemplo. Um coração endurecido por estes pecados estará fechado para o arrependimento e compreensão do quanto pecadores nós somos e do quanto necessitamos do perdão de Deus. Não perdoamos as faltas que cometem contra a gente porque julgamos que não merecíamos a ofensa praticada pelo ofensor, então ele precisa pagar pelo erro que cometeu. (2) Desejo de vingança, de punição pelo erro do ofensor considerando a falta dele muito grave e impagável. Mas, aqui há outro pecado grave! A vingança pertence ao Senhor (Romanos 12:19) e se a tomarmos em nossas mãos estaremos usurpando o trono de Deus.

Outras razões para não querermos perdoar são a (3) vitimização, pois enquanto eu trago a pessoa como culpada e presa a determinada ofensa eu tenho sempre um culpado para minhas reações e frustrações. (4) o coração ainda dominado pela carne e não pelo Espírito Santo, pois na luta constante e diária da carne contra o Espírito acabamos deixando-nos dominar pela semente da maldade que cada um de nós traz em si. (5) Falta de discernimento entre tolerância e perdão, pois por vezes nós toleramos a ofensa e ofensor, mas não perdoamos de fato. Em oportuno, queremos que esse ofensor preste contas de alguma forma de todas as faltas que cometeu. Ainda outra razão para não perdoar é a (6) raiz de amargura instalada, pois essa amargura contamina o coração de tal forma que impede muitas das vezes de você perdoar outras ofensas. Principalmente se forem decorrentes do mesmo ofensor que já te feriu profundamente e gerou raiz de amargura.

Portanto, em se tratando de uma ordenança tão séria, é preciso perceber se está tudo perdoado! Comigo, naquela ocasião, eu percebi que não perdoei. Achei que estava tudo bem, porém percebi que ainda precisava de cura. Antes de ministrar fui profundamente ministrada pelo Pai.

Da mesma forma é possível que haja este pecado em sua vida. Mas, ainda é tempo! Chegue-se a Deus e sonde seu coração com sinceridade. Perdoe, por mais grave e impagável que tenha sido a dívida do seu ofensor! A exemplo do perdão de Deus para contigo, cuja dívida foi totalmente anulada através da morte sacrificial de Jesus, você também precisa perdoar. Anular de vez por toda a dívida do ofensor e lançar a ofensa no mar do esquecimento, libertando-se da ferida e dor que foram causadas (Mq 7:19; Hebreus 10:17-19). Isto não significa que irá confiar novamente no ofensor, mas o tornará livre desta culpa. Eu perdoei e glórias a Deus por isso!
Cuiabá - MT
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