Palavra do leitor
18 de setembro de 2014- Visualizações: 3251
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Ética e Política: unidas ou separadas?
Parece haver entre Ética e Política uma disparidade tamanha, e quando nos referimos à Ética, estamos falando da “ciência que estuda as relações morais dos homens entre si”. A Ética surgiu para estudar, investigar os princípios, as regras de condutas, as práticas morais e tradicionais que regem uma sociedade.
Ela não se dá num contexto estático. Os princípios éticos de uma sociedade evoluem seguindo os valores morais que sofrem mutações, conforme suas mudanças.
Na Idade Média a visão de mundo permitiu que os valores da sociedade fossem regidos por uma visão de cunho religioso. O que imperava era o pensamento relacionado à fé, à metafísica e à transcendência.
As coisas mudaram, e mais tarde a visão iluminista transformou os valores. Se no passado imperava o pensamento religioso, com o tempo a razão passou a determinar os valores da sociedade. Estes se tornam secularizados.
O pensamento ético se fundamentou no próprio homem e na sua consciência, e esse agir humano vai se apegar à razão. O homem passa a viver um individualismo, um egocentrismo, e agir exclusivamente em favor do que seria bom para si mesmo (na verdade esta é uma das caraterísticas do mundo pós-moderno, que é o egoismo, entre tantas outras).
Política “é a arte de governar”. Aristóteles utilizou o termo pela primeira vez. Ele afirmou que o “homem é um animal político”. Verdade é que nenhum ser humano vive sozinho e todos precisam da companhia de outros. Política é vida em comum na “polis”. É a “conjugação das ações de indivíduos e grupos humanos, dirigindo-as a um único fim”. A Política deve ter o ideal do bem-estar, da igualdade entre todos, o que infelizmente nem sempre acontece. Ela resulta da necessidade de organização da sociedade. Tem a ver com a moradia, a saúde, a educação, o transporte, o saneamento básico, com as nossas necessidades cotidianas, dai vejamos o quanto é importante o tema relacionado à politica. Portanto, essa expressão de que eu não estou nem aí para a política, não tem nenhum sentido, pois ela faz parte do nosso viver diário, tem a ver com nossas necessidades.
Então, onde se encontra o grande problema? No fato de que entre Ética e Política parece não existir uma boa relação, e que não há nada de comum entre ambas. Essa junção entre Política e Ética aparentemente não acontece, tornando-se dois temas totalmente distantes, como bem frisou certo pensador. Assim sendo, o que nos parece é que a Política não realiza nenhum bem comum, senão o bem daqueles que detém o poder, e foi isto o que infelizmente sempre presenciamos em toda a história da nossa Nação, com raríssimas exceções.
Quando falamos em Política, o que vemos e ouvimos nos (tele) jornais são relatos de corrupção e má utilização do dinheiro público por parte de muitos políticos (óbvio que tem suas exceções): desonestidade, compra de voto, abuso do poder, o que só vem reforçar a contradição que há entre a vontade dos eleitores que escolhe seus representantes à espera de honestidade, e as estranhas atitudes de muitos dos nossos políticos que acham que são donos do poder, se esquecendo que o poder é do povo, pois foi ele quem os elegeu, que lhe deu o poder. Portanto, o político não pode ser tomado por essa fome do poder, e nem fazer da ética uma mera especulação, mas, visando o bem da sociedade, ter nela seu principal ponto referencial de administração.
Vivemos uma triste realidade de pobreza, desigualdade, miséria e injustiça social. E diante de tudo isto também, é que exigimos um mínimo de postura ética dos representantes que ocupam o poder. O político precisa se preocupar com os problemas sociais que afetam a nação e com a sociedade que o elegeu. Ele deve ter a consciência de que Ética e Política precisam caminhar unidas, que não podem se distanciar, e que, conforme Abraham Kuyper, entre Ética e Política não deve haver essa dialética da contradição. Foi Kuyper (1837 – 1920), quem formou o primeiro partido político moderno da Holanda, diga-se, um partido de referência, e se tornando no primeiro-ministro daquele país.
Não se esqueçam: É preciso que haja ética na Política.
Ela não se dá num contexto estático. Os princípios éticos de uma sociedade evoluem seguindo os valores morais que sofrem mutações, conforme suas mudanças.
Na Idade Média a visão de mundo permitiu que os valores da sociedade fossem regidos por uma visão de cunho religioso. O que imperava era o pensamento relacionado à fé, à metafísica e à transcendência.
As coisas mudaram, e mais tarde a visão iluminista transformou os valores. Se no passado imperava o pensamento religioso, com o tempo a razão passou a determinar os valores da sociedade. Estes se tornam secularizados.
O pensamento ético se fundamentou no próprio homem e na sua consciência, e esse agir humano vai se apegar à razão. O homem passa a viver um individualismo, um egocentrismo, e agir exclusivamente em favor do que seria bom para si mesmo (na verdade esta é uma das caraterísticas do mundo pós-moderno, que é o egoismo, entre tantas outras).
Política “é a arte de governar”. Aristóteles utilizou o termo pela primeira vez. Ele afirmou que o “homem é um animal político”. Verdade é que nenhum ser humano vive sozinho e todos precisam da companhia de outros. Política é vida em comum na “polis”. É a “conjugação das ações de indivíduos e grupos humanos, dirigindo-as a um único fim”. A Política deve ter o ideal do bem-estar, da igualdade entre todos, o que infelizmente nem sempre acontece. Ela resulta da necessidade de organização da sociedade. Tem a ver com a moradia, a saúde, a educação, o transporte, o saneamento básico, com as nossas necessidades cotidianas, dai vejamos o quanto é importante o tema relacionado à politica. Portanto, essa expressão de que eu não estou nem aí para a política, não tem nenhum sentido, pois ela faz parte do nosso viver diário, tem a ver com nossas necessidades.
Então, onde se encontra o grande problema? No fato de que entre Ética e Política parece não existir uma boa relação, e que não há nada de comum entre ambas. Essa junção entre Política e Ética aparentemente não acontece, tornando-se dois temas totalmente distantes, como bem frisou certo pensador. Assim sendo, o que nos parece é que a Política não realiza nenhum bem comum, senão o bem daqueles que detém o poder, e foi isto o que infelizmente sempre presenciamos em toda a história da nossa Nação, com raríssimas exceções.
Quando falamos em Política, o que vemos e ouvimos nos (tele) jornais são relatos de corrupção e má utilização do dinheiro público por parte de muitos políticos (óbvio que tem suas exceções): desonestidade, compra de voto, abuso do poder, o que só vem reforçar a contradição que há entre a vontade dos eleitores que escolhe seus representantes à espera de honestidade, e as estranhas atitudes de muitos dos nossos políticos que acham que são donos do poder, se esquecendo que o poder é do povo, pois foi ele quem os elegeu, que lhe deu o poder. Portanto, o político não pode ser tomado por essa fome do poder, e nem fazer da ética uma mera especulação, mas, visando o bem da sociedade, ter nela seu principal ponto referencial de administração.
Vivemos uma triste realidade de pobreza, desigualdade, miséria e injustiça social. E diante de tudo isto também, é que exigimos um mínimo de postura ética dos representantes que ocupam o poder. O político precisa se preocupar com os problemas sociais que afetam a nação e com a sociedade que o elegeu. Ele deve ter a consciência de que Ética e Política precisam caminhar unidas, que não podem se distanciar, e que, conforme Abraham Kuyper, entre Ética e Política não deve haver essa dialética da contradição. Foi Kuyper (1837 – 1920), quem formou o primeiro partido político moderno da Holanda, diga-se, um partido de referência, e se tornando no primeiro-ministro daquele país.
Não se esqueçam: É preciso que haja ética na Política.
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