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Palavra do leitor

Encontros

Os encontros de algumas pessoas com Jesus em sua época, se deram de várias formas. Em princípio, eram encontros que em suas essências revelavam as impossibilidades humanas e as possibilidades de Deus.

Cada desses encontros descritos na bíblia (NT), continha em si mesmos, lições fundamentais para aplicação mais que necessárias a vida cristã. Ademais, não encontramos em nenhuma parte das escrituras, encontros em que Jesus não tivesse um objetivo central. Reitero, todos os encontros possuíam suas devidas particularidades. Em alguns, temos o Mestre em debates ferrenhos com os estudiosos, noutros Ele se detém para atender o povo em suas vulnerabilidades nas mais variadas áreas da vida e da sociedade.

Não se pode deixar de destacar, que de alguma forma, nesses encontros, as pessoas participavam direta ou indiretamente da bondade do Filho de Deus. Pode-se dizer que os encontros serviram para aproximar o Divino do Humano, ou vice-versa, a fim de que a misericórdia-compaixão se alinhasse a necessidade-fragilidade.

Pensemos na pessoa de Jairo a partir de agora. Obviamente, que nesse caso específico, foi ele quem se encontrou com Jesus na beira da praia (Mc 5.21), detalhe: nada estava programado. Jairo que ter esse encontro com o Nazareno debaixo de muito desespero, e irá fazê-lo da forma mais arriscada possível. Porém, antes de encontrá-lo, o representante da religião judaica, deverá se encontrar consigo mesmo. Sim, se encontrar consigo mesmo. Isso significa que Jairo teve de "mergulhar" nas profundidades de seu ser e perceber que "no fundo - no fundo", sua dependência diante do Cristo gritava mais alto que as dores que sentia em relação a doença de sua jovem filha.

Para tanto, resistir sua dor, foi necessário para tal encontro. Também, teve de prevalecer contra sua própria religiosidade. Talvez, se assim não fosse, ao menos conseguiria consolidar seu objetivo de ir ter com Jesus naquele dia.

Correr o risco de ser taxado de seguidor de Jesus, só pelo fato de abrir mão de seus preceitos religiosos por amar a filha e almejar sua cura, deveras foi um risco que Jairo preferiu correr, mesmo sabendo que após o ocorrido as retaliações por ser prostrar aos pês do "maior herege" da época seriam notórias. Alguns encontros são assim, uns pautados na alegria, outros pautados na dor e na aflição. No entanto, o que importa aqui, é que não podemos dizer que o que Jairo não fez foi autentico e legítimo do ponto de vista da [sua] fé.

Ao avistar Jesus a beira da praia rodeado da multidão, Jairo não pensou duas vezes, seu encontro se iniciou com uma bela prostração (adoração) aos pés do Mestre (Mc 5. 22). Encontrar Jesus em adoração lhe proporcionou um mundo de possibilidades. Na adoração aos pés de Cristo o príncipe se desprende de suas razões, religião e tradição. De modo, que na excelência do momento conclama sua dependência diante do Filho de Deus. Para Grün, (2014, p. 103) "na adoração não mais me ocupo de mim mesmo e dos meus problemas; mas, ao contrário, busco olhar somente para Deus (...)".
Jairo fez o que era certo e necessário fazer, foi aos pés de Jesus sem reservar, sem hesitar, sem se importar com as frases soltas dos homens. Não se alienou diante de suas percepções judaicas, ao contrário, recorreu a quem de fato poderia solucionar o grave problema. Destaco ainda, que se ele não tivesse tomado a iniciativa de sair de seu ‘quadrado’ a procura do Mestre, consequentemente, não viveria a experiência de levar a Vida (Cristo) para casa e muito menos ter sua filha novamente (Ressurreição) em seus braços.

O que importava àquele pai de família naquele momento era sua libertação de si mesmo e sua sincera adoração diante do Cristo, o que para Grün (2014, p. 103) faz todo sentido de ser, posto que para o autor, "os problemas e os homens não mais me interessam porque Deus me preenche completamente. Na adoração está presente o desejo profundo de finalmente libertar-me de mim mesmo, de libertar-me das ocupações constantes comigo mesmo, da ânsia de ver tudo sempre referido a mim mesmo e de querer sempre ter alguma coisa para mim".

Sejamos honestos, Jairo nos dá uma aula de quebrantamento e de como lidar com os grandes dilemas da vida. Somos deveras afetados todos os dias por problemas dos mais variados possíveis, seja a morte, doenças, família, enfim. Todavia, se ao menos tivermos sensibilidade, nem que seja mínima, tudo isso pode ser sanado, ou se não, também não será impedimento para continuarmos adorando a Cristo na beleza de sua santidade. Ainda seguindo as colocações de Grün (2014, p. 107), "alguns cristãos vivem reservando e trancando muitas instancias a sete chaves. As suas vidas estão reduzidas, visto que se movem em poucas instâncias de seu corpo. O encontro com Cristo na adoração pretende abrir todas as instâncias dentro de nós e fazer entrar o olhar amoroso e vivificador de Deus em todos os recantos.

Penso que Jairo encontrou a chave que abriria a porta para Jesus adentrar em sua casa, não que o Mestre seja movido por adoração de um humano fracassado, mas adoração abre a porta do relacionamento íntimo com Deus. Deste modo, as consequências do ato de Jairo foram notórias, após adorá-lo, Jesus vai a sua casa "acordar" (Mc 5. 38) a menina. Antes do "Talita cumi", sempre há um joelho humilde que se prostra. Quem assim o faz não só tem a presença de Jesus em casa como estabelece para sempre vínculos, cumplicidades e fraternidades eterna. Finalizo, ainda citando Grün (2014, p. 108), "a adoração é, desse modo, um encontro íntimo com Deus: ofereço-lhe os meus desejos e as minhas necessidades mais profundas na confiança de que serão realizados por ele.

Algumas citações são do livro: A Oração Como Encontro de Anselm Grün.
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