Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Palavra do leitor

Em busca da dignidade perdida! A Bíblia e o empoderamento feminino.

INTRODUÇÃO
No dia 8 de março convencionou-se a comemoração do Dia Internacional da Mulher. A origem da data é controversa, sendo que, para muitos, estaria associada a um movimento por direitos trabalhistas ocorrido em uma fábrica têxtil em Nova York (EUA), em 1837, enquanto outros a vinculam a uma convenção posterior.

Nos últimos 150 anos, muitas vitórias e transformações foram alcançadas pelas mulheres (movimento feminista), dentre as quais se destacam o direito ao sufrágio universal (o voto), o acesso à educação, a inserção no mercado de trabalho com direitos iguais e tratamento equitativo, a ampliação da presença feminina em diversas frentes de trabalho e segmentos da sociedade, a criação de políticas voltadas para o amparo da mulher, como a licença-maternidade, e a defesa contra a violência doméstica (Lei Maria da Penha). Além disso, pode-se mencionar o maior protagonismo feminino no espaço público, com a presença de mulheres na política, nas ciências, nas artes, no mundo corporativo e até mesmo no cenário religioso.

Longe do que se costuma dizer ou se poderia imaginar, a Bíblia não constitui um obstáculo à busca e à incorporação desses direitos. Ao contrário, na Bíblia e na tradição judaico-cristã encontramos a mais ampla e segura base para a defesa da dignidade e do valor intrínseco da mulher, bem como o referencial para a promoção dos seus direitos.

A BÍBLIA E A VALORIZAÇÃO DA MULHER
No primeiro capítulo da Bíblia, no livro de Gênesis 1:26-28, temos o importante conceito de que os seres humanos foram criados à "imagem e semelhança" de Deus e, ao mesmo tempo, encontramos a afirmação de que "homem e mulher" são portadores dessa imagem, membros constituintes da aliança (berith), sendo criados por Deus para o perfeito domínio da criação. A queda afetou seriamente essa imagem (depravação total), mas não a suprimiu inteiramente. Por conseguinte, a história da redenção é a história do resgate da identidade e dignidade humanas, corrompidas pelo pecado, por meio de Cristo, nosso Redentor — um retorno ao modelo da criação.

No Pentateuco, encontramos um sistema de proteção social e direitos individuais que incluíam e favoreciam as mulheres, como as leis sobre o divórcio, o casamento levirato e o amparo social das viúvas, estrangeiros e órfãos.

No livro de Provérbios, entre outras passagens, encontramos uma belíssima descrição da mulher virtuosa, algo que antecipa muitos dos conceitos contemporâneos sobre o valor e o protagonismo feminino (Provérbios 31:10-20).

No Antigo Testamento, há livros como Gênesis, Rute, Juízes e Ester em que mulheres, por vezes, são apresentadas como protagonistas da narrativa bíblica.

A relação de Jesus com as mulheres, narrada nos Evangelhos, e a própria redação dos mesmos demonstram que Jesus e seus discípulos adotaram uma abordagem que rompia com as tradições culturais de sua época. Exemplos disso são o encontro com a mulher samaritana e o fato de as mulheres terem sido testemunhas da ressurreição.

As genealogias, mesmo sendo predominantemente masculinas, fizeram menção a mulheres de destaque na história da redenção.

A profecia de Joel e seu cumprimento em Lucas-Atos apontam para os últimos dias, época em que o Espírito seria derramado sobre homens e mulheres sem distinção (Joel 2:28-29 / Atos 2).

A teologia paulina é frequentemente interpretada em contraste com o ensino de Jesus e dos Evangelhos no que concerne ao papel das mulheres. No entanto, uma leitura correta da teologia do apóstolo Paulo permite perceber a distinção entre particularismos culturais e princípios universais. Gálatas 3:28 é um exemplo claro da universalidade da redenção e da igualdade de valor entre homens e mulheres diante de Deus.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na grande narrativa bíblica, encontramos o sentido bíblico-teológico para a promoção de um verdadeiro "empoderamento feminino", que promova equidade e o resgate da dignidade da mulher.

A Bíblia, em sua ética e valores, quando comparada aos costumes e valores das culturas das nações contemporâneas e circunvizinhas, representava um verdadeiro avanço moral e um movimento em favor dos direitos das mulheres, em particular, e da dignidade humana (revelação progressiva, teologia da acomodação). O ápice da revelação divina é a revelação de Jesus Cristo, e a plena aplicação dessa proposta redentiva ainda aguarda sua consumação. Trata-se de um vir-a-ser construído no presente e, ao mesmo tempo, consumado por Deus no futuro, na glória que há de vir.
Cuiabá - MT
Textos publicados: 35 [ver]
Site: http://verticais.blogspot.com

Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.

Ultimato quer falar com você.

A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Opinião do leitor

Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta

Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.