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Palavra do leitor

Educação da Desordem

"O grande desafio do processo pedagógico é fazer com que a cabeça do oprimido, não seja mais hotel do opressor."

O sistema educacional brasileiro está falido. E nós legitimamos por ignorância a desordem, a falência e o colapso desse sistema. Eu afirmo que a educação deste país está falida e agoniza no CTI dos hospitais públicos; no aumento da população carcerária; nos projetos educacionais malsucedidos; nas obras superfaturadas, nos feudos pentecostais e nos cartéis das grandes mesas de negociações.
Estas considerações apoiam-se fundamentalmente da ganância compulsiva dos nossos governantes com o dinheiro público. É o lucro do poder das oligarquias a faturar à custa da exploração da miséria. Essa conceituação econômica desumanizada da desigualdade coletiva se dá contra quem trabalha e produz - relação típica dos meios de exploração. Só que hoje, mais refinado e sutil em sua prática, todos sem exceção, podem consumir e esse é o real papel da democracia moderna - a liberdade para consumir.
A concepção do papel ideológico do Estado democrático em que todos têm os mesmos direitos é uma falácia. Essa retórica só vem aprofundar ainda mais as diferenças entre quem explora e é explorado. No Brasil, a exploração tem raízes seculares e nasce historicamente dos desvios dos bens públicos e da lavagem de dinheiro, o que a agrava ainda mais os setores mais produtivos da economia brasileira e, principalmente, os trabalhadores, esses com suas aposentarias sucateadas, ainda esperam e morrem nas filas do INSS por uma aposentadoria compensatória e justa pelos anos trabalhados, o que na prática não acontece. É deplorável e vergonhoso o que se pratica nesse país, a começar pela desordem político-institucional. Caminhamos para uma falência dos órgãos públicos infectados pelo cinismo, aspereza e anética de um câncer enraizado.
O Brasil é um país que muito sonha e pouco realiza. Nós somos o país da Esperança, adotivo e panfletado pela educação da desordem pública. Um subproduto de uma cultura que não evolui. A farsa intelectual de um país de todos, mas com profundas crateras, a deixar rastros de abstinência em seu povo. O lema fascista de ‘Pátria Educador'

protagonizado pelo governo petista traduz muito bem o seu radicalismo político, retrógado e utópico.

A política de educação que se pratica aqui ainda é primitiva e centrada na arbitrariedade do Estado como único gestor e interventor dos modelos educacionais. O cunho dessa gestão pública tem sido cada vez mais punitivo e autoritário, onde o que menos se valoriza na educação é o PROFESSOR, figura essa refém do autoritarismo Estatal e do aluno.


Devido ao sistema ditatorial ao longo de sua história, o Brasil fez com que a política educacional valorizasse demais a centralização transformando os programas educacionais em verdadeiras camisas de força de interesse e manipulação do Estado. Essa educação deformada, dogmática, anacrônica, arrogante e intransigente, produziu no jovem estudante brasileiro uma consciência culposa, medrosa e não crítica. E o jovem influenciado pela ideologização do Estado, sentiu-se envergonhado e culpado, ao invés de sentir vergonha do próprio Governo.

A ditadura midiática da política das novas tecnologias impôs aos jovens estudantes um amplo processo de massificação nas escolas brasileiras. Esse novo formato tecnológico de cultura de conhecimento pragmático não está interessado que o povo se eduque, muito menos que reflita criticamente a sua realidade. Esta política tem favorecido um ensino distanciado das necessidades reais da sociedade, desvinculado do convívio socioeconômico cultural.

A política de ensino a começar pela língua sempre foi orientada para o desenvolvimento econômico e acúmulo de capital – riquezas de um grupo minoritário - promovendo uma educação elitista, aristocrática, erudita sem ligação direta com o meio e os problemas brasileiros.

Dialeticamente a educação deveria estar engajada como instrumento de luta e promoção de consciência da classe operária e de sua participação na transformação da sociedade. Para que este engajamento funcione de maneira sustentável e de tolerância há de preconizar os discursos das diferenças culturais de todas as áreas sociais. O problema do Brasil é cultural. Uma ‘Pátria Educadora' tem que estar mais comprometida com a ética e os valores

humanizados da sua população. Precisa cuidar urgentemente de refazer a mentalidade global de seu povo, de instaurar padrões de cultura novos, de reelaborar o quadro geral dos elementos de vida da população.

Como militante e atuante nos movimentos de luta popular, sinto-me envergonhado com essa esquerda de burguês Coca-Cola e uísque francês em fim de tarde no calçadão de Ipanema. Que esquerda é essa que não oferece o mínimo de dignidade ao seu trabalhador?

Que esquerda é essa que mantém o idoso aposentado em profundo estado de abandono e miséria? Que esquerda é essa que mantém milhares de pessoas soterradas nos vícios das drogas? Que esquerda é essa que gasta milhões em obras superfaturadas e esquece da saúde dos hospitais? Um país não pode ser otimista com atitudes negativas. Acorda, Brasil! Não deixe o vírus da corrupção infectar sua mente. Somos filhos de uma nação que não foge à luta!

Na experiência do caminhar, descobrimos novos espaços, novos desafios. Experiência é exercício de vida. É o caminhar juntos, que muda e transforma saberes.
Rio De Janeiro - RJ
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