Palavra do leitor
26 de setembro de 2013- Visualizações: 1387
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E se for mentira?
“E se for mentira?” – Essa pergunta o atormenta há vários dias, um tormento simplesmente inimaginável até pouco tempo atrás quando ele, ministro com sólida formação num tradicional seminário teológico, pregava e repetia como um mantra as mesmas frases de efeito que ouvira desde criança.
(É preciso um distanciamento necessário para ver bem, não é habitual estranhar o que nos é tão familiar; flagrante a incapacidade natural que temos de ver bem aquilo com o qual estamos tão intimamente envolvidos. Essa foi a bênção que logo ele percebeu ter ganhado ao afastar-se do ministério pastoral, de repente se viu estranhando o que antes lhe era tão normal).
“A unção de Deus está aqui” – está mesmo? “Ouve-se a voz do Senhor” – ouve-se? Passou a questionar-se até nas menores coisas. As frases majestosas que cantava, as afirmações grandiosas que saia tão naturalmente de sua boca. Agora repara nas pessoas presas nas mais tolas armadilhas cantando cheias de convicção que vão romper em fé; orações fervorosas e mãos postas, pessoas transbordando de espiritualidade sem, contudo perder aquele cheio de hipocrisia que só agora parece perceber.
Quantas vezes desdenhou os céticos, quantas vezes riu dos que diziam ser a Bíblia uma engenhosa obra de falsários que, valendo-se de escritos antigos com alguma veracidade histórica, transformaram tudo nesse mirabolante plano de Deus. É certo que sempre o incomodou profundamente os escritos de Nietzsche, principalmente quando percebeu que a “confiança em Deus” o transformou no mais atrasado de seus irmãos. Enquanto aqueles que abandonaram a fé tornaram-se bem-sucedidos nos que faziam, ele arrumava desculpas e muitas vezes, hoje confessa, culpava a Deus, como se dissesse como o irmão do filho pródigo: “Tenho te servido durante tanto tempo Senhor, e nem um bezerro me deste”. Patético.
(É preciso um distanciamento necessário para ver bem, não é habitual estranhar o que nos é tão familiar; flagrante a incapacidade natural que temos de ver bem aquilo com o qual estamos tão intimamente envolvidos. Essa foi a bênção que logo ele percebeu ter ganhado ao afastar-se do ministério pastoral, de repente se viu estranhando o que antes lhe era tão normal).
“A unção de Deus está aqui” – está mesmo? “Ouve-se a voz do Senhor” – ouve-se? Passou a questionar-se até nas menores coisas. As frases majestosas que cantava, as afirmações grandiosas que saia tão naturalmente de sua boca. Agora repara nas pessoas presas nas mais tolas armadilhas cantando cheias de convicção que vão romper em fé; orações fervorosas e mãos postas, pessoas transbordando de espiritualidade sem, contudo perder aquele cheio de hipocrisia que só agora parece perceber.
Quantas vezes desdenhou os céticos, quantas vezes riu dos que diziam ser a Bíblia uma engenhosa obra de falsários que, valendo-se de escritos antigos com alguma veracidade histórica, transformaram tudo nesse mirabolante plano de Deus. É certo que sempre o incomodou profundamente os escritos de Nietzsche, principalmente quando percebeu que a “confiança em Deus” o transformou no mais atrasado de seus irmãos. Enquanto aqueles que abandonaram a fé tornaram-se bem-sucedidos nos que faziam, ele arrumava desculpas e muitas vezes, hoje confessa, culpava a Deus, como se dissesse como o irmão do filho pródigo: “Tenho te servido durante tanto tempo Senhor, e nem um bezerro me deste”. Patético.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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