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Palavra do leitor

"Deus me abandonou, que bom!"

"Se fossemos programados para a escolha entre o bem e o mal, toda direção de acreditar num Criador perderia sentido e finalidade’’.

Texto de Eclesiastes 4. 7, 7. 16 a 18 e 8.10

‘’Espírito Santo, acende, em nós, essa chama de renovação e boas novas, através de Cristo Jesus, para que, assim, possamos não desistir da vida’’.

Os relatos de pessoas movidas por uma devoção e por uma fé admirável, depois de as reencontrarmos ou obtermos noticias, extraímos um discurso de uma sensação de terem sido abandonadas por Deus, além de uma profunda decepção e amargura, na alma. Seja qual for sua crença em Deus ou o nome atribuído, ao mesmo, passar por uma situação dessas, leva-nos a sensação de que tudo começa a ruir, a desmoronar, sentimo-nos enganados, traídos, usados e manipulados, na mais completa perda de tempo. Os preceitos de nossa orientação ou daquilo a qual estimávamos, como a teologia, os rituais, a tradição, os valores seguidos estão errados e não passam de um estorvo ou um desperdício.

Nesse momento, muitos são levados a tirar Deus de suas vidas, a reconhecer o quanto tudo aquilo que tanto defendíamos perdeu sentido e se desfez. Nada faz mais sentido, nem Deus, nem a teologia, nem os ideais, nem as pessoas, nem eu, nem você, nem a Cruz de Cristo, nada mais mesmo. Indo ao autor do livro de Eclesiastes, a partir dos capítulos e versículos citados, chega-se À conclusão de uma pessoa como se o seu Deus o abandonará, o deixará num foço profundo de solidão e angústia, como se toda sua devoção são marcas de farsas e falsidades.

O interessante de não haver uma definição de religião, na bíblia, o termo de mais compreensível se refere ao temor a Deus e faz-se necessário ponderar sobre isso. Afinal de contas, acredito que você também, conheça ou esteja, ao lado, de pessoas, até honestes e sérias, sinceras e decentes em sua devoção e crença, mas são dominadas por uma obsessão religiosa e não conseguem desfrutar nada, sem conseguir encontrar e se banhar do amor das boas novas, em suas vidas.

São reféns de sempre estarem a mercê de descumprir os dez mandamentos, de ofenderem a Deus, de perderem a salvação, de se remoerem por que cometeram algum deslize. São impulsionadas por uma relação de troca, embora não aceitem, de se eu fizer isso, aquilo e acolá, verá que sou bom, verá que compareço aos eventos religiosos, cumpro as ordens estabelecidas e, por tal modo, serei recompensado, serei preservado das tensões e das aflições da vida, como serei, enfim, amado, importar-se-á comigo, meu será carimbado no livro da vida.

Lá no fundo, somos impelidos a ouvirmos a voz que diz, "Siga-me sem fazer perguntas, o por qual motivo, faça tudo o que mandar e tirarei você dessa situação’’. Em o medo a liberdade, obra escrita pelo psicólogo judeu Erich Fromm, mostra como as pessoas, diante de eventos tão catastróficos e de desajustes, se tornam inclinadas a aceitar propostas de que confie, em mim, e tudo vai dar certo. É bem verdade, esse enfoque pode até ser convidativo e aceitável, entretanto, não presta nenhum serviço para nós, abre precedentes para o ruir de toda nossa devoção, teologia, adoração, oração, fé e por ai vai.

Sem sombra de dúvida, Deus me abandonou, que bom. Sim e sim, esse Deus portador de uma espiritualidade, a qual não nos permite agir com coragem, arrazoar sobre tudo o que ouvimos, a não conceber Deus dentro desse emaranhado de medo e incerteza. De certo, um eco estridente pode vir e dizer, mas o temor a DEUS não é o princípio de toda a sabedoria? Ouso dizer, o temor não desencadeador de reprimendas, que nos traz uma sensação de ressentimento e dissabor, de ser um alienado que segue o obedecer, por obedecer, conformado, preso a um passado de vazios.

Em direção oposta, ao olhar para os ensinos de Jesus, o Cristo, todas suas intervenções se pautaram em levar as pessoas a serem maduras e responsáveis, compromissadas e comprometidas, em nos ajudar a progredir e, de anotar, a aprender com as nossas escolhas. Arrisco afirmar, quando digo, Deus me abandonou, que bom, passa e perpassa por uma espiritualidade que não busca pessoas obedientes, que faça e pronto, que siga e pronto, que cumpra e pronto. Não e não, porque quer nos fazer íntegros, inteiros, nós mesmos, sem rodeios, sem ladainhas, sem máscaras, sem aparências e isso não significa ser perfeito, ser santo, ser acabado e acima do bem e do mal, ou seja, saber quem você é o que você faz.

Por fim, não será necessário aceitar esse desafio, admitir que Deus não nos abandonou, mas sim, abandonamos um Deus, uma religião, uma espiritualidade que não nos permite viver mudanças, que não nos permite encarar nossos defeitos e imperfeições, que não nos permite sermos íntegros, nós mesmos?
São Paulo - SP
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