Desigrejados com Cristo?

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Pesquisando sobre os desigrejados tive a oportunidade de me aprofundar no assunto e entender melhor certas questões, inclusive a distinção que há entre os "desigrejados" e os "Sem igreja", sendo o primeiro grupo, totalmente contrário à igreja institucionalizada.

Embora a bíblia apresente uma série de passagens que ressaltam a importância da igreja, o amor e zelo de Deus por ela, ainda encontramos pessoas que se denominam cristãos evangélicos e se opoem veementemente a instituição igreja, tentando buscar até mesmo nas Escrituras passagens que corroborem com o seu ponto de vista. Abortam passagens que tratam do zelo e do cuidado que o Senhor tem com a sua igreja, ignorando as cartas paulinas, onde a comunidade cristã recebe orientações e até mesmo o livro de Apocalipse, onde o próprio Jesus revela a João o que deveria ser encaminhado a sua igreja. Entre exortações e elogios nas cartas apocalípticas podemos ver claramente, sem sombra de dúvidas, a importância e o valor da igreja.

Não consigo entender como passagens tão claras podem ser ignoradas ou interpretadas de forma tão errônea. Talvez tudo isso seja culpa desse evangelho raso que tem sido pregado por aí. Deus é apresentado como um servidor público capaz de ser acessado de várias formas, negligenciando assim a importância da igreja como uma escola de fé, onde a mesma é exercida e edificada mediante a pregação da palavra. Mas... que palavra? será que os crentes de hoje precisam de palavra? precisam de pregações puras? precisam de evangelho? precisam mesmo da igreja? Ligamos a nossa TV e Jesus Cristo está ali, pronto pra nos ouvir e responder, bebemos a água que cura, temos comunhão com o corpo através da tela, tomando dos elementos sem nenhuma reverência, sem nenhum critério; fazemos as nossas orações particulares e chamamos isso de cristianismo, de evangelho do reino, e ainda temos a ousadia de dizermos que estamos em plena comunhão. Como assim?

O fruto do Espírito é marca de todo cristão genuíno, e só é possível a manifestação desse fruto mediante uma vida de comunhão, de piedade e de amor uns para com os outros.
O amor a Deus sobre todas as coisas se reflete no nosso amor ao próximo, e o amor é uma ação, um exercício diário, uma renúncia, uma doação; a capacidade de suportarmos uns aos outros com as nossas limitações e com a fé de que em Deus somos transformados segundo a imagem de Seu Filho. Se Ele amou e suportou, nele temos a plena certeza que somos capazes de suportar e amar uns aos outros.

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Opinião do leitor