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Palavra do leitor

Derrubando os muros de separação

"Pois foi Cristo quem nos trouxe a paz, tornando os judeus e os não-judeus um só povo. Por meio do sacrifício do seu corpo, ele derrubou o muro de inimizade que separava os judeus dos não-judeus." – Ef 2.14

09 de Novembro de 2009 é uma data marcante para a Humanidade. Vinte anos atrás o mundo viu extasiado, como quem sonha acordado, a queda do muro que cercava o Portão de Brandemburgo, na entrada de Berlim Oriental.

Para quem não se recorda dos fatos ou mesmo desconhece a História, Lúcia Hipólito, jornalista da Rádio CBN, resumiu com brilhantismo esse evento sócio-político insano, que não apenas dividiu a Alemanha, dividiu o Planeta. Acompanhe o resumo:

"Em 13 de agosto de 1961, com o acirramento da Guerra Fria e com a grande migração de berlinenses do lado oriental para o ocidental, o governo da Alemanha Oriental resolveu construir um muro dividindo os dois setores. Dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de  guarda. Foi também proibido a passagem das pessoas para o setor ocidental da cidade. Checkpoint Charlie, um dos pontos de passagem entre os lados da cidade. A construção do muro – símbolo da separação dos blocos capitalistas e comunistas – não respeitou casas, prédios ou ruas. Policiais e soldados da Alemanha Oriental impediam e até mesmo matavam quem tentasse ultrapassar o muro. Muitas famílias foram separadas da noite para o dia. Pelo menos 80 pessoas morreram, 112 ficaram feridas e milhares foram aprisionadas nas diversas tentativas de atravessá-lo. Sua estrutura chegou a ser reforçada por quatro vezes."

COMO OS MUROS SÃO ERGUIDOS?

Muros são erguidos quando começamos a acreditar que somos melhores que os outros, ou, como pensava Jean Paul Sartre, quando achamos que “o inferno são os outros”.

Quando isso acontece, muros de separação são erguidos não apenas entre cidades ou nações, mas também entre pessoas, instituições e denominações religiosas.

A arrogância, a presunção e a ganância do ser humano são o cimento e as pedras que continuam erguendo muros de separação por toda a parte.

UMA LEITURA CRISTÃ DA HISTÓRIA

Como seguidores de Jesus Cristo, somos desafiados a ver a História da Humanidade da mesma maneira como ele viu e como com ela interagiu. Somos chamados a derrubar novos muros de separação e a mostrar o Caminho Vivo e Novo que pode ser trilhado por todos - Jesus!

Mas como faremos isso? Como derrubaremos os muros externos, se internamente erguemos muros de proteção que nos mantém isolados uns dos outros, alimentando em nós a idéia tola de que somos realmente melhores do que os outros? É, precisamos reencontrar o Caminho da humildade.

Durante a minha formação acadêmica no Seminário Teológico, dois pensadores foram decisivos para que eu desenvolvesse uma compreensão cristã da vida e da própria História: Merval Rosa e Leonardo Boff.

Com o professor Merval, aprendi que igreja não é um clube social dos ótimos e que não fazemos parte dela porque somos melhores do que qualquer outro membro da sociedade, mas, tão somente, porque tivemos a graça de sermos achados por Cristo.

Com Boff, aprendi que o único caminho que o ser humano, especialmente o ser humano cristão, é chamado a trilhar é o da humildade. Bater no peito e dizer – como Fernando Henrique disse com Lula “eu não sou igual a ele” – além de ser deselegante, é também uma grande tolice, visto que somos humanos e nada do que é humano nos é indiferente, como bem declarou Publius Terêncios (170 a.C.).

Observe as palavras do apóstolo Paulo aos Efésios: “Pois foi Cristo quem nos trouxe a paz, tornando os judeus e os não-judeus um só povo. Por meio do sacrifício do seu corpo, ele derrubou o muro de inimizade que separava os judeus dos não-judeus.” – Ef 2.14

Cristo nos trouxe a paz, derrubando muros de inimizade.

Aproveitemos, portanto, as comemorações dos vinte anos da queda do muro de Berlim, para derrubar os muros de separação que por desventura carregamos na alma. Vamos reencontrar aqueles que para nós mesmos dissemos não querer saber nunca mais e tornar o acesso livre novamente. Com o martelo do perdão e do amor podemos fazer muito mais do que com o cimento e as pedras da arrogância e da presunção. Afinal, o muro de separação não priva apenas de quem está do lado de lá, mas quem está do lado de cá também.
Marília - SP
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