Palavra do leitor
10 de julho de 2011- Visualizações: 1752
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Debaixo desse véu
Desde "sempre" como diz por ai, pertenço a uma igreja evangélica costumeiramente chamada de tradicional. Ou seja, fui levada desde bebe a igreja, e louvo a Deus, pois os meus primeiros passos na fé foram conduzidos pelos meus pais, aos quais sou muitíssima grata!
Minha conversão foi aos 18 anos (embora ainda me lembre que sempre ia à frente nos raros apelos, em campanhas evangelisticas e nunca tenha me distanciado da igreja, como alguns dos meus amigos na época de adolescente)-mas meu encontro pessoal com Cristo foi em um acampamento de jovens, onde a mensagem escatológica alcançou profundamente o meu coração, já ciente do amor incondicional de Deus por mim!
São fatos. E a minha historia, assim como você certamente tem a sua. Essa é a dinâmica do Evangelho em solo brasileiro!
Mas algo hoje, aos cinqüenta e quatro anos de vida, e beirando trinta no ministério pastoral junto ao meu marido, em grandes adversidades e imensas experiências (chamo até de extraordinárias) com o Senhor, me inquieta e entristece ver, ouvir e conhecer pessoas conhecedoras da Verdade, indo por um caminho que nada tem a ver com o Evangelho genuíno – tenho já escrito muito sobre isso – mas nesse texto, gostaria de apenas “pincelar” um lado meio obscuro de nossas igrejas, chamadas popularmente de tradicionais.
Já deixo claro que sempre fiz uma grande diferença entre tradição e tradicionalismo-e nessa jornada, já tive alguns “rótulos”, entre eles de ecumênica, que na época ate me pareceu meio chique… mas o fato é que é fácil rotularmos esse ou aquele disso ou daquilo dentro do Corpo de Cristo, que em algumas comunidades, não tem sido bem o “corpo de Cristo” porque Ele não tem essa aparência não!
Ao longo dos anos, vi pessoas “morrerem” por usos e costumes (desde um culto de vigília cancelado, por falta de gente mesmo, até um banco que não podia sair de determinado lugar, porque ali se sentava tal presbítero) – pessoas na liderança que por nada “quebram” as regras, como, por exemplo, deixar que o jovem venha de bermuda em um dia de imenso calor!Ou que o pastor precisa usar o terno (acho lindo meu marido de terno e em especial de colarinho clerical!) ou usar o púlpito móvel abaixo do púlpito sem que seja declarado “herege” dentro de uma reunião de conselho! E as pessoas sufocadas estão indo embora de nossas igrejas tradicional-e indo por caminhos difíceis de falsas doutrinas!E a ética, o respeito, o amor vai se desfazendo aos poucos e em alguns lugares de uma vez!Ou isso só esta ocorrendo em minha igreja local?Em minha denominação de mais de 100 anos nesses Pais?
Temos pessoas excluídas, não por abandono ou mau testemunho, mas por serem pobres, ou terem uma deficiência física, ou por serem tatuadas, ou sei lá mais o que, dentro de nossos templos limpos e perfumados!Temos pessoas que são desconsideras por sua cor de pele e sotaque (seja de estrangeiro ou de nordestino); temos irmãos queridos, mas que são evitados e execrados publicamente, porque continuam lutando contra vícios explícitos como o álcool, jogo, e onde no mesmo “corpo’ha cristãos com os seus vícios escondidos, tais como a pornografia em sites e revistas, e ai incluo as mulheres também e não somente os homens! E pais e maridos violentos com sua esposa e filhos dentro de quatro paredes, lideres de jovens, de louvor e diáconos de suas igrejas”.
Nos últimos anos tenho trabalhado na área de aconselhamento-algo que foi acontecendo naturalmente, sem eu “ir atrás”, pela necessidade mesmo, fui me abrindo as pessoas que se encontram em crises, problemas complexos, pedindo socorro!Então, comecei a me dedicar, orando, estudando, me aprofundando, embora não seja psicóloga – digo, sou apenas uma crente tão carente e tão igual a quem recebo em minha sala, ou na minha cozinha, ou em uma sala do prédio educacional de minha igreja.
E tantas coisas têm acontecido-vitorias, mas também derrotas.
Ação do Inimigo, que “vive ao nosso derredor”, mas também a ação poderosa e fantástica de Deus, confrontando a ação humanista, onde o individualismo e a indiferença se tornaram a coisa mais natural!
E muitas igrejas, porque isso “não entra em relatório pastoral” por ética e respeito, tem se preocupado com os bens materiais: trocar os vasos sanitários por mais modernos, ou as festas mensais, semestrais, anuais, “para os membros apenas” e nas estatísticas dentro dos seus Concílios superiores, nossas igrejas de vinte e cinco, cinqüenta, cem anos, estão decrescendo; alguns templos tem sido vendidos ate para pagarem dividas!Outros porque não tem mais gente mesmo!Seminários têm sido fechados, porque não tem “campo” para os obreiros mais experientes, o que fazer com os recém formados!
Tem igreja que “arrota” ser primeira, ou isso ou aquilo, mas não sabe e nem quer evangelizar! Os visitantes entram e saem do mesmo tamanho; os “guetos” os grupos fechados, ninguém entra, por que se tornaram crentes que não enxergam mais-esse ou aquele é escolhido, por interesses pessoais, nunca comunitários; a igreja se tornou se tornou em um amontoado de gente brigando por poder dentro de si mesma, devorando uns aos outros! Isso precisa provocar dentro de nós uma indignação; um refletir mais santo, para que Deus possa voltar a nos ajudar, a nos abençoar!Pois o papel principal da igreja tem sido esquecido: alcançar os que estão indo pro inferno!
Provavelmente eu esteja sendo dura. Mas também, tenho esperança de que eu esteja mostrando um “espelho” pra você e ali você esteja vendo a imagem de sua igreja, talvez até de sua própria vida. E quando a gente se vê com coração humilde e quebrantado, alguma coisa precisa ser feita, mudada, colocada no chão e levantar um novo “edifício” dentro de nossos templos e salões de reuniões, para que de fato, o Senhor da igreja seja exaltado, proclamado, adorado e servido com integridade, fidelidade e amor.
E ai, meus queridos, as pessoas da nossa família, as pessoas da nossa rua, as pessoas do nosso bairro, as pessoas do nosso convívio diário, irão querer, não somente conhecer esse Evangelho, mas também irão querer conhecer aonde eu vou aos domingos pela manha e a noite. Irão desejar ter a mesma fé que tenho. Temos erros, defeitos; continuamos sendo pecadores, sabemos disso; mas o nosso modelo, o nosso alvo é Cristo!Conhecemos a graça de Deus e essa não muda conforme o humor, a temperatura, a crise financeira mundial ou os padrões da moda- mas temos esquecido o“ preço alto” dessa graça, que foi a cruz de Jesus Cristo!
Pense nisso. Que Deus nos ajude, é a minha oraçao.
Minha conversão foi aos 18 anos (embora ainda me lembre que sempre ia à frente nos raros apelos, em campanhas evangelisticas e nunca tenha me distanciado da igreja, como alguns dos meus amigos na época de adolescente)-mas meu encontro pessoal com Cristo foi em um acampamento de jovens, onde a mensagem escatológica alcançou profundamente o meu coração, já ciente do amor incondicional de Deus por mim!
São fatos. E a minha historia, assim como você certamente tem a sua. Essa é a dinâmica do Evangelho em solo brasileiro!
Mas algo hoje, aos cinqüenta e quatro anos de vida, e beirando trinta no ministério pastoral junto ao meu marido, em grandes adversidades e imensas experiências (chamo até de extraordinárias) com o Senhor, me inquieta e entristece ver, ouvir e conhecer pessoas conhecedoras da Verdade, indo por um caminho que nada tem a ver com o Evangelho genuíno – tenho já escrito muito sobre isso – mas nesse texto, gostaria de apenas “pincelar” um lado meio obscuro de nossas igrejas, chamadas popularmente de tradicionais.
Já deixo claro que sempre fiz uma grande diferença entre tradição e tradicionalismo-e nessa jornada, já tive alguns “rótulos”, entre eles de ecumênica, que na época ate me pareceu meio chique… mas o fato é que é fácil rotularmos esse ou aquele disso ou daquilo dentro do Corpo de Cristo, que em algumas comunidades, não tem sido bem o “corpo de Cristo” porque Ele não tem essa aparência não!
Ao longo dos anos, vi pessoas “morrerem” por usos e costumes (desde um culto de vigília cancelado, por falta de gente mesmo, até um banco que não podia sair de determinado lugar, porque ali se sentava tal presbítero) – pessoas na liderança que por nada “quebram” as regras, como, por exemplo, deixar que o jovem venha de bermuda em um dia de imenso calor!Ou que o pastor precisa usar o terno (acho lindo meu marido de terno e em especial de colarinho clerical!) ou usar o púlpito móvel abaixo do púlpito sem que seja declarado “herege” dentro de uma reunião de conselho! E as pessoas sufocadas estão indo embora de nossas igrejas tradicional-e indo por caminhos difíceis de falsas doutrinas!E a ética, o respeito, o amor vai se desfazendo aos poucos e em alguns lugares de uma vez!Ou isso só esta ocorrendo em minha igreja local?Em minha denominação de mais de 100 anos nesses Pais?
Temos pessoas excluídas, não por abandono ou mau testemunho, mas por serem pobres, ou terem uma deficiência física, ou por serem tatuadas, ou sei lá mais o que, dentro de nossos templos limpos e perfumados!Temos pessoas que são desconsideras por sua cor de pele e sotaque (seja de estrangeiro ou de nordestino); temos irmãos queridos, mas que são evitados e execrados publicamente, porque continuam lutando contra vícios explícitos como o álcool, jogo, e onde no mesmo “corpo’ha cristãos com os seus vícios escondidos, tais como a pornografia em sites e revistas, e ai incluo as mulheres também e não somente os homens! E pais e maridos violentos com sua esposa e filhos dentro de quatro paredes, lideres de jovens, de louvor e diáconos de suas igrejas”.
Nos últimos anos tenho trabalhado na área de aconselhamento-algo que foi acontecendo naturalmente, sem eu “ir atrás”, pela necessidade mesmo, fui me abrindo as pessoas que se encontram em crises, problemas complexos, pedindo socorro!Então, comecei a me dedicar, orando, estudando, me aprofundando, embora não seja psicóloga – digo, sou apenas uma crente tão carente e tão igual a quem recebo em minha sala, ou na minha cozinha, ou em uma sala do prédio educacional de minha igreja.
E tantas coisas têm acontecido-vitorias, mas também derrotas.
Ação do Inimigo, que “vive ao nosso derredor”, mas também a ação poderosa e fantástica de Deus, confrontando a ação humanista, onde o individualismo e a indiferença se tornaram a coisa mais natural!
E muitas igrejas, porque isso “não entra em relatório pastoral” por ética e respeito, tem se preocupado com os bens materiais: trocar os vasos sanitários por mais modernos, ou as festas mensais, semestrais, anuais, “para os membros apenas” e nas estatísticas dentro dos seus Concílios superiores, nossas igrejas de vinte e cinco, cinqüenta, cem anos, estão decrescendo; alguns templos tem sido vendidos ate para pagarem dividas!Outros porque não tem mais gente mesmo!Seminários têm sido fechados, porque não tem “campo” para os obreiros mais experientes, o que fazer com os recém formados!
Tem igreja que “arrota” ser primeira, ou isso ou aquilo, mas não sabe e nem quer evangelizar! Os visitantes entram e saem do mesmo tamanho; os “guetos” os grupos fechados, ninguém entra, por que se tornaram crentes que não enxergam mais-esse ou aquele é escolhido, por interesses pessoais, nunca comunitários; a igreja se tornou se tornou em um amontoado de gente brigando por poder dentro de si mesma, devorando uns aos outros! Isso precisa provocar dentro de nós uma indignação; um refletir mais santo, para que Deus possa voltar a nos ajudar, a nos abençoar!Pois o papel principal da igreja tem sido esquecido: alcançar os que estão indo pro inferno!
Provavelmente eu esteja sendo dura. Mas também, tenho esperança de que eu esteja mostrando um “espelho” pra você e ali você esteja vendo a imagem de sua igreja, talvez até de sua própria vida. E quando a gente se vê com coração humilde e quebrantado, alguma coisa precisa ser feita, mudada, colocada no chão e levantar um novo “edifício” dentro de nossos templos e salões de reuniões, para que de fato, o Senhor da igreja seja exaltado, proclamado, adorado e servido com integridade, fidelidade e amor.
E ai, meus queridos, as pessoas da nossa família, as pessoas da nossa rua, as pessoas do nosso bairro, as pessoas do nosso convívio diário, irão querer, não somente conhecer esse Evangelho, mas também irão querer conhecer aonde eu vou aos domingos pela manha e a noite. Irão desejar ter a mesma fé que tenho. Temos erros, defeitos; continuamos sendo pecadores, sabemos disso; mas o nosso modelo, o nosso alvo é Cristo!Conhecemos a graça de Deus e essa não muda conforme o humor, a temperatura, a crise financeira mundial ou os padrões da moda- mas temos esquecido o“ preço alto” dessa graça, que foi a cruz de Jesus Cristo!
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