Palavra do leitor
06 de outubro de 2025- Visualizações: 562
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De volta ao mosteiro
Esse é o título do mais recente livro que passou por minhas mãos. Um fenômeno editorial no Brasil seguindo os mesmos passos do seu anterior "bestseller" O Monge e o Executivo. O autor americano James Hunter é consultor e palestrante internacional na área de liderança funcional. Com uma capacidade incrível e facilitadora de falar sobre este tema, ele refaz aqui com seu personagem principal – John, um alto executivo frustrado com sua vida – o caminho que havia feito no livro anterior.
Voltando ao mesmo mosteiro ao norte de Michigan que havia frequentado dois anos antes para um retiro espiritual com outras seis pessoas, John está passando por um momento crucial em sua vida, sentindo-se um fracassado. O grupo é ministrado de forma serena e sábia por um velho monge beneditino que os conduzirá a uma profunda viagem aos mais recônditos cantos da alma, às mais intrincadas motivações do coração.
Na medida em que são confrontados pelo professor durante o fim de semana sobre os mais variados tópicos da liderança, os membros do grupo vão se apercebendo o quanto necessitam mudar suas atitudes e pré-conceitos, ajustar valores e comportamentos, tanto no âmbito familiar como no trabalho. A maioria deles está triste consigo mesmos, pois apesar do aprendizado adquirido dois anos antes no mesmo mosteiro, não conseguiram alcançar êxito em suas carreiras e em seus relacionamentos. Contudo, esta nova oportunidade os fizeram olhar mais profundamente no interior da alma e ali descobrir os porquês dos muitos fracassos e idiossincrasias.
Nem tudo, portanto, estava perdido. Verão que as mudanças machucam, mas que são fundamentais para quem quer resultados diferentes e vida mais plena. Aprenderão que "o fracasso não é a queda, e sim a permanência no chão". (Mary Pickford)
Essa história contada por Hunter me fez rever meus comportamentos e refletir mais sobre meus passos. E mesmo que alguém pense que livros sobre liderança só servem para executivos de grandes corporações ou pessoas que lideram comunidades e grupos diversos, vai perceber que as lições apresentadas no livro são úteis para todos nós, afinal, durante nossa vida iremos liderar pelo menos uma pessoa que seja. Um filho, por exemplo. E só esse fato já justifica uma busca contínua por aprender a sermos seres humanos melhores e agentes mais eficazes de transformação no ambiente em que estamos inseridos.
Um dos capítulos que mais me marcou foi o que trata da humildade. Ela é apontada como uma das mais imprescindíveis características do líder servidor. Num mundo onde normalmente aprendemos, desde criança, a sermos o centro das atenções e a realizar nossos infindáveis desejos, aprender a sermos humildes talvez seja a tarefa mais árdua que nos acompanhará até nosso último suspiro. Sobre esse tema, o velho Agostinho de Hipona assim nos adverte: "Foi o orgulho que transformou os anjos em demônios; é a humidade que transforma os homens em anjos".
Enfim, voltar ao mosteiro significa voltar aos primórdios, calar a alma, buscar renovo e respostas que muitas vezes estão dentro de nós mesmos, mas que deixamos de perceber por causa do barulho das muitas vozes que nos assediam dia a dia.
Jesus ensinando aos seus discípulos sobre a necessidade de se afastar das multidões para se ouvir a voz de Deus, diz: "Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto" – Mt 6.6. Quer seja no íntimo do quarto, num monte afastado, numa igreja vazia ou num velho mosteiro, é fundamental buscarmos durante nossa caminhada terrena um lugar e um momento para se reciclar, para reaprender, para olhar para dentro de si mesmo e ouvir a voz do alto. E lá, no mais profundo da alma, o Deus que é Pai, em bondade e graça nos apontará os caminhos a seguirmos que nos farão voltar ao status de verdadeiros filhos adotivos, o mais similares possível daquele que é "o primogênito de toda a criação". Colossenses 1:15
Tony Oliveira - Autor dos livros "Pingos da Graça" e "Cartas do Atlântico".
Para outros textos do autor, acesse: https://pingosdagraca.wordpress.com/
Contato: faos.ead@gmail.com INSTAGRAM: @tonyoliveira_69
Voltando ao mesmo mosteiro ao norte de Michigan que havia frequentado dois anos antes para um retiro espiritual com outras seis pessoas, John está passando por um momento crucial em sua vida, sentindo-se um fracassado. O grupo é ministrado de forma serena e sábia por um velho monge beneditino que os conduzirá a uma profunda viagem aos mais recônditos cantos da alma, às mais intrincadas motivações do coração.
Na medida em que são confrontados pelo professor durante o fim de semana sobre os mais variados tópicos da liderança, os membros do grupo vão se apercebendo o quanto necessitam mudar suas atitudes e pré-conceitos, ajustar valores e comportamentos, tanto no âmbito familiar como no trabalho. A maioria deles está triste consigo mesmos, pois apesar do aprendizado adquirido dois anos antes no mesmo mosteiro, não conseguiram alcançar êxito em suas carreiras e em seus relacionamentos. Contudo, esta nova oportunidade os fizeram olhar mais profundamente no interior da alma e ali descobrir os porquês dos muitos fracassos e idiossincrasias.
Nem tudo, portanto, estava perdido. Verão que as mudanças machucam, mas que são fundamentais para quem quer resultados diferentes e vida mais plena. Aprenderão que "o fracasso não é a queda, e sim a permanência no chão". (Mary Pickford)
Essa história contada por Hunter me fez rever meus comportamentos e refletir mais sobre meus passos. E mesmo que alguém pense que livros sobre liderança só servem para executivos de grandes corporações ou pessoas que lideram comunidades e grupos diversos, vai perceber que as lições apresentadas no livro são úteis para todos nós, afinal, durante nossa vida iremos liderar pelo menos uma pessoa que seja. Um filho, por exemplo. E só esse fato já justifica uma busca contínua por aprender a sermos seres humanos melhores e agentes mais eficazes de transformação no ambiente em que estamos inseridos.
Um dos capítulos que mais me marcou foi o que trata da humildade. Ela é apontada como uma das mais imprescindíveis características do líder servidor. Num mundo onde normalmente aprendemos, desde criança, a sermos o centro das atenções e a realizar nossos infindáveis desejos, aprender a sermos humildes talvez seja a tarefa mais árdua que nos acompanhará até nosso último suspiro. Sobre esse tema, o velho Agostinho de Hipona assim nos adverte: "Foi o orgulho que transformou os anjos em demônios; é a humidade que transforma os homens em anjos".
Enfim, voltar ao mosteiro significa voltar aos primórdios, calar a alma, buscar renovo e respostas que muitas vezes estão dentro de nós mesmos, mas que deixamos de perceber por causa do barulho das muitas vozes que nos assediam dia a dia.
Jesus ensinando aos seus discípulos sobre a necessidade de se afastar das multidões para se ouvir a voz de Deus, diz: "Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto" – Mt 6.6. Quer seja no íntimo do quarto, num monte afastado, numa igreja vazia ou num velho mosteiro, é fundamental buscarmos durante nossa caminhada terrena um lugar e um momento para se reciclar, para reaprender, para olhar para dentro de si mesmo e ouvir a voz do alto. E lá, no mais profundo da alma, o Deus que é Pai, em bondade e graça nos apontará os caminhos a seguirmos que nos farão voltar ao status de verdadeiros filhos adotivos, o mais similares possível daquele que é "o primogênito de toda a criação". Colossenses 1:15
Tony Oliveira - Autor dos livros "Pingos da Graça" e "Cartas do Atlântico".
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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