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Palavra do leitor

Curtidas, compartilhamentos e a sutil vontade de ver o outro nu

As redes sociais tem sido nos últimos anos um marco para a sociedade atual. Há muito o que comemorar pela tamanha evolução no agrupamento de culturas e pensamentos acerca de tudo que se pode imaginar, tudo isso por meio da internet, e com ela, as redes sociais. Contudo, como qualquer coisa nessa vida, as redes sociais trouxeram também um grande problema: a invasão de privacidade. Por outro lado, e não menos preocupante, a nítida facilidade em propagar informações que alimentam o oportunismo à invasão de privacidade está às portas. Ao longo dos últimos anos, mais precisamente desde a transição entre Orkut e Facebook, eu tenho percebido algo curioso, preocupante e assustador. É impressionante a disparidade entre curtidas, compartilhamentos e comentários de todo tipo quando comparados entre uma postagem de uma mulher seminua, por exemplo, e um texto científico.

A vontade de ver o outro nu é algo insuperável dentro das mentes doentias da maioria das pessoas por trás dos smartphones e computadores. É surreal imaginar o interesse de homens babando para tocar nos stories daquela mulher comprometida apenas para vê-la com pouca roupa, ou numa posição atraente, ou até mesmo mandando beijinho, ou quem sabe para matar a saudade daquele velho amor, ou ainda para imaginar numa história fictícia com tal pessoa. Nunca se viu algumas mulheres demonstrando seus descontentamentos com seus esposos ou futuros esposos de forma indireta. Nunca se viu tantos jovens aproveitando a onda permissiva, socialista e liberalista para se declararem insatisfeitos com seu sexo (por que eu tenho que dizer "gênero"?). Doutra forma, nunca se viu homens curtindo fotos de mulheres famosas ou não, com poucas roupas ou se insinuando de forma sensual, às escondidas (mas nem tanto assim). Nunca se viu tantos moleques posando de homens maduros com suas amadas em postagens públicas e poéticas, mas por fora, esbanjando os seus dotes sexuais presos em seus quartos com os dispositivos conectados nos perfis daquelas que eles as possuem quase todas as noites em suas mentes e órgãos genitais, sejam elas casadas ou comprometidas. Nunca se falou tanto em "stalkear" alguém. E à procura de quê se faz esse tipo de coisa?

Qual o interesse em ver aquela irmãzinha com poucas roupas nas redes sociais? Para o pervertido é a oportunidade que ele tem de possui-la na sua imaginação, e pecar contra Deus, sem ninguém saber, mas com Deus sabendo de tudo. Para a pervertida é a oportunidade de praticar algo que ninguém vai descobrir e reclamar porque "isso é coisa de homem", diz a sociedade. Qual a intenção de alguém que curte e ainda deixa um comentário claro de quem está babando como um lobo faminto por aquela beleza exposta indevidamente (em alguns casos) daquela mulher que não é a sua? Que intenção possui uma mulher quando comenta de forma saliente uma postagem daquele jovem que, excessivamente ou não, publicou uma foto própria (ou imprópria, vai saber)? Os bacanais nas mentes de muitos soam bacanas demais para eles, embora saibam que estão cometendo sérios erros. Esta onda do "faço o que quiser com o meu corpo porque ele é meu" tem trazido a perdição para muitos. Todo o cuidado parece ser pouco, ou nada. Que tempos, e que costumes!

Comprove você mesmo. Observe uma postagem de uma mulher, casada ou não, feliz, sorridente, fazendo uma pose que delineie suas curvas, ainda que discretamente, ou um homem mostrando os seus braços marcados pela malhação, sua barba por fazer e o desenho da sua mandíbula com uma legenda nada a ver. Depois, compare com uma postagem teológica, por exemplo, de alguém sério, tratando de um assunto sério, pertinente e atual. As mesmas pessoas que vêem a postagem da mulher vêem igualmente a postagem teológica, porém, menos da metade param para ler, curtir, compartilhar e/ou comentar. Um teólogo famoso, pastor renomado, conferencista internacional e de grande contribuição (ou não) consegue um engajamento significativo em suas publicações teológicas, por exemplo. Qualquer coisa que publicam é visto e curtido por inúmeros seguidores, seja um texto devocional ou profundamente bíblico-teológico, seja um sorteio de um livro de sua autoria. Por outro lado, aqueles menos conhecidos, de menor expressão e que pregam apenas na região em que atuam, porém, sábios da mesma forma (as vezes até mais), publicam algo profundamente bíblico-teológico, verdadeiro e que incomoda aos seus seguidores por apontar seus erros humanos e evidenciar a correção divina exposta apenas nas Escrituras, os mesmos que chegam ao ponto de bajulação aos famosos, ignoram o seu líder ou conhecido local. Sabe por quê? Porque passar por uma postagem que te incomoda por falar a verdade e não reagir a ela não deixa rastros, mas deixar uma curtida e de vez em quando um comentário atrevido pode alimentar dentro de si uma oportunidade imaginária (ou não) de "ficar" com ele ou ela. Sinceramente... Que tempos! E que costumes! E olhe que eu nem toquei no assunto "pornografia".

O Prolífico.
Maceió - AL
Textos publicados: 20 [ver]
Site: http://oprolifico.blogspot.com/
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