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Palavra do leitor

Cuidemos dos órfãos e das viúvas na sua tribulação: sobre a Reforma da Previdência

A Previdência Social é um direito previsto no artigo 6º da Constituição Federal de 1988. Não se trata de um privilégio, pelo contrário, para a maioria do povo brasileiro, os direitos foram conquistados com intensa participação democrática; de maneira que qualquer ameaça a eles deve ser rejeitada de imediato. Lembremos a admoestação de Amós: "Ai dos que fazem do direito uma amargura e a justiça jogam no chão" (Amós 5,7)

Os números do Governo Federal que apresentam um déficit previdenciário são diversos dos apresentados por outras instituições, inclusive ligadas ao governo. Não há sentido em estabelecer novas regras para um tema tão sensível, se as informações são inseguras e contraditórias e muitas vezes revelam interesses escusos.

Em vez de tirar vantagem dos fracos, nós, cristãos, somos admoestados a ajudar os que estão em necessidade. Devemos cuidar daqueles com os quais Deus se preocupa, e buscar oportunidades para prover apoio financeiro e emocional aos que perderam a saúde, um cônjuge ou que ficaram desprovidos do cuidado dos pais. Pois assim disse o Senhor: "Exercei o juízo e a justiça, e livrai o espoliado da mão do opressor; e não oprimais ao estrangeiro, nem ao órfão, nem à viúva; não façais violência, nem derrameis sangue inocente neste lugar." (Jeremias 22:3)

O debate sobre a Previdência não pode ficar sujeito a influências de grupos com interesses no seu fim. O diálogo sincero e fundamentado entre governo e sociedade deve ser buscado até à exaustão. Lembremo-nos das palavras do profeta: "Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas". (Isaías 1:17 )

Através da Bíblia, observamos que os órfãos, as viúvas e os pobres são as pessoas que mais necessitam da bondade dos servos de Deus, e cada discípulo deve estar pronto e disposto a ajudar. Quando ajudamos pessoas carentes, estamos servindo a Deus e receberemos a recompensa dele: "Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedaste-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver" (Mateus 25:35-36)

Se negarmos a ajuda necessária, seremos condenados por Deus, como foi dito: "Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim". (Mateus 25:44-45)

Esses trechos enfatizam o segundo grande mandamento: "Mestre, qual é o grande mandamento na lei? E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas." (Mateus 22:36-40)

Tiago escreveu um dos livros mais práticos da Bíblia. Ele fala sobre a importância de mostrar fé ativa e obediente, e de deixar a palavra de Deus entrar nas profundezas do coração. O evangelho exige mudanças radicais na vida do discípulo. Entre outros conselhos, ele descreveu bem a religião que agrada a Deus: "A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo." (Tiago 1:27)

Lembramos que a ideia de um sistema da Previdência Social possui uma essencial causa ética. Sua função é a proteção social de pessoas que, por vários motivos, ficam expostas à insegurança econômica, particularmente as mais pobres, sendo sua motivação essencialmente compatível com uma lógica cristã: "Pois o SENHOR vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas; Que faz justiça ao órfão e à viúva, e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e roupa." (Deuteronômio 10:17,18)

É preciso portanto, discussões que apresentem factualmente em primeiro lugar o déficit previdenciário, em segundo lugar a origem de tal desequilíbrio financeiro (possíveis grupos com distinções), em terceiro lugar, a existência de outras despesas que possam ser cortadas (não é possível destruir a velhice do povo, ao gastar quantias significativas do orçamento em juros) e por fim, outras fontes de recursos (taxação de fortunas e fim do favorecimento de determinados grupos econômicos).

Lembrando sempre que nenhuma solução para equilibrar um possível desequilíbrio financeiro do sistema de Previdência Social poderá prescindir de valores éticos-sociais e solidários. Empatia e compaixão pelos desafortunados é o que se espera do cristão: "Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus" (Filipenses 2:4-5)
Curitiba - PR
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