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Palavra do leitor

Cristianismno pagão

Este livro deveria ter sido escrito há 300 anos. Se isso tivesse ocorrido, a direção da história cristã seria totalmente distinta daquela que tomou. A maioria de nossas práticas da fé cristã não tem absolutamente nada a ver com o NT. Praticamente tudo que fazemos hoje enquanto cristãos chegou até nós incidentalmente. Virtualmente, todas nossas principais práticas chegaram até nós durante os 50 anos do Imperador Constantino (d.C. 324) ou durante os 50 anos após o começo da Reforma (1517).

Herdamos uma situação tal que não temos absolutamente nenhuma idéia de como nossa fé deveria ser praticada. Este livro não tem a pretensão de trazer luz a todos os recantos da história. Pretende sim focalizar a origem das práticas centrais que definem a principal corrente do cristianismo de hoje. É de vital importância a compreensão das raízes das práticas de nossa igreja moderna. Vida sem questionamentos é vida sem valor – Sócrates.

Sócrates não foi o único filósofo a sofrer represálias pelo seu inconformismo: Aristóteles foi exilado, Spinoza foi excomungado e Bruno foi queimado vivo. Sem mencionar os milhares de cristãos torturados e assassinados pela igreja institucional por se atreverem desafiar seus ensinos (paradigmas).

A verdade é que nós cristãos nunca colocamos em dúvida aquilo que fazemos. Pelo contrário, cumprimos alegremente nossas tradições religiosas, sem verificar de onde elas vieram. A maioria dos cristãos que afirma apoiar-se na Palavra de Deus nunca investiga se aquilo que faz a cada domingo tem base bíblica. Porque se eles investigarem chegará a conclusões bem incômodas. Nos ensinaram a obedecer a nossa denominação (ou movimento) e jamais questionar tais ensinos. Uma congregação cristã nunca deve reunir-se sem a pregação da Palavra de Deus e a oração, não importa quão exígua seja o tempo da reunião. A pregação e o ensino da Palavra de Deus é a parte mais importante do culto divino. Como Lutero, Calvino enfatizou a centralidade da pregação durante o culto de adoração. Ele acreditava que cada crente tinha acesso a Deus através da Palavra pregada.

Primeiramente, a liturgia protestante reprime a participação mútua e o crescimento da comunidade cristã. Isto provoca um estrangulamento no funcionamento do Corpo de Cristo por calar seus membros. Em absoluto, não há espaço para que você dê uma palavra de exortação, compartilhe uma descoberta, inicie ou introduza um cântico, ou dirija uma oração espontaneamente. Você é obrigado a ser um dono de assento, mudo e sério!

O culto inteiro é dirigido por um homem. Onde está a liberdade para que nosso Senhor Jesus fale através de Seu Corpo a qualquer momento? De que forma, na liturgia, Deus poderá dar a um irmão ou irmã uma palavra para compartilhar com toda congregação? A ordem litúrgica de adoração não permite tal coisa. Jesus Cristo não tem a liberdade de expressar, através de Seu Corpo, Sua direção. Ele é mantido cativo por nossa liturgia!

Ele também é transformado em um espectador passivo! Crescemos quando funcionamos como parte integrante do corpo, e não quando olhamos e escutamos sentados passivamente dependentes apenas uma partícula deste mesmo corpo. Seguindo o caminho de seu pai João Calvino, os Puritanos centraram todos seus cultos eclesiásticos em torno do ensino sistemático da Bíblia. Pretendendo evangelizar a Inglaterra (purificá-la dos equívocos Anglicanos), os Puritanos centraram todos seus cultos em torno de exposições bíblicas, versículo a versículo, estruturadas, metódicas e lógicas. Sua ênfase sugeria o Protestantismo como a religião do “Livro” (Ironicamente, o “Livro” nada sabe sobre sermão!). Sejamos honestos. Há multidões de cristãos sendo “sermonizados” há décadas, todavia, continuam na condição de bebês em Cristo. No afã de substituir antigas religiões, o cristianismo tornou-se uma religião - Alexander Schmemann. O moderno cristianismo é obcecado pelo tijolo e pelo concreto. A “Igreja” está tão ligada à idéia de igreja enquanto edifício que nós inconscientemente fomentamos a qualidade material das nossas megas catedrais em detrimento da qualidade de um padrão de vida estritamente espiritual em santificação. A separação entre o culto e a vida cotidiana caracteriza a cristandade ocidental. O culto é visto como algo separado da estrutura da vida, como um produto a ser consumido. Esta disjunção entre secular e espiritual é realçada quando percebemos o coral vestindo a toga antes do começo do culto. Eles sorriem, fazem gracejos e brincam. Uma vez começado o culto, eles tornam-se pessoas diferentes. Não sorriem nem brincam. Esta vinculação hipócrita entre o secular e o sagrado... Esta “mística dos vitrais” do culto dominical foge de enfrentar a verdade e a realidade cotidiana. Não importa quão bom foi domingo, a segunda-feira pela manhã vem colocar nosso culto formal.

TEXTO EXTRAIDO
"CRISTIANISMO PAGÃO"
ORIGENS DAS PRÁTICAS DE NOSSA IGREJA MODERNA (Esboço)
Frank A. Viola
Brandon, Flórida. Dezembro de 2002.

João Pessoa - PB
Textos publicados: 35 [ver]

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