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Palavra do leitor

Conviver em comunidade

"Ao se relacionar com alguém, ao seu lado, abra caminho para que o mesmo seja ouvido’’.

O por qual motivo vou a Igreja Presbiteriana, situado em Ermelino Matarazzo, na Rua Miguel Rachid, 280, no Município de São Paulo, sem a intenção de fazer uma propaganda, leva-me a ponderar sobre o conviver em comunidade e isto vai além de participar de certos ritualismos, de certas liturgias e de certas linhas teológicas. Sinceramente, sem rodeios, a partir do Salmos 133, de Atos 2.42-45 e Gálatas 6.10b, debruço-me na constatação de ser o termo ir à igreja para encontrar a Deus, uma definição distante do próprio sentido de proximidade e profundidade espiritual. Dou mais uma pinçada, considero ser igreja, conviver em comunidade, como um espaço destinado a estarmos presentes em prol das pessoas e as mesmas presentes, também, para nós, até por não estarmos acima do bem e muito menos do mal, por não termos controle sobre tudo, como nem tudo o que acontece pode nos ser creditado ou acontece por nossa causa e, muitas situações ocorrem, porque não houve algo do outro lado. Aliás, não convivo em comunidade, não vivo e partilho a comunhão, não sou igreja com outras, em função da minha condição socioeconômica ou de outros, da minha formação intelectual e cultural ou de outros, por haver oportunidades de alcançar influencias e imposições sobre outros (a conhecida disputa de quem dispõe de mais dons e atributos). Não e não!

Diametralmente oposto, encontro-me, ali, por estar ligado ao outro, por meio da Cruz do Ressurreto, como pude obter, a partir da derradeira ministração, em 9 de outubro de 2022, durante o culto da manhã, efetuado pelo Seminarista Estevã. De notar, ao estar vinculado a Cruz do Deus Ser Humano Jesus Cristo, tornamo-nos unidos, em mutualidade, uns aos outros, com a ênfase do nós sobre o eu, do nós com suas particularidades e peculiaridades, com liberdade e responsabilidade, com individualidade e interdependência. Eis o desafio, diante de uma geração contagiada pelos palatáveis e apetecíveis discursos de que o eu se basta e nada mais. Indo ao texto de Gênesis, com peremptória afirmação, há a confirmação de que não é bom que o homem esteja só. Acredito o quanto devemos compreender ser cada momento de culto, ser um espaço de lar para conviver em comunidade.

Deveras, conviver em comunidade envolve a construção de amizades, de companheirismos, de ajustes, de abraços que alentam, de ouvidos que aconchegam, de mãos que motivam e orientam, de pessoas voltadas a desaguar força, coragem, esperança e recomeços ao outro. Digo isso, porque integridade, lealdade, compromisso, generosidade, confiança, animo, misericórdia e compaixão se estabelece no partilhar e compartilhar, não se compra, não se negocia, não se troca, não se apropria, não se alcança com violência. É bem verdade, conviver em comunidade traz a constatação de ser um espaço pelo qual os outros o conhecem e demonstram sua importância, sentem sua falta, sentam, ao seu lado, diante das perdas, das negativas da caminhada, dos diagnósticos que nos afligem, das mudanças que nos assustam. Ouso dizer, conviver em comunidade se firma na face humana, por onde o Cristo Ressurreto se manifesta, onde percebemos que não estamos num labirinto de solidão e amargura, em que atentamos para o importante e não o urgente, em que tratamos a vida humana como a prioridade do evangelho.

Por fim, para conviver em comunidade, sou chamado para o desafio de conceder espaço para o outro, de abrir mão de parte do meu sonho para o sonho do outro. Logo, ao apresentar uma criança recém-nascida, ao estender ternura a uma família enlutada, ao participar da superação de uma pessoa, ao se alegrar com as boas novas do outro, ao conceber os dons como serviço em prol do outro, leva-nos a reconhecer ser nossa vida, como igreja, como comunidade, não limitado a religiosidade dominicalesca, mas por pertencer a uma realidade não para ser um gueto moralista, não para ser um esconderijo do mundo e, sim e sim, para sermos, participarmos e partilharmos de uma rede de interdependência para estarmos presentes e de que outros, da mesma forma, para nos fazer ir adiante.

Baruch Há Shem!
São Paulo - SP
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