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Palavra do leitor

Carta de despedida de um pastor após pastoreio de quarenta anos

Amados, indubitavelmente não é fácil a despedida, sobretudo quando se trata de uma jornada tão intensa como foi a nossa. Vivemos momentos únicos movidos por uma única esperança, a saber, a promessa eterna do nosso Deus. Confesso que não foi fácil pra ninguém.

Como normalmente acontece com pastoreios longos, eu vi gerações novas surgindo, filhos dos filhos nascendo, crescendo, e gerando novos filhos. Na verdade, nós crescemos juntos, e vocês acompanharam de perto as minhas limitações e fraquezas. No início eu achava que poderia carregar sozinho as dores e problemas de todos, mas Deus levantou alguém para me ensinar que delegar é fundamental para o sucesso da liderança. Eu estava bem intencionado, mas a minha postura não foi nada boa, nem para vocês e nem para mim, por isso, treinei pessoas e deleguei tarefas. Aprendi também que não viveria para sempre, por isso, mantive perto de mim um jovem líder em potencial.

Lembro de muitas histórias, algumas boas, outras trágicas, histórias de provisão divina e histórias da correção divina, manifestações poderosas de Deus e atos rebeldes de alguns que estavam entre nós, mas não eram dos nossos, pois estavam cegos em suas murmurações e não desfrutaram da beleza da provisão de Deus. Amados, nós vimos milagres com os nossos próprios olhos.

Foram tempos desafiadores que resultaram em crescimento e amadurecimento, pois Deus estava moldando o seu povo e o preparando para desfrutar da promessa. Alguns líderes de departamentos se levantaram contra mim, outros questionaram a minha liderança, até mesmo gente da minha própria família. Vocês viram a forma como Deus julgou todos os rebeldes, mas não tive prazer na destruição deles, pois até clamei a Deus por misericórdia em prol deles. Eu acredito na mudança das pessoas, por isso, eu intercedia e pedia a Deus uma nova chance para eles. Contudo, tenho plena consciência de que tais atos de rebeldia não foram por falta de ensino e pregação da Palavra de Deus, pois fui fiel em todo tempo na proclamação da verdade divina. Muitas vezes fiz uso da redundância intencional para propostos didáticos, porque queria ter certeza de que a mensagem foi compreendida. Não foi fácil, mas queria continuar a minha missão, conduzir o rebanho de Deus à promessa eterna.

Estou partindo, mas antes de ir, quero pregar mais três sermões, relembrando tudo que já ensinei ao longo destes quarenta anos. Guarde a Palavra de Deus em vosso coração, pois a vida de vocês depende disso. Confesso que não queria parar agora, pois almejava terminar a missão, mas Deus me disse que a minha missão havia terminado. Eu relutei com Deus algumas vezes, mas Ele disse: não fales mais sobre este assunto. Eu sou Moisés, alguns me chamam de Moisés do Egito, mas eu não quero ser lembrado desta forma; outros me chamam de legislador de Israel, também não quero ser lembrado assim; quero ser lembrado como o pastor de Israel, pastor de um povo obstinado e dura cerviz, mas foi o povo que Deus me deu para amar, liderar e pastorear, pois Deus sempre tem os seus remanescentes fiéis no meio da multidão.

Pr. Sergio Dario
Anápolis - GO
Textos publicados: 1 [ver]

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