Palavra do leitor
- 07 de fevereiro de 2013
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Calheiros para calhordas
A eleição de Calheiros para o Senado revela algo sombrio há muito conhecido, mas resguardado aos porões malcheirosos da política e da cultura brasileira, a saber a “Calheirorização” ou a “Calhordorização” do nosso povo e das nossas instituições.
O dicionário define calhorda como aquele que engana, é desprezível, mal ajeitado que causa nojo e repulsa, características que encontram sinônimo ou complemento na palavra Calheiros que significa viela, nesse caso malcheirosa, desprezível que causa nojo, como algumas que cortam favelas e cidades abandonadas pelo poder público onde habitam gente de bem.
Por outro lado, existem verdadeiras avenidas que se tornam vielas pela presença de gente que se deixa enganar e, por isso, são potencialmente aptas a enganar também - apenas aguarda a sua vez, seguindo as máximas burras de que: “o hábito faz o monge” ou de que “a ocasião faz o ladrão”.
Melhor seria dizer que o ladrão faz ou espera a ocasião e costura o hábito para usá-lo como disfarce escondendo a verdadeira pele (de lobo voraz).
Portanto, o ditado que diz que "todas as estradas vão dar a Roma" agora poderá ser substituído pelo de que todas as calheiras: vielas, ruas pequenas ou avenidas, malcheirosa, escuras e escusas levam ao poder e escondem os ladrões ou os calhordas de uma nação de todos os que forem capazes de, sendo habitantes dos lamaçais, se vestirem como príncipes impolutos, impuníveis e impugnáveis, protegidos por prerrogativas que cheiram tão mal quanto seus beneficiários: “imunidade parlamentar adquirida”.
Neste caso o hábito não faz o monge, mas traveste vermes em vírus para os quais não existem vacinas, mas coquetéis que apenas fazem cócegas e aumentam o cinismo de quem sabe que até serem pegos (se forem!) já estarão gordos o bastante para viverem fora do corpo parasitado, deixando seus filhotes instalados para perpetuar a espécie de Calhordas Calheiros Dourados.
Por fim, os Calheiros lá de cima, são projeções dos calhordas daqui de baixo e ambos habitam o mesmo habitat: Hades. Os de cima, porque pensam que o céu é em cima e os debaixo porque pensam que o inferno é embaixo. Ambos querem subir ou permanecer no alto, mas para isso precisam vender a alma, de forma que mesmo estando em cima, seu estado final sempre será inferior, porque o que importa, no final, não é o que parecem ser, mas o que são na verdade – demônios em pele de gente.
Baltasar Faria – um simples brasileiro indignado.
O dicionário define calhorda como aquele que engana, é desprezível, mal ajeitado que causa nojo e repulsa, características que encontram sinônimo ou complemento na palavra Calheiros que significa viela, nesse caso malcheirosa, desprezível que causa nojo, como algumas que cortam favelas e cidades abandonadas pelo poder público onde habitam gente de bem.
Por outro lado, existem verdadeiras avenidas que se tornam vielas pela presença de gente que se deixa enganar e, por isso, são potencialmente aptas a enganar também - apenas aguarda a sua vez, seguindo as máximas burras de que: “o hábito faz o monge” ou de que “a ocasião faz o ladrão”.
Melhor seria dizer que o ladrão faz ou espera a ocasião e costura o hábito para usá-lo como disfarce escondendo a verdadeira pele (de lobo voraz).
Portanto, o ditado que diz que "todas as estradas vão dar a Roma" agora poderá ser substituído pelo de que todas as calheiras: vielas, ruas pequenas ou avenidas, malcheirosa, escuras e escusas levam ao poder e escondem os ladrões ou os calhordas de uma nação de todos os que forem capazes de, sendo habitantes dos lamaçais, se vestirem como príncipes impolutos, impuníveis e impugnáveis, protegidos por prerrogativas que cheiram tão mal quanto seus beneficiários: “imunidade parlamentar adquirida”.
Neste caso o hábito não faz o monge, mas traveste vermes em vírus para os quais não existem vacinas, mas coquetéis que apenas fazem cócegas e aumentam o cinismo de quem sabe que até serem pegos (se forem!) já estarão gordos o bastante para viverem fora do corpo parasitado, deixando seus filhotes instalados para perpetuar a espécie de Calhordas Calheiros Dourados.
Por fim, os Calheiros lá de cima, são projeções dos calhordas daqui de baixo e ambos habitam o mesmo habitat: Hades. Os de cima, porque pensam que o céu é em cima e os debaixo porque pensam que o inferno é embaixo. Ambos querem subir ou permanecer no alto, mas para isso precisam vender a alma, de forma que mesmo estando em cima, seu estado final sempre será inferior, porque o que importa, no final, não é o que parecem ser, mas o que são na verdade – demônios em pele de gente.
Baltasar Faria – um simples brasileiro indignado.
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