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Palavra do leitor

Bandido bom é bandido regenerado

A Lei Mosaica na qual os Dez Mandamentos foram revelados previa a pena capital em muitos casos. Porém, os aspectos da aliança mosaica não se aplicam fora do pacto de Israel, no Antigo Testamento.

Ainda assim, vemos no Velho Testamento na fala do profeta Ezequiel as expectativas de Deus perante os que erram em sociedade:

"Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? diz o Senhor DEUS; Não desejo antes que se converta dos seus caminhos, e viva? Mas, desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniquidade, fazendo conforme todas as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as justiças que tiver feito não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu, e no seu pecado com que pecou, neles morrerá. Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é direito. Ouvi agora, ó casa de Israel: Porventura não é o meu caminho direito? Não são os vossos caminhos tortuosos? Desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo iniquidade, morrerá por ela; na iniquidade, que cometeu, morrerá. Mas, convertendo-se o ímpio da impiedade que cometeu, e procedendo com retidão e justiça, conservará este a sua alma em vida. Pois que reconsidera, e se converte de todas as suas transgressões que cometeu; certamente viverá, não morrerá". (Ez 18:23-28)

O profeta mais adiante deixa explícito a esperança divina na regeneração: "Porque não tenho prazer na morte do que morre, diz o Senhor DEUS; convertei-vos, pois, e vivei." (Ez 18:32)

Reabilitar e recuperar pessoas através da educação e da fé é trabalhoso, mas é possível. Porém, para o muitos, o Estado deveria matar, incentivando toda uma sociedade a apoiar tal solução, pois afinal "é isso que eles merecem".

Lembremos que educação, oportunidades, justiça e direitos são o que devemos oferecer aos menos favorecidos. Em 2017, 8 em cada 10 presos brasileiros haviam estudado até no máximo o ensino fundamental, conforme dados do PNAD e INFOPEN. Também segundo o INFOPEN, aproximadamente 74% dos presos no país haviam praticado crimes contra o patrimônio ou contra a Lei de drogas, o que podemos chamar "crimes de rua", ao passo que as prisões por crimes de colarinho branco ainda são exceções.

Recordemos que os cristãos por muitas vezes estiveram na vanguarda da luta pelos direitos humanos: Luther King, Desmond Tutu, Jaime Wright, Evaristo Arns, Hélder Câmara, e tantos outros.

O Cristo bíblico foi um dos primeiros e mais inspiradores defensores de direitos humanos e morreu por isso. O cristianismo foi o fundamento para a criação do que chamamos de direitos humanos, pois foi a partir de pressupostos como arrependimento, transformação, misericórdia, perdão, amor, justiça e paz, que a sociedade estabeleceu a constituição de direitos fundamentais.

Como nós cristãos podemos chegar a um presídio hoje para anunciar a Boa Nova, defendendo um discurso de que "bandido bom é bandido morto?" Como levar Jesus e o arrependimento para a vida eterna, sendo contrários à vida? Ou não acreditamos verdadeiramente na conversão, na expiação e na graça?

Não se trata de apoiar impunidade, mas de acreditar como Cristo na transformação das pessoas. Jesus defendeu a mulher adúltera contra aqueles que exigiam o seu sangue e desafiou os que entre eles estavam sem pecado a serem os primeiros a jogar uma pedra nela (Jo 8:1-11) Diante do pecado, Jesus acolhe o pecador e o convida para uma conversão. Ele não deseja a morte do pecador.

No Novo Testamento, Jesus proibiu esclarecedoramente a Igreja de exercer vingança: "Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. .... Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus" (Mt 5: 38 e 44).

Recordemos que o governador Pôncio Pilatos admitiu que Jesus não tinha feito nada que merecia morte mas assim mesmo mandou executá-lo por conta da "opinião pública": "Então ele, pela terceira vez, lhes disse: Mas que mal fez este? Não acho nele culpa alguma de morte. Castigá-lo-ei pois, e soltá-lo-ei. Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E os seus gritos, e os dos principais dos sacerdotes, prevaleciam. Então Pilatos julgou que devia fazer o que eles pediam. E soltou-lhes o que fora lançado na prisão por uma sedição e homicídio, que era o que pediam; mas entregou Jesus à vontade deles." (Lc 23:22-25). Não cedamos ao mesmo erro.

Cristo, por sinal, deu resposta aos que criticam os direitos humanos com a frase pronta: "Está com pena? Então, leva para casa!"

Pois bem, Jesus antes de expirar pela última vez, prometeu levar o ladrão arrependido para casa: "E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso". (Lc 23:43)
Curitiba - PR
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