Autoestima?

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Certa feita, assisti uma entrevista de membro da comissão técnica que deu assistência à saúde física e emocional dos jogadores durante a Copa, isso em relação ao jogo com o Chile que a comissão técnica declarara temer - quando a liderança vacila, a equipe perde o rumo!

Após veio aquela partida em que a Alemanha nos goleou e ficamos na quarta colocação, em virtude de perder para a excelente equipe da Holanda; a mídia reclamou 3 ou 4 pênaltis, a favor do Brasil, mas não foram marcados; teríamos sido "campeões morais"?

Confesso que fiquei pensando naquela conclusão sobre a saúde "emocional" - foram 23 jogadores convocados para defenderem as cores brasileiras em um torneio internacional, atletas escolhidos a dedo depois de meses e meses de observação do treinador; 23 craques entre os mais renomados, mais competentes, mais habilidosos, mais bem remunerados do mundo; a maioria já defendia, na Europa, times de alta categoria, recebiam milionários salários, viviam no maior bem-estar: em ricas mansões, apartamentos de luxo, tendo do bom e do melhor! Podia-se ter certeza de que eram pessoas equilibradas emocionalmente.

Disseram que deu um apagão, como ocorreu com um deles, em 1998 na França, e tantos anos depois ainda não se sabe, oficialmente, o que lhe teria ocorrido.

Durante a narração, no pós-jogo, perguntaram para um dos comentaristas da emissora: "você esteve lá, o que foi, afinal, que ocorreu?"

O competente comentarista, craque de copas anteriores, deixou escapar que o tal jogador, a tal "estrela mundial" passara a madrugada na farra e chegou ao hotel ao amanhecer.

Tal coisa teria que culminar em apagão, em amarelar diante da partida decisiva, ter tremedeira nas pernas, tremura no corpo todo diante de um compromisso oficial, compromisso em nome da Pátria brasileira, compromisso diante do mundo inteiro, que assistia; mas deu apagão, amarelou, tremeu, não jogou.

O efeito cascata desestabilizou a equipe, a comissão técnica, os cartolas; enfim, desestabilizou a disputa decisiva e fomos derrotados; perdemos o jogo, perdemos a classificação, perdemos a Copa, perdemos milhões de dólres jogados no lixo da história futebolística brasileira.

O que disse o mundo todo? baixo astral, baixa autoestima, pensamento negativo, falta de amor a si mesmo [autoestima], ausência da força interior, do poder interior, do autocontrole!

Já se falava muito do poder da mente, poder do pensamento positivo, poder do eu interior; tudo isso criação e prática das vãs filosofias, da nova espiritualidade, que querem, ainda hoje, a todo custo, fazer com que a humanidade se afaste do Deus único, verdadeiro, eterno para a busca do prazer imediato, da alegria instantânea, da prosperidade; isso para valorizar, enaltecer, ensinar o engano, a mentira, o "não é bem assim" em relação a Deus, prática iniciada lá no Éden, nos primórdios da humanidade.

Culto ao "ego", autoestima, amar a si mesmo e seus desdobramentos: alta autoestima, média autoestima, baixa autoestima, valorizar a si mesmo em total dissonância com a submissão, a dependência ao nosso Deus, que disse "não terás outros deuses diante de mim" - Ele não ensinou o "ame-se a si mesmo", mas admitiu que o ser humano se ame, afinal somos o templo do Espírito Santo, templo que não devemos profanar!

Ele disse que o primeiro e grande mandamento (Mt 22.34-40) consiste em amar a Deus sobre todas as coisas [prioridade – vide Mt 6.33], e o segundo mandamento semelhante a este é amar ao próximo como a si mesmo [sim, está subentendido o amor próprio].

Acrescentou, ainda: "Quem quer vir após mim negue-se a si mesmo [renúncia], tome a sua cruz [sofrimento], e siga-me [fidelidade]."

As vãs filosofias estão ensinando a egolatria, o culto a si mesmo, o poder do que há dentro de cada um, poder da mente, poder da palavra [humana], poder do pensamento positivo descartando a busca necessária, sábia e santa do Senhor Jesus, para recebê-lo, no coração, passando a ter o direito de ser chamado de filho de Deus (Jo 1.12).

A refletir: se há solução sem Jesus, por que Ele se deu em uma cruz?

A Palavra de Deus nos ensina o fruto do Espírito, e somente tem o Espírito Santo de Deus quem recebeu o Filho (Rm 8.9), Jesus, como seu único e suficiente Salvador e Senhor; e esse fruto consiste de: "amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio" (Gl 5.22-23).

Recomenda, ainda, Paulo: "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento" (Fp 4.8).

Onde, pois, o poder da mente? Onde, pois, a autoestima? Onde, pois, o poder da palavra humana? Onde, pois, as sutis e vãs filosofias que estão por aí buscando tirar a credibilidade do evangelho, para descartar a fé no Senhor Jesus?

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Opinião do leitor