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Palavra do leitor

Antes do isolamento se findar

"Eliseu enviou um mensageiro para lhe dizer: ‘Vá e lave-se sete vezes no rio Jordão; sua pele será restaurada e você ficará purificado’. Mas Naamã ficou indignado..." 2 Reis 5.10-11a (NVI)

Naamã era o comandante do exército sírio, homem de grande influência militar, política e social no contexto em que vivia. Contudo, a Bíblia relata um acontecimento que poderia vir a mudar a sua vida: ele se encontrava leproso (2 Rs 5.1). Além do desligamento das funções militares, o comandante do exército sírio poderia se manter em um isolamento social, sendo esta uma medida muito comum adotada para tratar pessoas com esse tipo enfermidade.

Entretanto, a esperança renasce no coração de Naamã quando ele descobre que havia um homem, o profeta Eliseu, que poderia ajudá-lo (2 Rs 5.2-3). Naamã se dirige até ele, mas curiosamente, o pedido feito por Eliseu não alegra o coração do comandante do exército sírio. Mais tarde, o texto mostra que Naamã ouve a orientação de Eliseu, mas antes que o milagre acontecesse, Naamã foi tratado por Deus em outras áreas. A partir dessa história, algumas considerações podem trazer importantes transformações em nossa vida. Vamos a elas:

A primeira consideração é que o ato de Naamã reflete alguém que não conhecia a Deus. De fato, Naamã reconhece isso mais à frente (2 Rs 5.15), contudo sua atitude anterior revela um homem que julgava que as ações de Deus sempre se encaixariam dentro de uma lógica operacional humana. Para Naamã, Eliseu se dirigiria até ele, faria uma cerimônia de cura com grande expressividade. Mas nada disso acontece. Pode ser que estejamos esperando a providência divina exclusivamente pela descoberta de uma vacina, pela melhora do sistema político, pelo soerguimento da economia. Obviamente Deus pode trabalhar através de todas essas coisas, mas nunca devemos elevar os meios por nós compreendidos e aceitados como o único caminho da graça divina se manifestar.

O segundo ponto a ser destacado é mostrar que nem sempre o milagre que procuramos é o milagre que mais precisamos no momento. Mais importante do que a cura da lepra, Naamã precisava ter o coração regenerado. Seu orgulho quase o impediu de conhecer a Deus (2 Rs 5.13). É importante destacar que não foram os sete mergulhos no rio Jordão que purificaram a Naamã, mas sim um gesto de graça divina que se encontrava localizado no caminho da obediência. Naamã precisava crer nas palavras ditas pelo profeta Eliseu, do contrário, jamais encontraria cura. Foi nesse processo que ele teve o orgulho quebrado e se rendeu à simplicidade do cuidado divino. De igual modo, Deus pode estar tratando em nós coisas simples e invisíveis para os que olham de fora, mas que caso não sejam transformadas primeiramente poderão nos destruir mais do que a ausência daquilo que inicialmente desejávamos.

O terceiro ponto reflete a tentativa de pelas nossas obras sermos mais merecedores da provisão de Deus. O texto mostra que Eliseu nem mesmo vai até Naamã e deste agora era apenas pedido que confiasse na palavra do profeta (2 Rs 2.10). O problema é que para quem está acostumado a conseguir pelo esforço próprio aquilo que deseja, sempre será arriscado demais confiar. Isso acontece até o momento em que se depara com uma situação em que nenhum empenho humano é capaz de ajudar. Foi o caso de Naamã. Seu prestígio de nada valeria para curar a lepra. Se fosse pedido algo que dependesse do esforço dele, ele de prontidão atenderia (2 Rs 5.13), mas não havia escolha senão render-se a fé na palavra.

O quarto e último ponto diz respeito à similaridade das nossas condições nos dias de hoje com a condição de Naamã naquele contexto. Embora por motivos diferentes, temos enfrentado o isolamento social assim como Naamã enfrentou no seu tempo. A cura da lepra o faria retornar ao convívio com as pessoas e às atividades normais, porém com um diferencial: seu coração agora estava transformado. Agora ele conhecia o verdadeiro Deus (2 Rs 5.15). Antes de sairmos definitivamente do nosso isolamento social, seria prudente da nossa parte pedir a Deus para transformar os nossos corações a fim de que possamos servir melhor a ele e ao nosso próximo. Seria pouco demais para Naamã simplesmente retornar ao seu trabalho militar e ao convívio com a sociedade. Seria pouco porque tendo sido criados por Deus, não há como viver plenamente sem que vivamos para ele. No final das contas, servir a Deus e viver para glorificá-lo é fazer o bem a nós mesmos (1 Co 10.31).

Não deixaremos de pedir para que as transformações em nossa realidade possam vir, mas, de sobremodo, peçamos a Deus para que os nossos corações estejam voltados para receber as transformações essenciais para as nossas vidas.
Contagem - MG
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