Palavra do leitor
03 de maio de 2011- Visualizações: 4199
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Antes de tudo, negue-se a si mesmo
Uma das questões mais complexas, se não a mais complexa, no que diz respeito ao chamado ao discipulado, particularmente, diz respeito ao negar-se a si mesmo. Jesus era um mestre diferenciado, sabemos. E sem dúvida um tanto excêntrico para os padrões de sua época. Para ele, requisito fundamental para qualquer indivíduo que desejasse segui-lo era negar-se a si mesmo. “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” (Mt 16.24). Mas o que isso significa?
Didaticamente, para maior compreensão desse requisito necessário para ser um discípulo de Jesus, podemos esmiuçá-lo dividindo-o em diferentes aspectos no que toca nossas vidas. Parafraseando a fala de Jesus poderíamos dizer: “Se alguém quiser vir após mim, negue sua própria maneira de se relacionar com Deus e siga-me”, e: ”Se alguém quiser vir após mim, negue sua própria maneira de se relacionar com o outro e siga-me”, ou: “Se alguém quiser vir após mim, negue sua própria maneira de se relacionar com o mundo e siga-me”, ou ainda: “Se alguém quiser vir após mim, negue sua própria maneira de lidar consigo mesmo e siga-me”; e assim por diante. O que implicaria dizer que essa negação de si mesmo, que é requisito fundamental para seguir Jesus, é, antes de tudo, tão significativa como a negação de sua própria essência.
Todavia, para qualquer pessoa minimamente racional-reflexiva, uma recomendação desta natureza é no mínimo obtusa. Lembre-se que Jesus, no relato bíblico, jamais tratou das coisas superficialmente. Aqui ele não nos propôs simplesmente a negação de determinadas práticas, mas a negação de si mesmo. É muito mais do que a negação do que se faz. É, em outras palavras, a negação do que se “é”. O que é ridículo.
Se para seguir alguém eu tenho que negar quem sou, em outras palavras, aquilo que há de mais constitutivo em mim, andar com essa pessoa passa ser algo inconcebível, o que dirá segui-la. Pois seguir alguém implica muito mais do que ir aonde uma pessoa vai, neste caso, refere-se também a ser como a pessoa é, tanto quanto a fazer o que a pessoa faz. O indivíduo que propõe a negação de si mesmo como premissa básica e fundamental para segui-lo, é no mínimo uma pessoa egoísta que não reconhece o outro como sujeito autônomo e rico em subjetividade. O que torna a proposta, para qualquer indivíduo são, impraticável. A menos que o que se é não seja o que se deveria ser.
Se o que sou está longe do que eu deveria ser, a negação de quem sou torna-se necessário e salutar. O que nos trás uma nova perspectiva sobre a afirmação de Jesus.
Como cremos, Jesus foi um humano pleno espiritual, física e socialmente. Ele conseguiu atingir em todos os aspectos os propósitos de Deus para a vida do homem. E como Jesus foi, em tudo foi cem por cento homem, apesar de ser Deus, e como estamos longe de sermos o que ele foi, a negação de si mesmo como premissa básica e fundamental para ser como ele é, é justa e imprescindível. Sob este lócus a uma inteligência descomunal no requisito de Jesus. O que o torna desejável.
Didaticamente, para maior compreensão desse requisito necessário para ser um discípulo de Jesus, podemos esmiuçá-lo dividindo-o em diferentes aspectos no que toca nossas vidas. Parafraseando a fala de Jesus poderíamos dizer: “Se alguém quiser vir após mim, negue sua própria maneira de se relacionar com Deus e siga-me”, e: ”Se alguém quiser vir após mim, negue sua própria maneira de se relacionar com o outro e siga-me”, ou: “Se alguém quiser vir após mim, negue sua própria maneira de se relacionar com o mundo e siga-me”, ou ainda: “Se alguém quiser vir após mim, negue sua própria maneira de lidar consigo mesmo e siga-me”; e assim por diante. O que implicaria dizer que essa negação de si mesmo, que é requisito fundamental para seguir Jesus, é, antes de tudo, tão significativa como a negação de sua própria essência.
Todavia, para qualquer pessoa minimamente racional-reflexiva, uma recomendação desta natureza é no mínimo obtusa. Lembre-se que Jesus, no relato bíblico, jamais tratou das coisas superficialmente. Aqui ele não nos propôs simplesmente a negação de determinadas práticas, mas a negação de si mesmo. É muito mais do que a negação do que se faz. É, em outras palavras, a negação do que se “é”. O que é ridículo.
Se para seguir alguém eu tenho que negar quem sou, em outras palavras, aquilo que há de mais constitutivo em mim, andar com essa pessoa passa ser algo inconcebível, o que dirá segui-la. Pois seguir alguém implica muito mais do que ir aonde uma pessoa vai, neste caso, refere-se também a ser como a pessoa é, tanto quanto a fazer o que a pessoa faz. O indivíduo que propõe a negação de si mesmo como premissa básica e fundamental para segui-lo, é no mínimo uma pessoa egoísta que não reconhece o outro como sujeito autônomo e rico em subjetividade. O que torna a proposta, para qualquer indivíduo são, impraticável. A menos que o que se é não seja o que se deveria ser.
Se o que sou está longe do que eu deveria ser, a negação de quem sou torna-se necessário e salutar. O que nos trás uma nova perspectiva sobre a afirmação de Jesus.
Como cremos, Jesus foi um humano pleno espiritual, física e socialmente. Ele conseguiu atingir em todos os aspectos os propósitos de Deus para a vida do homem. E como Jesus foi, em tudo foi cem por cento homem, apesar de ser Deus, e como estamos longe de sermos o que ele foi, a negação de si mesmo como premissa básica e fundamental para ser como ele é, é justa e imprescindível. Sob este lócus a uma inteligência descomunal no requisito de Jesus. O que o torna desejável.
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