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Palavra do leitor

Ainda precisamos de heróis sonhadores

Dia 04 de abril passado estivemos comemorando os trinta e quatro anos (1968) da morte de Martin Luter King. Os Estados Unidos lembraram e comemoraram o dia da morte daquele que foi um dos grandes pilares da luta contra a segregação racial e da igualdade dos direitos civis. Para muitos foi um ativista político, mas na verdade King foi um grande seguidor das verdades do Evangelho. A luta pacífica pela igualdade das raças e de direitos, revelava na verdade um tremendo comprometimento com as palavras do mestre Jesus no sermão do monte. Lutar é marca indelével dos verdadeiros heróis. Não significa necessariamente pegar nas armas, mas obrigatoriamente não desistir nunca dos ideais nobres. King é um verdadeiro herói; viveu utopicamente uma verdade não utópica. O sonho tornou-se realidade.

Dia 9 de abril passado, estivemos comemorando a morte de mais um grande homem que também se tornou herói. Comemoraremos não quarenta anos, mas setenta e sete anos (1945) da morte de Dietrich Bonhoeffer. Com certeza a Alemanha se lembrará da data. Ao contrário de Martin Luter King, Bonhoeffer não era um pacifista, mas um ativista. Tomou parte no plano para matar Hitler em pleno domínio nazista durante a segunda guerra mundial. Extremamente comprometido com a igreja, com o discipulado e com a proposta de Jesus para todas as pessoas. Como King, também não pegou em armas e não desistiu de seus ideais. Foi um herói e o sonho tornou-se realidade.

O que será que eles têm em comum? Muitas coisas.

1. Ambos foram servos de Deus comprometidos (e não somente envolvidos) com a Palavra de Deus, com as pessoas, com a cidadania, com os ideais de uma sociedade justa e igualitária;

2. Ambos foram pastores. Não pastores de gabinete, mas pastores que andavam junto com as suas comunidades, prontos a se doarem em prol das verdades do Evangelho. Viviam uma missão integral absolutamente genuína. Estavam nas ruas vendo as coisas, sentindo o sofrimento das pessoas, escutando o clamor dos desesperançados, sendo voz altaneira de um real profeta de Deus;

3. Ambos tinham sonhos. King não somente vociferou em frente ao Memorial de Lincoln esse anelo, mas viveu, lutou e morreu por esse sonho. Bonhoeffer também; viveu sua vida ensinando que a graça de Deus era a melhor coisa que alguém pode entender e querer. Lutou até o fim para mostrar que o verdadeiro discipulado vem da cruz e inclui ser chamado a sofrer e morrer;

No entanto, o que mais me impressiona na vida dos dois, é que ambos morreram com 39 anos de idade. King levou um tiro na cabeça momentos antes de sair de casa para fazer mais um discurso; Bonhoeffer foi enforcado dias antes da guerra acabar. É evidente que ambos queriam viver mais. Não posso me deixar levar pelo simples pensamento de que tudo estava nos planos de Deus. Não obstante o desejo de querer viver mais, eles não desistiram de seus ideais e das verdades do Evangelho. Em apenas 39 anos de vida, eles fizeram com que o mundo fosse melhor (eu disse o mundo e não a igreja ou a denominação ou o meio evangélico). Conseguiram com que a linguagem do Evangelho fosse encarnada diariamente entre as pessoas.

Pensando nisso, lembrei que já tenho 57 anos e me questiono, o que eu fiz? Por que ideais lutei? que legado tenho deixado? Que Evangelho eu encarno? Difícil encarar essa realidade. Volto-me para Deus e clamo pela graça experenciada por Bonhoeffer e pelo sonho embalado por King.

E você? Quantos anos tem?
Recife - PE
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