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Palavra do leitor

Adolescentes cercados, porém livres

"Para a liberdade foi que Cristo nos libertou" - Gl 5:1

Liberdade é simplesmente um tema que combina com juventude, com adolescência.

Liberdade também combina com Deus, com Jesus Cristo, com seu Reino, com a igreja.

Parece que fomos criados com esse anseio. Após a queda, quando o homem perde sua liberdade, esse anseio passa a ser uma necessidade vital.

Liberdade ainda que tardia! É o emblema de nosso Estado. Muitas Nações, não sem motivo, foram construídas sob e sobre esse símbolo. Pois também por ela soldados guerrearam, mataram e morreram.

A liberdade de expressão é hoje intensamente debatida. Há uma grande polêmica, que já vem se arrastando e só cresce, sobre quais os limites dessa liberdade relacionada ao humor.

Foi Viktor Frankl (ao refletir e relatar sobre sua dramática experiência em um campo de concentração nazista) que nos ensinou de forma contundente: liberdade exige responsabilidade. É marcante sua ilustração alegando que se na costa leste dos EUA há um imponente monumento à Liberdade, na costa oeste deveria haver outro em contrapartida exaltando a responsabilidade.

No fundo esse é um princípio científico básico, como a lei da gravidade: autoridade (liberdade para exercer certos direitos) é sempre acompanhada da devida responsabilidade – e vice-versa.

A pergunta que fica é: responsável sim, mas diante de quem? A quem os EUA, China, Rússia ou União Europeia devem prestar contas? A quem devo prestar contas? A quem os adolescentes, que é sobre quem refletimos, devem prestar contas?

Parece óbvio que, em última análise, todos prestamos contas a Deus. E haveremos todos de comparecer diante de seu tribunal. Ele é a última instância. Por isso fica evidente que o número de ateus, de pessoas que simplesmente não acreditam em Deus, é gigantesco. Pois acreditar em Deus não é igual a acreditar em um conceito qualquer de divindade. Mas é acreditar e confiar só n’Ele, o Deus verdadeiro. Quantos será que vivem como se esse Deus não existisse?

O universo funciona de acordo com Suas regras e quebrá-las acarreta consequências, umas imediatas outras não tão imediatas, mas virão.

Mas se Deus impõe limites, será que Ele mesmo está submisso a esses limites? Claro que sim! Deus não mente, é impossível que Deus minta. Deus é luz e não há nele trevas nenhumas. E por aí vai. Trevas e mentiras são terrenos onde Ele não pode pisar. Mas nós, estranhamente, sim... Acima de tudo Deus nos dá liberdade, porque Ele também é livre.

Mas se Deus é livre, Ele teria também responsabilidade? Ele presta contas? A quem?

Obviamente que como Criador de todas as coisas Deus está acima de todas as leis que ele criou para reger seu universo. Mas Deus é coerente. Ele presta conta a si mesmo – Ele não pode negar-se a si mesmo. Além disto, Ele se fez homem, se submetendo a todo tipo de hierarquia, de instâncias, descendo para a forma de servo e morrendo a morte de cruz.

Ao prestar contas para as autoridades humanas da época, Jesus despojou as potestades e ganhou nome que é acima de todo nome.

Ele nos deixou o ensino, o exemplo e o poder de seu Espírito para também nos submetermos às autoridades estabelecidas: governo, senhores, mestres, pais etc.

Então um adolescente está debaixo de toda essa hierarquia. As cercas lhe são impostas pela própria natureza da sociedade. E isso lhe é geralmente custoso. Pois os sistemas aqui neste mundo são falhos e não raras vezes, muito injustos.

É aí que entra de forma determinante uma fundamental instância nessa hierarquia de responsabilidade: a consciência do indivíduo.

A consciência do adolescente está ainda em formação, quase pronta, mas ainda em acabamento. E isto exige um cuidado especial.

Então a responsabilidade dos pais entre em jogo. Por isso a conhecida frase nas cartas escolares "assinatura dos pais ou responsáveis".

A parábola do filho pródigo é a melhor expressão bíblica dessa dicotomia. Ao sair de casa um filho abusa de sua liberdade e sofre as consequências disto. Mas ele é restaurado ao exercer sua liberdade também para voltar para casa – arriscando até mesmo perdê-la. Já o outro filho abusa da responsabilidade, mantendo-se preso a limites que ele mesmo se impõe e não é capaz de permitir-se entrar e desfrutar de uma festa familiar.

Como sempre é na vida, e também na parábola, é o Pai que equilibra a balança. Um filho é lembrado de sua dignidade, de sua identidade, de seu verdadeiro caráter: sua autoridade e por tudo aquilo que é responsável. Já ao outro também é lembrado de que ele de forma alguma tinha sua liberdade cerceada, não era escravo, mas possuidor de tudo e por isto o momento exigia a liberalidade em festejar o regresso do irmão.

Cabe ao adolescente cristão esta lição: lembrar-se de sua identidade em Cristo. Cultivá-la. E ainda que em sua natureza esteja o impulso de testar os limites, saber aprender com as falhas e nunca ter medo de ousar de acordo com a sua consciência e a voz do Espírito. Só assim ele se tornará um adulto responsável – e portanto, livre.
Fürth - EX
Textos publicados: 311 [ver]
Site: http://teologia-livre.blogspot.de/

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