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Palavra do leitor

A Trans Suzy, o Rei Manassés e nós: o que dizer?

"A relutância de muitos no que toca a se filiarem a um Deus distribuidor de provas para nos ensinar, talvez, ocorra por não aceitarmos o fato de que viver se faz de escolhas, nossas escolhas."

Texto de 2 Reis 21.6

A reportagem exibida pela Rede Globo de Televisão, através do Fantástico, com o Doutor Dráuzio Varella, ao entrevista a transexual ora denominado de Suzy acarretou e prossegue a acarretar toda um movimento de comentários e reações. É bem verdade, ninguém pode querer esconder a questão da não abordagem dos motivos pelos quais Suzy se encontrava, sem receber visitas. A sua condenação, em decorrência do ato ou da escolha de ter violentado e estrangulado uma criança de nove anos, honestamente, causa – nos repúdio e não há como negar. Agora, seria Suzy um monstro, um ser desprovido de toda e qualquer via de humanidade? Particularmente, pontuo a trans como um ser humano e não um monstro, a qual efetuou e fez uma escolha desastrosa e com consequências irreversíveis, na vida da família atingida. Então, dentro desse burburinho de perdoar e não perdoar, como proceder? Afinal de contas, o chamado de Jesus, o Cristo, não nos coloca o perdão, como condição ou o próprio sentido de suas boas novas? Deve ser dito, reitero, a partir da historia do Rei Manassés que imolou, os próprios filhos vivos, como forma de oferenda a deuses, além de outras práticas abomináveis, e encontrou o se refazer ou uma nova chance. Faz – se observar, sinceramente, o perdão não significa passar uma borracha na lousa das memórias e lembranças, tudo bem, sigamos adiante. Semelhantemente, não representa atribuir ao autor de devastadoras e desaprováveis escolhas, o rótulo de monstro, mas sim de pessoas que perderam sua condição de humanos, pelos mais diversos aspectos. De forma alguma, venho, aqui, efetuar apologias de condescendência ou fazer vistas grossas, porque, tanto Manassés quanto a trans são responsáveis por suas decisões. Nessa linha de raciocínio, perdoar não se adequa a adotar um compêndio de fórmulas de faça assim, assado e pronto, tudo estará resolvido. Digo tais colocações, em função de cada pessoa apresenta sua maneira de trilhar por esse se refazer, por reconhecer os borrões e, mesmo assim, não perder de vista o sabor pela vida, embora sobre uma leitura. Quão triste se percebe um discurso de perdão, sem permitir a quem ofendido, traído, prejudicado, enganado, palco de hostilidade, de violência, de abuso, o caminho para sentir raiva, indignação e sem a culpa e a condenação, como se fosse o causador. Talvez, ajudaria muitas pessoas a romper com a impressão de terem sido a causa, o fator motivador, quando não. Não por menos, a coragem para sermos honestos e não adentrar nas dimensões das justificativas, com as defesas de haver um propósito, em tal acontecimento, ou de uma permissão, em tal evento. Sem sombra de dúvida, seríamos decentes e preservaríamos a dignidade de uma mulher traída, ao reconhecer que não houve o suficiente de seu parceiro, o suficiente de integridade; a dignidade de uma família marcada pela perda brutal de seu filho; a dignidade de uma jovem usada como meio e depois descartada, porque não houve o suficiente do outro lado; a dignidade de tantas pessoas que tiveram decepções inesperadas. Retomo o fio da meada e enfoca, ao observar para Manassés e Suzy, ambos perderam sua condição de humanos, de humanidade, e, apesar dessas irrefutáveis sentenças, no caso do primeiro pode se refazer e da segunda, idem. Vale dizer, não quer dizer que a família terá condições de perdoá-la, não posso afirmar, tão somente, que possam fazer o caminho do se refazer, sensíveis ao vazio deixado, de que a saudade vai bater a porta, de que não há nenhuma finalidade do alto, para o ocorrido, de que não foram a causa dessa tragédia ou foram descuidados. Deveras, Manassés se reencontra com sua condição de ser humano, mas suas páginas não foram apagadas e, com certeza, também se dirige a transexual Suzy. Em meio a todo esse vendaval, como cristão, discípulo de Jesus, o Cristo, devo alçar a voz e anular o direito do outro se refazer, de resgatar sua condição de humano? Atentem de que não faço apologias tolas, impulsionas por ideologias partidárias e oportunistas. Diametralmente oposto, enfoco como a vida pode nos pregar situações complexas e conflituosas, como esse episódio. Por fim, a boa mão do Senhor nos ajude a enfrentar a vida, com suas cirandas, com seus dissabores e se correspondentes nos estarrecem, demonstra ainda o prevalecer da bondade, da decência, da dignidade, do respeito e das boas novas.
São Paulo - SP
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