Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Palavra do leitor

A realidade da ressurreição em tempo de coronavírus

A Páscoa é uma festividade judaica para a celebração da libertação do povo hebreu da escravidão no Egito (Êxodo 12:1-20, NVI). É uma festividade religiosa que é perceptível na sua gênese um certo orgulho de Deus em os ter libertado (Êxodo 20:2-3, NVI). Jack Miles, autor americano, disse: "O Deus de Moisés se orgulhava de ter vencido o Faraó". Na Páscoa de Moisés o ponto é a libertação de um povo específico; na Páscoa de Jesus o centro é a adoção em libertação, mediante seu sangue, de toda a família humana. A Páscoa de Jesus é a celebração da totalidade da relativização da morte pela a ressurreição. No contexto e na época dos acontecimentos históricos a esse respeito, simboliza para a igreja de Jesus o rompimento das amarras do túmulo romano e a supremacia do reino de Deus – supremacia do amor – perante o reinado de César – coisificação do poder humano. A ressurreição, no cristianismo, é o que dá sentido ao que seria inútil, segundo Paulo (1 Coríntios 15:17, NVI). Em termos claros, a ressurreição é a tesoura que corta as amarras da morte, a chave das algemas que aprisiona a vida. Jesus é máxima expressão do amor de Deus (1 Coríntios 13:4-7, NVI) e também é o caminho, a verdade e a vida (João 14:6, NVI), sendo o caminho é o destino para quem caminhamos, sendo a verdade é a novidade de uma antiga percepção de que a verdade é uma Pessoa e não uma conclusão de discussão, sendo a vida é a plenitude da ressurreição e sentido da existência para os que estão de baixo de seu Senhorio amoroso. Deus em Jesus tem o objetivo claro e singelo de trazer para os seus braços de amor a humanidade que se encontra em um mundo caído. Para que o mundo não pereça existe a culpa para experimentar da graça, a cruz como único e suficiente juízo (João 3:16-21, NVI).
Viver na realidade da ressurreição é conviver sempre com o amanhã. "Porque Ele vive, posso crer no amanhã", já diria a poesia na canção.

A transmissão da vivência em uma realidade como esta é o compartilhamento da esperança, por exemplo, em tempo de coronavírus desejar um amanhã com menos infecção global. Neste contexto, a esperança é o que dá sentido a dúvida: "Será que experimentando dessa realidade serei contaminado, mas estarei livre de sintomas? Será que chegará o dia em que poderei abraçar novamente um amado?". Ter esperança é andar em terras de utopia, aquilo que desejo, mas ainda não alcancei e por isso tenho esperança de um dia alcançar. Essa realidade é um terreno colaborativo de pessoas cuja vontade expressa: esperança. A realidade da ressurreição em um tempo de crise, especificamente, neste tempo que estamos vivendo pode significar algumas coisas, dentre elas, servir o próximo e afastar a condição de morte que o rodeia. Esse próximo, hoje, não se refere, necessariamente ao que está na rua ou nas esquinas ou na África, mas o próximo atende pelo o nome de filho, esposa, mãe e pai, cunhado, irmã, primo. São esses próximos que devemos servir e apresentá-lo a realidade da ressurreição que o afasta de toda condição de morte. A morte também pode responder por outros nomes, neste contexto, pode ser intrigas, brigas desnecessárias, discussões danosas, falta de amor na convivência, desejo e anseio pelo mau do outro. É essa condição de morte que a realidade da ressurreição chega e afasta.

Nesta Páscoa que em nosso calendário celebramos a ressurreição de Jesus, que seja uma data para além do chocolate, mas um momento para ressignificação da vida, adoçar os relacionamentos com o amor e dar gosto a existência. Quando presentearmos alguém com um ovo de Páscoa que estejamos na expectativa de que daquele objeto surgirá o doce perdão, o amor que adoça relações e a alegria de compartilhar experiências afetuosas com o próximo. A ressurreição é a dimensão de Jesus que aproxima pessoas. É a aproximação possível de Jesus com a vitória sobre a morte e a afirmação da vida e é a aproximação de Deus para com a humanidade que sobrevive em um mundo caído. E, portanto, é a interpelação da minha condição com a condição do outro: quando me perco me dedicando a condição do próximo em detrimento da minha própria condição. Isso é amor que vivifica em ressurreição e afasta as condições de mortes e aproxima da vida em abundância que há em Cristo Jesus.
Fortaleza - CE
Textos publicados: 3 [ver]

Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.

Ultimato quer falar com você.

A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Opinião do leitor

Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta

Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.