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Palavra do leitor

A morte de George Floyd, o orgulho humano e a salvação

O que o caso Floyd nos ensina? Muitas coisas, dentre elas a igualdade dos homens, a reação desproporcional à ofensa, a falibilidade da justiça humana, os males advindos dos preconceitos raciais e sociais. Mas, meditemos no orgulho, subjacente a tudo isso, frente à salvação.
No bom sentido, o orgulho é o mérito decorrente de uma virtude. Por que não se orgulhar do filho que, dedicando-se, obteve o sucesso profissional merecido? Humanamente, é justo e bom que nos orgulhemos das realizações louváveis que decorrem de virtudes honestas pelo mérito inerente a ambas. Mas do ponto de vista de Deus e da Salvação, não é assim.
Sim, todos são iguais, ainda mais diante de Deus que não faz acepção de pessoas. Não há virtude humana que nos torne merecedores da vida eterna, mesmo que realize do mais incrível milagre à maior descoberta científica, beneficiando todos. Pois todos somos igualmente pecadores, merecedores da morte, e igualmente morreremos e nu voltaremos. Somos igualmente devedores de tudo e todos. Para qualidade de vida, devemos aos cálculos ergonômicos, e o "salvar" vidas, aos que subjazem à ressonância magnética. Devemos o pão nosso de cada dia à semente, à terra, ao agricultor, ao transportador, ao distribuidor, ao vendedor, ao padeiro, pois se qualquer elo dessa cadeia de devedores se perder, o pão pode faltar. Imagine se a semente não vingar! Sobretudo devemos a Deus, que dá da semente à inteligência e generosamente dá de graça a Pão da Vida. Assim, a gratuidade da salvação em Cristo desnuda que toda boa dádiva e todo dom vem de Deus, e que o orgulho, subjacente a cada realização humana, ainda que grandiosa aos olhos do homem, é enganador.
Sim, a reação dos policiais ao crime de Floyd foi desproporcional. Mas os crimes da reação das massas também não teriam sido? Essas não reagiram também esquecidas das dezenas de vítimas destruídas pela extensa ficha criminal, a qual George careará ao Juízo Final? Mas, à vista de tanta injustiça, desproporcional é a ação de Deus. Em vez de condenar, imediata e merecidamente, os culpados, oferece-lhes o sacrifício de seu Filho na cruz; o justo pelos injustos, o humilde pelos orgulhosos. Tal desproporção vem da misericórdia divina. Por isso, Ele quer misericórdia e graça e não justiça e religião. Deus não se esquece dos crimes, dos criminosos, das vítimas, das suas famílias, mas oferece a estes o mesmo remédio: o "esquecimento" do mal, via perdão misericordioso. Deus trabalha para que os que foram alcançados pela misericórdia divina sejam misericordiosos e assim, a misericórdia e o perdão de Jesus, patenteados na sua cruz, sejam confirmados e disseminados por toda a Terra. Portanto, como se orgulhar da ação ou reação humana?
Sim, todos buscam justiça. Todos que têm fome e sede de justiça serão saciados. Mas a justiça humana, por mais humanamente justa que seja, não dessedenta a alma, pois os nossos melhores atos de justiça são trapos de imundície diante da sentença divina. Como justiçar o assassinato de ser um humano? Como compensar as vidas dos milhões e milhões de bebês covardemente chacinados no ventre pelos abortistas? Façamos o que fizermos com Floyd, com seus opositores, com seus defensores, com as vítimas de ambos, sempre restarão defeitos, pois é muito imperfeita a justiça humana. (Assim, por mais imparcial que pareça, como nos orgulhar da justiça humana?) Só em Jesus seremos plenamente saciados pelo Justo Juiz de Toda Terra. Em Cristo, gratuitamente, Deus se torna justo e justificador de todo aquele que crê na justiça advinda da cruz.
Sim, a base humana para julgar apoia-se nos conceitos humanos, que são necessariamente pré-existentes. E tais prejulgamentos, fundamento do orgulho, levam à divisão em certos e errados, merecedores e imerecedores. E o agravamento dessas separações precede a queda, pois não há reino ou casa dividida contra si mesma que possa subsistir. Luta interna leva à autodestruição. E porque os certos, os justos merecem, surgem as justificativas para discussões, guerras, genocídios, que, honrosa e orgulhosamente, são consideradas dignas pelo mérito de suas causas. Mas ninguém é bom; todos somos maus. Somente Deus é bom. Mas tão bom, que não há maldade que não possa perdoar, nem alguém tão mau que não possa reabilitar, desde que, quebrantado em seu orgulho, se submeta à imerecida e graciosa salvação em Jesus. É a bondade de Deus que nos leva ver nosso orgulho e, arrependidos, correr pra Cristo.
Na base das causas e consequências da morte de Floyd subjaz o orgulho da humanidade. Tal orgulho tanto alicerça e justifica os métodos, razões e fins dos seres humanos, quanto os cega, pois estão por eles, orgulhosamente, fascinados. Floyd escancara o orgulho que suporta a sabedoria humana, expondo-o frente à insana, humilde e simples salvação pela fé no sacrifício de Cristo. (Basta crer e se arrepender para ser salvo.) É a salvação, imerecida e materializada na morte de Jesus, que pode nos livrar do orgulho e nos tornar humildes como humilde é nosso Pai.
Brasília - DF
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