Palavra do leitor
- 10 de maio de 2012
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A mãe da gente
Segundo domingo de maio, tradicionalmente separado para homenagear a mãe da gente. Enquanto pensava no texto sobre essa singular criatura, lembrei-me de um relato interessante. Uma mãe, diante de uma funcionária pública segura, eficiente e de carreira, responde um questionário.
— Qual é a sua ocupação?
— Sou Doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas, responde a mãe.
A funcionária fez uma pausa, olhou-a como quem não ouviu bem e disse:
¬— Pode repetir, por favor?
A mãe repetiu pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas. A funcionária escreveu no formulário e não resistindo a curiosidade, voltou-se para a mãe.
— Posso perguntar o que você faz exatamente?
Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, a mãe responde:
— Desenvolvo um programa de longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo experimental (dentro e fora de casa). Sou responsável por uma equipe (minha família), e já recebi quatro projetos (filhos). Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda?). O grau de exigência é de 14 horas por dia (para não dizer 24).
Creio que este relato traduz de forma simples a intensidade do peso que é colocado sobre os ombros da mãe. Especialmente nos tempos atuais em que os dois, pai e mãe, chegam exaustos em casa, mas a mãe, dotada de um instinto natural de preservação da espécie, tem que se ocupar com o cuidado dos filhos.
Sendo assim, nada mais justo que ter um dia totalmente voltado para a mãe da gente. A articulista da Veja, Lya Luft, de quem tomei emprestado o título dessa pastoral, faz algumas afirmações muito apropriadas. “A mãe da gente é aquela que nos controla e assim nos salva e nos atormenta; e nos aguenta mesmo quando estamos mal-humorados, exigentes e chatos, mas também algumas vezes perde a calma e grita, ou chora. Mãe da gente é aquela que nos oprime e nos alivia por estar ali; que nos cuida, às vezes demais, e se não cuida a gente faz bobagem: é a que se queixa de que lhe damos pouca bola, não ligamos pra seus esforços, e, mais tarde, de que quase não a visitamos; (...). A mãe da gente é o mais inevitável, inefugível, imprescindível, amável, às vezes exasperadamente e carente ser que, seja qual for a nossa idade, cultura, país, etnia, classe social ou cultura, nos fará a mais dramática e pungente falta quando um dia nos dermos conta de que já não temos ninguém a quem chamar de mãe”.
Portanto ao homenagear as mães nesse domingo, desejamos que elas sejam humanas, que sejam simplesmente a mãe da gente.
Feliz Dia das Mães!
Rev. Ezequiel Luz
— Qual é a sua ocupação?
— Sou Doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas, responde a mãe.
A funcionária fez uma pausa, olhou-a como quem não ouviu bem e disse:
¬— Pode repetir, por favor?
A mãe repetiu pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas. A funcionária escreveu no formulário e não resistindo a curiosidade, voltou-se para a mãe.
— Posso perguntar o que você faz exatamente?
Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, a mãe responde:
— Desenvolvo um programa de longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo experimental (dentro e fora de casa). Sou responsável por uma equipe (minha família), e já recebi quatro projetos (filhos). Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda?). O grau de exigência é de 14 horas por dia (para não dizer 24).
Creio que este relato traduz de forma simples a intensidade do peso que é colocado sobre os ombros da mãe. Especialmente nos tempos atuais em que os dois, pai e mãe, chegam exaustos em casa, mas a mãe, dotada de um instinto natural de preservação da espécie, tem que se ocupar com o cuidado dos filhos.
Sendo assim, nada mais justo que ter um dia totalmente voltado para a mãe da gente. A articulista da Veja, Lya Luft, de quem tomei emprestado o título dessa pastoral, faz algumas afirmações muito apropriadas. “A mãe da gente é aquela que nos controla e assim nos salva e nos atormenta; e nos aguenta mesmo quando estamos mal-humorados, exigentes e chatos, mas também algumas vezes perde a calma e grita, ou chora. Mãe da gente é aquela que nos oprime e nos alivia por estar ali; que nos cuida, às vezes demais, e se não cuida a gente faz bobagem: é a que se queixa de que lhe damos pouca bola, não ligamos pra seus esforços, e, mais tarde, de que quase não a visitamos; (...). A mãe da gente é o mais inevitável, inefugível, imprescindível, amável, às vezes exasperadamente e carente ser que, seja qual for a nossa idade, cultura, país, etnia, classe social ou cultura, nos fará a mais dramática e pungente falta quando um dia nos dermos conta de que já não temos ninguém a quem chamar de mãe”.
Portanto ao homenagear as mães nesse domingo, desejamos que elas sejam humanas, que sejam simplesmente a mãe da gente.
Feliz Dia das Mães!
Rev. Ezequiel Luz
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