A falsa cura

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"Quando Efraim viu a sua enfermidade, e Judá a sua chaga, subiu Efraim à assíria e se dirigiu ao Rei principal, que o acudisse; mas ele não poderá curar-vos nem sarar a sua chaga." "Porque Efraim é uma pomba enganada, sem entendimento". (Oséias; 5,3 e 7:11ª)

"E curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: paz, paz quando não há paz"( Jer. 8:11)

O homem moderno distante de Deus não poupa esforços para sentir-se melhor consigo mesmo e aceita todas as ofertas à sua disposição. As sugestões estão por toda parte e vão desde terapias de grupos religiosos de apoio aos carentes emocionais, livros de auto-ajuda, até a leitura do evangelho. Uma vez que o cristianismo segue os rumos da cultura mundana, líderes Cristãos de toda parte do mundo sucumbem aos apelos da sociedade moderna, buscando em outras fontes a parte do evangelho, formas de auxílio à humanidade. Alguns se preocupam em agradar mais ao homem do que a Deus e reviram os restos de ossos mortos tentando encontrar algo que possa servir ao constante processo de crescimento da auto-estima do pecador e suprimento das necessidades emocionais das pessoas.

O fato de termos acesso à conhecimentos extra bíblicos pode servir de auxilio na compreensão de alguns fenômenos, mas isso é algo sem muito valor na obra do Espírito. O evangelho não precisa de ajuda da mente do homem para resolver o problema da alma cuja raiz é o pecado. Não estamos autorizados a lançar mão de tais recursos para conduzir a vida espiritual dos membros da Igreja de Jesus. Mesmo porque soluções mentais não duram, e conquanto seja verdade que alguns resultados possam ser verificados, os males sempre retornam com força pior.

A Igreja se deixou levar pelo pragmatismo humanista e se revolve na lama dos sistemas de valores provenientes da árvore que o Senhor ordenou ao homem não comer. Hipnotizada pelos encantos da serpente, ela deixou o manancial de águas vivas para cavar cisternas rotas para si. Consequentemente Deus está perdendo sua relevância no controle e condução das comunidades evangélicas em todo o mundo, e isso vem sendo demonstrado através de uma crescente busca de substitutos para o evangelho.

Entretanto, não podemos nos adequar ao mundo. Os ensinos do novo testamento não se coadunam com o pensamento mundano, e se distanciam das soluções humanistas tanto quanto Deus se alteia do homem. Enquanto milhões de pessoas em todo o mundo se curvam à adoração da criatura, O evangelho de Jesus nos convida a ir à cruz para morrer. A cura de Deus não trata com o “eu interior” elevando a auto-estima de alguém com um coração empedernido. Antes que possamos ser curados é necessário estarmos convictos do nosso pecado e sem esperança em nós mesmos ou nas soluções humanas.

A cura completa será conhecida de nós, quando alguns inimigos da cruz, como orgulho e amor próprio, altivez e soberba estiverem sob os pés de Cristo. A busca por algo que possa levantar a auto-estima do indivíduo, e o esforço para adequar o evangelho ao gosto da nova era, revelam nossa rebelião contra Deus, pois estamos tentando edificar aquilo que Cristo veio destruir. Consequentemente, os padrões do Reino de Deus parecerão intransigentes demais e poucos serão capazes de aceitá-los.

Além disso, a Igreja não existe na terra para alimentar os caprichos da sociedade. Seu papel não é render-se ao mundo aceitando seus valores equivocados e contrários à sabedoria divina. Mas iluminar as trevas com a luz de Deus e seu testemunho. Quando a Igreja usa métodos humanos para amenizar os efeitos do pecado, ela está se unindo ao mundo para proclamar a ineficácia do evangelho genuíno, e ao invés de propagá-lo acaba decretando sua falência.

Nossa alegria reside na fé como substancialização do fato de que não há um único trauma interior ou qualquer outro problema que afete nossa personalidade, que não possa ser curado pelo amor de Deus. Arrependimento e fé em Jesus Cristo ainda são os melhores remédios contra os males do pecado. Podemos crer nisso sem receio de sermos simplistas demais.

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Opinião do leitor