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Palavra do leitor

A Falácia da Graça Prevista

"Se a graça não é livre e soberana, então não é graça" afirma Joel R. Beeke. Corretíssimo! Se Deus sofre qualquer tipo de influência de sua própria criação, amoldando-se a ela em suas necessidades, então esse "deus" é um frouxo. Na verdade, é um ídolo – bastante pífio, por sinal.

Quando afirmamos que Deus concede a sua preciosa graça a pessoas que ele anteviu que seriam dispostas a nEle – e em seu poderoso Evangelho – crer, então concordamos que seus decretos não são eternos e são influenciados diretamente pela disposição de um coração escravizado pela podridão do pecado e pela devassidão moral, ainda que restando resquícios de imagem/semelhança divina.

Se somos escravos do pecado – o que de fato somos -, nossa disposição para crer em Deus é totalmente nula. Todos pecamos e estamos destituídos da sua glória. Não há um justo. Nenhum sequer. Não há quem busque a Deus. A comunhão com o Eterno foi despedaçada. Estamos mortos espiritualmente, em nossos delitos e pecados.

Dizer que alguém é escravo do pecado, e que este alguém possui algum tipo de disposição a futuramente crer no Evangelho, é o mesmo que afirmar que esse alguém – por algum motivo – se esforçará, buscará e clamará pelo "Deus desconhecido" e assim, antevendo tal mérito, o Soberano Eterno há de conceder-lhe graça a fim de que alcance a fé salvífica.

Seria um tipo de "descortinar meritório", uma recompensa a um coração propenso a buscar e a crer em Deus. Isso é uma completa sandice, não é bíblico e mancha – por completo – a glória do Deus Eterno, por alguns motivos:

1) Se a graça é meritória, já não é graça, mas recompensa; já não é graça, mas um direito adquirido; já não é graça, mas justiça a corações supostamente propensos a algum bem;

2) Deus faria, assim, acepção de pessoas, pois concede a possibilidade de salvação a tais pessoas propensas a crer – em que uns são propensos e outros não, senão por motivos individuais;

3) A salvação, apesar de pertencer a Deus, não é concedida livre e soberanamente, mas depende da tal propensão ou não de cada pessoa a crer ou não;

4) Deus não é soberano, mas dependente do curso histórico – positivo ou não – em que a criação está navegando;

5) A eleição é meritória e as pessoas creem para que em Cristo sejam eleitas, sendo que a Escritura afirma claramente o contrário, ou seja, que somos eleitos para crer;

6) Isso traz orgulho e soberba ao coração humano, uma vez que somos levados a pensar que, sendo eleitos, o fomos porque cremos e, se cremos, foi porque havia em nossos corações algum tipo de propensão inerente a crer, que em outros corações não há. Resumindo: Deus me fez melhor do que os outros, por isso eu cri;

7) Um Deus que prevê o futuro e então age (decreta, permite, cria, aceita, etc) está sujeito às mazelas da própria criação, tentando consertar o estrago provocado por ela mesmo, por vezes tendo que voltar atrás e desfazer o que havia decretado, uma vez que a criação resolveu tomar uma postura contrária e diversa da inicial – o que é perfeitamente plausível.

Enfim, haveriam outros motivos, mas se você passou da terceira linha e leu este post até aqui já me dou por satisfeito.

A graça prevista é uma falácia, uma heresia das grandes. Alguns vão dizer que é um ponto de vista. Outros, um erro de interpretação. Mas, se é um erro, é absurdo e colossal!

Não destronemos Deus! Ele é Rei e Soberano, e possui o governo sobre tudo e todos! A graça de Deus é livre e soberana, sem mérito algum! Ele tem misericórdia de quem Ele quer ter misericórdia, e se compadece de quem quer se compadecer.

Ele é Deus. Nós, não.

Soli Deo Gloria!
Juiz De Fora - MG
Textos publicados: 19 [ver]
Site: http://rodrigoncalezblog.wordpress.com/posts/

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