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Palavra do leitor

A comprovação da existência de Deus, através do cogito...

... Cogito, ergo sum "penso, logo existo"

Introdução
A idéia desta apresentação é focar especificamente, o Projeto epistemológico de "Descartes", trazendo a análise e a síntese das etapas do Discurso do Método Para Bem Conduzir a Razão, mostrando a existência de Deus nas Ciências.

Ao aplicarmos o processo de conhecimento do "Cogito" de Descartes somos levados a um Ser muito mais completo, uma vez que é levantada a Consciência da própria existência e a comprovação da existência de Deus em sua perfeição, correlacionando à história pregressa com a nossa atualidade.

Cabe lembrar que o tempo de Descartes é também um tempo de profunda crise na sociedade e da cultura européia, um tempo de transição entre uma tradição que ainda sobrevive muito forte e uma nova visão de mundo que se anuncia. Dentro deste contexto, Descartes inaugura de forma mais acabada o pensamento moderno propriamente dito, é claro, pelo humanismo do séc.XVI, pelas novas concepções cientificas da época e pelo ceticismo de Montaigne.

Entender as linhas mestras do pensamento de Descartes é, portanto, “[...] entender o sentido mesmo dessa modernidade, que ele tão bem caracteriza e da qual somos herdeiros até hoje, ainda que sob muitos aspectos vivamos precisamente a sua crise”. (MARCONDES, 2005:159).

Descartes passou muitos anos na Holanda, país que por ser calvinista estava livre da Inquisição. Lá escreveu sua obra filosófica mais importante, as Meditações Metafísicas, onde consta o famoso lema cogito, ergo sum traduzido como “Penso, logo existo”.

A frase “Penso, logo existo” (em latim “Cogito ergo sum”) é uma das mais conhecidas expressões filosóficas. Entretanto, qual é seu significado? - Trata-se da conclusão do “argumento do cogito”, em que o filósofo pretende encontrar um fundamento seguro para a construção do “edifício do conhecimento” . Descartes procurava uma certeza que não pudesse ser contestada pelos céticos, através de um método seguro, reconstruindo seu conhecimento com uma base sólida, racional. O raciocínio cartesiano, com base nesses diferentes tipos de idéias pode ser explicado a partir da concepção da existência de Deus, que funciona como a garantia do conhecimento do mundo.

O filósofo Descartes aponta que: “Esse raciocínio parte do reconhecimento da idéia de Deus como um ser perfeito em minha mente, mostrando que essa idéia só pode acontecer porque eu sei que Deus é o símbolo da perfeição, já que não somos perfeitos. Isso, portanto, é uma idéia inata, colocada em mim por Deus, possuindo clareza e distinção, como uma ‘marca do artista’ impressa em sua obra”. (DESCARTES, René, apud ARANHA, Maria e MARTINS, Maria, 2005:130-132).

Metodologia
Em linhas gerais a apresentação pode ser classificada como de tipo bibliográfica (quanto à fonte de coleta de dados) e exploratória (quanto seu objetivo). Igualmente, para viabilizar o alcance dos objetivos propostos no estudo, consideramos pertinente a expositiva dentro de um desenvolvimento contendo estudo descritivo, seguindo a abordagem de pesquisa qualitativa (porque visa descrever percepções, expectativas e sugestões dos participantes). Uma abordagem qualitativa descreve a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisa a interação de certas variáveis, compreende e classifica os processos dinâmicos experimentados por grupos sociais apresenta contribuições no processo de mudança, criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permite em maior grau de profundidade, a interpretação das particularidades dos comportamentos e atitudes dos indivíduos (OLIVEIRA, 2001:117).

Resultados e discussão
A análise é compreendida como a separação por partes do material encontrado e o exame crítico. Sendo assim entendemos como principais idéias a considerar:

a) O COGITO de Descartes modificou a Filosofia Moderna.

Cogito ergo sum (Penso, logo existo), na verdade foi uma das maiores contribuições que René Descartes deixou para a filosofia moderna, juntamente com a doutrina do cartesianismo.

O Filósofo chegou ao ponto de questionar sua própria existência, algo que tantos outros fizeram e ainda o fazem. Porém em meio a este dilema de como provar se realmente ele existia, ele chega à conclusão, de que pelo fato de ele pensar na dúvida de sua existência, já seria o indicio de que ele existe. Pode parecer algo complicado no inicio, mas logo se entende a razão por trás disso. Além do campo da filosofia, Descartes, também, deixou outras grandes contribuições nas áreas da Matemática, Geometria, Filosofia e da Física. Sobre a vida e a obra, deste considerado como um dos gênios da Revolução Cientifica ou da Ciência Moderna, ele revolucionou o mundo. (DESCARTES, René, apud ARANHA, Maria e MARTINS, Maria, 2005).

b) Descartes contribuiu para a sustentação da fé em Deus;

- Descartes teve grande influência no desenvolvimento da filosofia, repercutindo nos estudos da matemática, ciências e também nos campos da justiça e da teologia. Acima de tudo, seu trabalho filosófico teve um grande impacto sobre o pensamento europeu. O Filósofo influenciou muitos dos filósofos que vieram posteriormente. Ao longo dos séculos XVII e XVIII, suas idéias filosóficas estiveram sempre presentes. Grandes filósofos como Locke, Hume e Kant utilizaram suas teorias e princípios. Por estas razões, ele é freqüentemente chamado de o pai da filosofia moderna. Sua Filosofia tem nos influenciados nos dias atuais.

Obs: A verdade é que Descartes não era apenas um homem de fé; era um homem de firme fé católica. Claro que, como a generalidade dos católicos com mais cérebro do que uma andorinha, nem sempre concordava com as asininas perspectivas do Santo Ofício ou do Papa.

c) O homem pode ser racional para comprovação da fé;

Para Descartes algo verdadeiro é algo evidente (claro e distinto). Pensar leva-o a enxergar que poderá ser um Ser imperfeito. Pensar em um Ser imperfeito ha a idéia de perfeição. Conclui que a idéia de perfeição não pode derivar de um ser imperfeito, logo existe um ser perfeito que dá essa idéia de perfeição: Deus.

Chegar à idéia de imperfeição = Criar idéia de perfeição.

Ou seja: Idéia de Perfeição = Existência de Perfeição= Deus.

d) A perfeição e a imperfeição do homem se comprova através da razão.

Sabe-se que há dois caminhos pelo qual o homem poderá construir seu intelecto:

1 - O reconhecimento daquilo que ainda desconhece;

2 - Ou a tentativa de adaptação de tudo que se observa ao frágil e inseguro conhecimento que julga possuir, simulando-o como pronto e definitivo, cogitando ser aquilo que o extrapola fruto sobrenatural ou divino.

Aqui, a opinião sobre o conhecimento do seu tempo a todos os conhecimentos filosóficos e todas as coisas ensinadas na escola é duvidosa. Descartes conclui, assim, que, se ele quiser chegar á verdade, tem de procurar em si próprio.

Considerações Finais
No decorrer da pesquisa percebemos que o sec. XVI, ao final do qual nasce Descartes (1596), é um período de grandes transformações, de ruptura com o mundo anterior, como vimos. As grandes navegações, iniciadas já no sec. XV, e principalmente a descoberta da América vão alterar radicalmente a própria imagem que os homens faziam da terra.

Concomitante ao contexto histórico em que René Descartes viveu, foram observadas profundas mudanças nos contextos político, social e científico da época. A idéia da modernidade estava diretamente relacionada ao sentimento de mudança, através da valorização do indivíduo e a oposição à autoridade da fé. Durante a Idade Média, quase não houve questionamentos sobre as questões filosóficas feitas por leigos, já que a Igreja Católica tinha total influência sobre a sociedade e limitava a produção de conhecimento por aqueles que não pertenciam ao clero. Dessa maneira, a filosofia medieval era fortemente marcada pelo o poder da religião.

Contudo, a decadência do sistema feudal e o surgimento do mercantilismo trazem uma nova ordem econômica baseada no comércio, com a defesa da livre iniciativa, e no individualismo. Na arte, o movimento renascentista, ao retomar os valores da Antiguidade clássica, vai opor uma cultura leiga, secular e mesmo de inspiração pagã à arte sacra, religiosa, predominante na Idade Média.

As teorias cientificas de Nicolau Copérnico, Giordano Bruno, Galileu Galilei e Johannes Kepler vão revolucionar a maneira de se considerar o mundo físico, dando origem uma nova concepção de universo. Também, surge a reforma de Lutero que vai abalar a autoridade universal da Igreja católica no Ocidente, valorizando a interpretação da Bíblia pelo próprio individuo. (MARCONDES, 2005: 159).

É dentro de este fervilhar de novas idéias que a Filosofia medieval dá lugar à Filosofia moderna, novo modelo de pensamento. Sobressai-se, assim, o Filósofo Descartes que se apóia na razão para a recuperação da certeza científica, a exemplo da matemática.

Caracterizada pela necessidade de construir uma cadeira de razões que conduza ao desconhecido, em que apenas o evidente seja verdadeiro - com uso de preceitos metodológicos para a determinação deste. Para chegar á verdade é preciso seguir um método e Descartes mostra qual foi o que ele usou em seu “O Discurso do Método Para Bem Conduzir a Razão e Procurar a Verdade nas Ciências”.

Olhar para a filosofia cartesiana é olhar para o marco da filosofia moderna. Esta, por sua vez, caracteriza-se pelo fato de colocar na razão o fundamento de todas as coisas, ou seja, a razão buscará nela mesma a sua própria fundamentação.

Para compreendermos o pensamento de Descartes é preciso assumir uma perspectiva hermenêutica na leitura de seu Discurso do Método. Cabe lembrar-se que foi escrito no momento em que a época se desprendia de uma visão de mundo centralizada na autoridade e no poder da religião. Porém, essa perspectiva hermenêutica não pode deixar de levar em conta que o que ele pensou também foi assumido pela tradição como forma de conciliar os dogmas religiosos com a ciência que despontava na modernidade.

Notório é salientar que foi um processo gradual essa conciliação.

Com Descartes, a filosofia registra uma reviravolta decisiva, recebendo uma colocação nova, substancialmente diferente da que tivera na Antiguidade e na Idade Média. A sua orientação era então essencialmente ontológica, tendo como objetivo constante e primário a investigação da razão última das coisas (do homem, do mundo, de Deus). Só acidental e ocasionalmente se tomava em consideração o problema do conhecimento, cujo valor, em todo caso, quase sempre era dado como fora de dúvida. Com Descartes, a filosofia recebe uma colocação crítica e gnosiológica: o que se quer verificar em primeiro lugar é o valor do conhecimento humano.

E, não se distanciando do assunto, não seria necessário lembrar que num passado não tão distante muitos fatos sem explicações coerentes, por desconhecimento da época, eram atribuídos a um desejo maior e, talvez, inatingível ao homem. Hoje, contudo, são tão corriqueiros e banais que ninguém mais se importa com eles. Assim, quando se desconhece algo, pode-se, sem nenhum receio ou preocupação, assumir isto como uma sadia ignorância, mas jamais atribuir ao sobrenatural ou divino.

Referências bibliográficas
DESCARTES, René. Discurso do Método e Meditações Metafísicas apud ARANHA, Maria e MARTINS, Maria. Filosofando; Introdução à Filosofia. 3ª Edição, 2005 .

Leandro Raliv. In Blog Seguindo os passos da História. Disponível aqui. Acesso dia 26 Agos. 2010.

MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofia. 9ª Edição, 2005.

OLIVEIRA, Sílvio Luiz. Tratado de Metodologia Científica. São Paulo: Pioneira, 2001.
Porto Velho - RO
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