A ceia da igreja e a Ceia do Senhor - Parte final

Tweetar

Dando continuidade ao artigo anterior...

Na ceia da igreja, que usa essa cerimônia como termômetro de avaliação do nível espiritual dos seus membros, eles dizem que se o irmão estiver em pecado, que ele não participe da ceia. Mas a Ceia do Senhor não tinha essa finalidade de medir pecado, de mandar cada um se auto avaliar, nem de levar os irmãos a se sentirem indigno diante dos que se sentem dignos e sem pecados, aptos a tomarem a "Ceia", mas apenas de criar uma memória que fizesse com que os cristãos não perdessem o foco, e lembrassem sempre da sua morte, da chegada do seu Novo Testamento e de que ele está vivo compartilhado em cada um de nós. Logo, uma pessoa que sempre tomou a ceia durante 30 anos, não quer dizer que ele é sem pecado, se não ela mesma já estaria mentindo, segundo 1João 1.10. E na Ceia do Senhor, ele não faz acepção de pessoas, mas pede que seja compartilhado com todos, porque chegará a hora em que será separado o Joio do trigo, e quem fará isso não será o pastor, nem você ou eu, mas os anjos.

Aprofundando um pouco mais esse tema e enfatizando a verdadeira ceia do Senhor, vale lembrar que na verdade não é o termo santa ceia que temos na bíblia, mas a ceia do senhor, conforme 1Co 11.20. Assim também devemos saber, que segundo 1Co 11.26, a intenção de celebrar a ceia é para comemorar a morte do Senhor, até que ele venha, assim como comemoramos a data de aniversário do nosso nascimento, a data de aniversário da sua morte também representa o nosso nascimento espiritual. Portanto, aniversário só se comemora uma vez ao ano, não toda semana, não todo mês e nem a cada três meses, a comemoração mensal é meramente uma invenção das "igrejas" modernas para monitorar a vida dos seus membros ou para juntar todos para aumentar a coleta de dízimos e ofertas mensais.

Na verdade, segundo Ap 3.20, essa ceia nem se faz mais necessária para os que estão em Cristo Jesus, porque todos que já abriram a porta dos seus corações já estão ceando com Ele diariamente. Isso porque, essa representação física do pão e do vinho que Ele fez, já representava a sua própria vida em nós. Conforme João 6.50-51, Ele é o pão que desceu do céu, e quem comer deste pão não morrerá, mas viverá para sempre. E o vinho, conforme João 6.53-58, é o seu próprio sangue vertido na cruz em favor de todos, o seu novo Testamento, porque a sua carne é comida e o seu sangue é a bebida. Essa é a verdadeira ceia do Senhor, onde todos que estão em Cristo, já estão ceando com Ele e Ele conosco, não necessitando mais de ceia física que serve apenas como tentativa de controle de santidade religiosa.

Em Cristo, tudo que era representado fisicamente, agora é Espiritual, não necessitando mais de amuletos físicos para que ele possa agir. Por isso que ele fala em João 6:63, tudo que tenho dito é espírito (é espiritual) e é vida. Se não entendermos isso, seremos como os fariseus de João 6.52, que perguntavam: como pode ele nos dar a sua carne para comermos? Muito menos entenderemos que a comida de Jesus não é a nossa comida, pois segundo João 4.34, a sua comida é fazer a vontade de Deus e completar a sua obra. Portanto, esta é a verdadeira ceia do Senhor, é para esta ceia que Ele bate à nossa porta e nos convida a cear, ou seja, é fazer a sua obra segundo a vontade de Pai. Tanto é que só poderemos fazer a vontade do pai se ele estiver ceando conosco, porque sem ele nada podemos fazer, João 15.5.

Tweetar

Opinião do leitor