Palavra do leitor
02 de julho de 2025- Visualizações: 819
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A ceia da igreja e a Ceia do Senhor - Parte 1
A ceia do Senhor, conforme 1Co 11:20-34, assim como o batismo, é considerado um dogma para a igreja cristã. No entanto, ao longo de todos esses últimos anos em que ela foi praticada na igreja, ela tem sido mais usada como uma ferramenta para coibir pecado e controle de "santidade" do que a sua verdadeira finalidade, que é a memória da morte de Jesus, validação do seu novo testamento e a representação do seu compartilhamento no coração de todos. Onde com a sua morte e ressurreição, ele deixa de ser o Deus do templo físico, em que todos vinham até a um lugar, diante de um sacerdote prestar cultos e sacrifícios para purificação dos seus pecados, e se torna um em todos, em qualquer lugar. Transformando cada coração que o recebe em um templo e cada pessoa em um sacerdote, e o culto de adoração não é mais nos montes e nem nos templos, mas em espírito e em verdade, porque a nova lei não está mais escrita em pedra, mas no coração de todo aquele que invoca o seu nome.
E essa mudança na liturgia da ceia, que só piorou com o tempo até chegar a nós, já é percebida desde os tempos de Paulo. Quando nesta mesma referência de 1Co 11, ele escreve que tem ouvido falar que quando eles estão se reunindo para comer a ceia, estão se reunindo para pior e não para melhor. E que a ceia que eles estão comendo não é mais a ceia do Senhor, mas a ceia deles mesmos. Isso porque quando eles vinham se reunir para a ceia na congregação, cada um estava trazendo os seus melhores pratos, aquilo que mais gostava de comer e que tinha condição de comprar. Se reunia só com os seus familiares e amigos do mesmo nível social e se deliciavam de suas comidas e bebidas, muitas vezes, não respeitando nem o horário oficial das cerimônias, onde no final da ceia muitos já estavam até embriagados.
Enquanto isso, os irmãos de pouca condição que levavam alimentos simples ou aqueles que não tinham nada, se sentiam desprezados e constrangidos em meio as diversas "panelinhas" que se formavam cada um por si, uns comendo do melhor, outros comendo do que tinham e outros não comendo nada. A situação já estava tão feia e insustentável, que isso já estava causando confusão entre os irmãos, até porque, muitos já estavam bêbados e se sentindo tão superior aos outros que não aceitavam provocações ou correção das lideranças. Foi então que Paulo disse: eu não estou nada satisfeito com isso, se for para vocês virem para a congregação cear, mas trazerem as suas comidas e comerem sozinhos para humilhar os que nada tem, é melhor que vocês fiquem em suas casas e comam lá mesmo. Porque não foi isso que eu aprendi com o Senhor e ensinei para vocês.
Para Paulo, como ele aprendeu e ensinou, a ceia do Senhor era um momento de comunhão máxima, onde as pessoas traziam de suas próprias casas o que podiam, dentro das suas condições, para contribuir com aquele almoço ou jantar, em que todos repartiam e comiam, compartilhavam uns com os outros, como símbolo do repartir do pão.
Principalmente porque nas congregações sempre tinham pessoas mais abastadas e outras muito pobres, mas que pelo menos uma vez, sentavam e comiam na mesma mesa, representando a comunhão de Cristo entre os povos, sem acepção de pessoas, um verdadeiro estado de graça. Para Jesus, o grande mistério da ceia, não era o simples comer ou beber, mas o partilhar, que representa a sua ressurreição e a sua nova habitação no coração de todos.
Quando Paula fala em 1Co 11:26, de que o comer e beber do cálice anuncia a morte de Jesus até que ele venha, está apenas resumindo o que já foi detalhado em Lucas 22:19-20, de que o pão representa o corpo que é dado por vós, ou seja, representa a morte do corpo físico de Cristo; o vinho representa o seu sangue que será derramado em favor de todos, validando assim o princípio do novo testamento; e o partilhar o pão e o vinho que ele mesmo compartilhou com todos, é o anúncio de que ele ressuscitou e continua vivo no coração de todos os que aceitam o seu sacrifício.
É nesse contexto da banalização da Ceia do Senhor que Paulo fala para os mais "folgados" da congregação, que eles tinham que examinar as suas próprias vidas e suas próprias consciências antes de participarem da Ceia do Senhor, se eles não estavam exagerando em suas atitudes, porque ali não era um momento somente para comer e beber de qualquer maneira. E que com esse tipo de comportamento, eles estavam ceando indignamente, se tornando culpados da morte e do sangue do Senhor. Pelo que se pode ver, para essas pessoas, a ceia já tinha perdido o sentido há muito tempo. Eles estavam fazendo tudo mecanicamente, sem discernir o verdadeiro sentido daquele momento especial. Então, Paulo os avisa, que isso traria suas próprias condenações e consequências espirituais, e que por isso, também, que já havia muitos entre eles que já estavam fracos e doentes espiritualmente, e outros que já até tinha morrido nesse engano.
Segue na parte 2, no próximo artigo, a conclusão desse assunto...
E essa mudança na liturgia da ceia, que só piorou com o tempo até chegar a nós, já é percebida desde os tempos de Paulo. Quando nesta mesma referência de 1Co 11, ele escreve que tem ouvido falar que quando eles estão se reunindo para comer a ceia, estão se reunindo para pior e não para melhor. E que a ceia que eles estão comendo não é mais a ceia do Senhor, mas a ceia deles mesmos. Isso porque quando eles vinham se reunir para a ceia na congregação, cada um estava trazendo os seus melhores pratos, aquilo que mais gostava de comer e que tinha condição de comprar. Se reunia só com os seus familiares e amigos do mesmo nível social e se deliciavam de suas comidas e bebidas, muitas vezes, não respeitando nem o horário oficial das cerimônias, onde no final da ceia muitos já estavam até embriagados.
Enquanto isso, os irmãos de pouca condição que levavam alimentos simples ou aqueles que não tinham nada, se sentiam desprezados e constrangidos em meio as diversas "panelinhas" que se formavam cada um por si, uns comendo do melhor, outros comendo do que tinham e outros não comendo nada. A situação já estava tão feia e insustentável, que isso já estava causando confusão entre os irmãos, até porque, muitos já estavam bêbados e se sentindo tão superior aos outros que não aceitavam provocações ou correção das lideranças. Foi então que Paulo disse: eu não estou nada satisfeito com isso, se for para vocês virem para a congregação cear, mas trazerem as suas comidas e comerem sozinhos para humilhar os que nada tem, é melhor que vocês fiquem em suas casas e comam lá mesmo. Porque não foi isso que eu aprendi com o Senhor e ensinei para vocês.
Para Paulo, como ele aprendeu e ensinou, a ceia do Senhor era um momento de comunhão máxima, onde as pessoas traziam de suas próprias casas o que podiam, dentro das suas condições, para contribuir com aquele almoço ou jantar, em que todos repartiam e comiam, compartilhavam uns com os outros, como símbolo do repartir do pão.
Principalmente porque nas congregações sempre tinham pessoas mais abastadas e outras muito pobres, mas que pelo menos uma vez, sentavam e comiam na mesma mesa, representando a comunhão de Cristo entre os povos, sem acepção de pessoas, um verdadeiro estado de graça. Para Jesus, o grande mistério da ceia, não era o simples comer ou beber, mas o partilhar, que representa a sua ressurreição e a sua nova habitação no coração de todos.
Quando Paula fala em 1Co 11:26, de que o comer e beber do cálice anuncia a morte de Jesus até que ele venha, está apenas resumindo o que já foi detalhado em Lucas 22:19-20, de que o pão representa o corpo que é dado por vós, ou seja, representa a morte do corpo físico de Cristo; o vinho representa o seu sangue que será derramado em favor de todos, validando assim o princípio do novo testamento; e o partilhar o pão e o vinho que ele mesmo compartilhou com todos, é o anúncio de que ele ressuscitou e continua vivo no coração de todos os que aceitam o seu sacrifício.
É nesse contexto da banalização da Ceia do Senhor que Paulo fala para os mais "folgados" da congregação, que eles tinham que examinar as suas próprias vidas e suas próprias consciências antes de participarem da Ceia do Senhor, se eles não estavam exagerando em suas atitudes, porque ali não era um momento somente para comer e beber de qualquer maneira. E que com esse tipo de comportamento, eles estavam ceando indignamente, se tornando culpados da morte e do sangue do Senhor. Pelo que se pode ver, para essas pessoas, a ceia já tinha perdido o sentido há muito tempo. Eles estavam fazendo tudo mecanicamente, sem discernir o verdadeiro sentido daquele momento especial. Então, Paulo os avisa, que isso traria suas próprias condenações e consequências espirituais, e que por isso, também, que já havia muitos entre eles que já estavam fracos e doentes espiritualmente, e outros que já até tinha morrido nesse engano.
Segue na parte 2, no próximo artigo, a conclusão desse assunto...
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