Palavra do leitor
- 26 de julho de 2018
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O tablet e o origami
Estava na recepção de um salão de beleza, aguardando minha esposa e observando ao meu lado dois garotinhos, com idade entre seis e sete anos, que se divertiam com seus respectivos tablets. Uma moça sentou-se ao lado dos garotos e, com um manual de Origami, finalizava a dobradura de um pássaro que, com movimentos suaves das mãos, batia suas asas.
Até esse momento os meninos nem tinham percebido a presença da moça, mergulhados que estavam em seus jogos, cuja realidade virtual os projetavam para um outro mundo muito distante e mais amplo do que o espaço limitado daquela sala.
Foi difícil, mas a jovem conseguiu chamar a atenção dos garotos para o outro brinquedo, que lhes parecia ao mesmo tempo simples e desafiador e uma novidade nesse mundo onde a supremacia tecnológica tornou as antigas brincadeiras totalmente obsoletas.
O que me chamou a atenção foi a dificuldade de coordenação motora daquelas crianças para fazer com que o pássaro de papel dobrado batesse as asas, coisa que a moça fazia com extrema facilidade. Depois de algumas tentativas sem sucesso, voltaram ao tablet, à zona de conforto, ao mundo complexo e desafiador que eles dominavam tão bem.
Fiquei pensando sobre essa cena e percebi que as situações do cotidiano sempre nos ensinam coisas importantes bastando apenas que prestemos atenção aos detalhes. Aprendi por exemplo, que a tecnologia tem seus pontos positivos e negativos, ou seja, ao mesmo tempo em que ambienta nossas crianças a um mundo onde o domínio desses saberes é vital, pode também privá-las dos encantos de um aprendizado lúdico e artesanal milenar. É o embate entre a tradição e a modernidade, o antigo e o novo!
Um outro aspecto é com relação a interação social, que fica prejudicada já que a atenção é toda canalizada para a tela do tablet, retirando as crianças do convívio saudável com outras crianças e adultos também. Essa interação é muito importante para a construção do ser humano, individualmente e coletivamente.
A grande questão é saber equilibrar as doses de exposição as tecnologias sem prejuízo do aprendizado tradicional e simples. Temos uma inclinação para aceitar sem reservas as modernidades e rejeitar facilmente as tradições como se fossem fora de moda. Porém existem coisas que não envelhecem com o tempo, não podem ser descartadas, não tem prazo de validade e não mudam ao sabor das estações. Uma delas é a Palavra de Deus, que é sempre atual. Ela diz: "Seca-se a erva e murcha a sua flor, mas a Palavra do Senhor permanece para sempre." (Isaías 40.8)
Se ficarmos atentos a esse princípio, ao sairmos da realidade virtual para a realidade espiritual, se nos submetermos às dobraduras precisas do Espírito, não teremos dificuldade para batermos as asas e alçar voos mais altos, em direção a graça de Deus!
Pense nisso!
Pr. Gilberto Gedaías Alves
www.rhemanescente.com.br
Até esse momento os meninos nem tinham percebido a presença da moça, mergulhados que estavam em seus jogos, cuja realidade virtual os projetavam para um outro mundo muito distante e mais amplo do que o espaço limitado daquela sala.
Foi difícil, mas a jovem conseguiu chamar a atenção dos garotos para o outro brinquedo, que lhes parecia ao mesmo tempo simples e desafiador e uma novidade nesse mundo onde a supremacia tecnológica tornou as antigas brincadeiras totalmente obsoletas.
O que me chamou a atenção foi a dificuldade de coordenação motora daquelas crianças para fazer com que o pássaro de papel dobrado batesse as asas, coisa que a moça fazia com extrema facilidade. Depois de algumas tentativas sem sucesso, voltaram ao tablet, à zona de conforto, ao mundo complexo e desafiador que eles dominavam tão bem.
Fiquei pensando sobre essa cena e percebi que as situações do cotidiano sempre nos ensinam coisas importantes bastando apenas que prestemos atenção aos detalhes. Aprendi por exemplo, que a tecnologia tem seus pontos positivos e negativos, ou seja, ao mesmo tempo em que ambienta nossas crianças a um mundo onde o domínio desses saberes é vital, pode também privá-las dos encantos de um aprendizado lúdico e artesanal milenar. É o embate entre a tradição e a modernidade, o antigo e o novo!
Um outro aspecto é com relação a interação social, que fica prejudicada já que a atenção é toda canalizada para a tela do tablet, retirando as crianças do convívio saudável com outras crianças e adultos também. Essa interação é muito importante para a construção do ser humano, individualmente e coletivamente.
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Se ficarmos atentos a esse princípio, ao sairmos da realidade virtual para a realidade espiritual, se nos submetermos às dobraduras precisas do Espírito, não teremos dificuldade para batermos as asas e alçar voos mais altos, em direção a graça de Deus!
Pense nisso!
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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