Palavra do leitor
- 15 de setembro de 2014
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O humor na palavra
"Alegria é negócio sério no céu" (C. S. Lewis)
Introdução
No âmbito cristão, vemos a exposição de que a alegria, ou o hedonismo, uma teoria que afirma ser o prazer o supremo bem da vida humana, não devem ser procurados; quando afirmamos isso no sentido sine Deo - sem Deus - está de certo modo correto, até porque a alegria jamais poderá ser encontrada em tal exclusão, antes, como afirma Salomão em todo livro de Eclesiastes, tudo será pura vaidade, correr atrás do vento (Ec 2.26); assim, tudo o que o homem conseguirá com isso será o tédio. Entretanto, no texto abaixo, veremos aquilo que o Pr. John Piper costuma chamar de o "Hedonismo Cristão"1.
C. S. Lewis, um dos maiores intelectuais do século vinte e, talvez o mais influente escritor cristão de sua época, em sua tão conhecida obra, O Sobrinho do Mago (Primeiro livro da cronologia "As Crônicas de Nárnia"), nos aponta o tema da alegria de uma forma bastante clara e direta quando coloca nas palavras de Aslam, o Leão, que na fábula representa o Cristo, a importância da alegria na vida cristã, dizendo: "Riam sem temor, criaturas. Agora, que perderam a mudez e ganharam o espírito, não são obrigados a manter sempre a gravidade. Pois também o humor, e não só a justiça, mora na palavra"2.
A Exibição do amor e a demonstração da graça
"São muitas, SENHOR, Deus meu, as maravilhas que tens operado e também os teus desígnios para conosco; ninguém há que se possa igualar contigo. Eu quisera anunciá-los e deles falar, mas são mais do que se pode contar." (Sl 40.5).
Para o cristão, todo bem recebido é fruto da misericórdia de Deus agindo de forma a demonstrar Sua graça e bondade para com o homem e para com toda a criação. João, em seu evangelho, nos demonstra isso dizendo que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único Filho para morrer na cruz. Logo, a Cruz é o ápice da graça e, portanto, o ápice é a fonte a partir da qual se deriva toda alegria da vida cristã na gratidão do coração perdoado.
O exímio pregador Charles Haddon Spurgeon comentando o mesmo verso cinco do salmo quarenta, diz: "Há obras de Deus em seu povo e para seu povo. Existem suas obras da criação, providência e redenção, e também, suas obras da graça, operados neles por seu Espírito, e em volta deles por sua providência, bem como para eles por seu Filho. Essas são obras maravilhosas; maravilhosas em sua variedade, sua ternura, sua adaptação à sua necessidade; sua cooperação com meios externos e seu poder. São o resultado de pensamentos divinos a nosso respeito. Eles vêm não por acaso, não por homens, e sim pela mão de Deus, e essa mão é movida pela vontade dele; e essa vontade pelo seu pensamento com respeito a nós.
Cada misericórdia, mesmo a menor delas, representa algum pensamento bondoso na mente de Deus a nosso respeito. Deus pensa em cada indivíduo de seu povo, e em cada momento. São inumeráveis. Não podem ser contabilizados. Pudéssemos ver todas as misericórdias de Deus para conosco, e suas obras maravilhosas feitas para nós individualmente seriam incontáveis como a areia, e todas essas misericórdias sem conta representam infindo número de pensamentos na mente e no coração de Deus para cada indivíduo de seu povo." 3
A exibição do amor de Deus para com o seu povo eleito se dá de forma maravilhosa, o Seu favor é derramado de tal forma, que até mesmo nas maiores privações, o crente pode se regozijar, e nas coisas cotidianas, ele encontra motivos para adoração.
[Continua...]
_______________________
Referencias: 1 - Para maior compreensão do termo utilizado por John Piper, recomenda-se o livro “Plena Satisfação em Deus - Deus glorificado e a alma satisfeita”, publicado pela editora FIEL e disponível gratuitamente para download no site Gesiring God - http://pt.desiringgod.org/resource-library/online-books/the-dangerous-duty-of-delight-sample
2 - C. S. Lewis, O Sobrinho do Mago, pag. 66
3 - Disponível no Link: http://www.cblibrary.com/portuguese/salmos/salmo040.htm
Introdução
No âmbito cristão, vemos a exposição de que a alegria, ou o hedonismo, uma teoria que afirma ser o prazer o supremo bem da vida humana, não devem ser procurados; quando afirmamos isso no sentido sine Deo - sem Deus - está de certo modo correto, até porque a alegria jamais poderá ser encontrada em tal exclusão, antes, como afirma Salomão em todo livro de Eclesiastes, tudo será pura vaidade, correr atrás do vento (Ec 2.26); assim, tudo o que o homem conseguirá com isso será o tédio. Entretanto, no texto abaixo, veremos aquilo que o Pr. John Piper costuma chamar de o "Hedonismo Cristão"1.
C. S. Lewis, um dos maiores intelectuais do século vinte e, talvez o mais influente escritor cristão de sua época, em sua tão conhecida obra, O Sobrinho do Mago (Primeiro livro da cronologia "As Crônicas de Nárnia"), nos aponta o tema da alegria de uma forma bastante clara e direta quando coloca nas palavras de Aslam, o Leão, que na fábula representa o Cristo, a importância da alegria na vida cristã, dizendo: "Riam sem temor, criaturas. Agora, que perderam a mudez e ganharam o espírito, não são obrigados a manter sempre a gravidade. Pois também o humor, e não só a justiça, mora na palavra"2.
A Exibição do amor e a demonstração da graça
"São muitas, SENHOR, Deus meu, as maravilhas que tens operado e também os teus desígnios para conosco; ninguém há que se possa igualar contigo. Eu quisera anunciá-los e deles falar, mas são mais do que se pode contar." (Sl 40.5).
Para o cristão, todo bem recebido é fruto da misericórdia de Deus agindo de forma a demonstrar Sua graça e bondade para com o homem e para com toda a criação. João, em seu evangelho, nos demonstra isso dizendo que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único Filho para morrer na cruz. Logo, a Cruz é o ápice da graça e, portanto, o ápice é a fonte a partir da qual se deriva toda alegria da vida cristã na gratidão do coração perdoado.
O exímio pregador Charles Haddon Spurgeon comentando o mesmo verso cinco do salmo quarenta, diz: "Há obras de Deus em seu povo e para seu povo. Existem suas obras da criação, providência e redenção, e também, suas obras da graça, operados neles por seu Espírito, e em volta deles por sua providência, bem como para eles por seu Filho. Essas são obras maravilhosas; maravilhosas em sua variedade, sua ternura, sua adaptação à sua necessidade; sua cooperação com meios externos e seu poder. São o resultado de pensamentos divinos a nosso respeito. Eles vêm não por acaso, não por homens, e sim pela mão de Deus, e essa mão é movida pela vontade dele; e essa vontade pelo seu pensamento com respeito a nós.
Cada misericórdia, mesmo a menor delas, representa algum pensamento bondoso na mente de Deus a nosso respeito. Deus pensa em cada indivíduo de seu povo, e em cada momento. São inumeráveis. Não podem ser contabilizados. Pudéssemos ver todas as misericórdias de Deus para conosco, e suas obras maravilhosas feitas para nós individualmente seriam incontáveis como a areia, e todas essas misericórdias sem conta representam infindo número de pensamentos na mente e no coração de Deus para cada indivíduo de seu povo." 3
A exibição do amor de Deus para com o seu povo eleito se dá de forma maravilhosa, o Seu favor é derramado de tal forma, que até mesmo nas maiores privações, o crente pode se regozijar, e nas coisas cotidianas, ele encontra motivos para adoração.
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Referencias: 1 - Para maior compreensão do termo utilizado por John Piper, recomenda-se o livro “Plena Satisfação em Deus - Deus glorificado e a alma satisfeita”, publicado pela editora FIEL e disponível gratuitamente para download no site Gesiring God - http://pt.desiringgod.org/resource-library/online-books/the-dangerous-duty-of-delight-sample
2 - C. S. Lewis, O Sobrinho do Mago, pag. 66
3 - Disponível no Link: http://www.cblibrary.com/portuguese/salmos/salmo040.htm
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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